fbpx

Coluna Vitor Vogas

Presidente do Novo: “Não temos o compromisso de apoiar Pazolini”

E mais: a decisão de Jack Rocha sobre a presidência estadual do PT; ex-prefeito cotado para a Fazenda em Vitória; coronel se filia ao Novo

Publicado

em

No sentido da leitura: Euclério Sampaio, Ricardo Ferraço, Iuri Aguiar, Lorenzo Pazolini e Arnaldinho Borgo

No sentido da leitura: Euclério Sampaio, Ricardo Ferraço, Iuri Aguiar, Lorenzo Pazolini e Arnaldinho Borgo

O partido Novo fez parte do primeiro governo de Lorenzo Pazolini (Republicanos) em Vitória. Um dos seus mais conhecidos integrantes, o economista Aridelmo Teixeira, foi secretário municipal da Fazenda na primeira metade do mandato e de Governo na segunda metade. A legenda também apoiou formalmente a reeleição de Pazolini em 2024, integrando a coligação do prefeito, liderada pelo Republicanos. O líder do prefeito na Câmara, vereador Leonardo Monjardim, é do Novo. Agora, contudo, o momento é outro, assim como a direção da conversa.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Como todas as forças políticas, o Novo já está com o olhar voltado para as próximas eleições gerais, no ano que vem, e tem os seus próprios objetivos. Nesse contexto, o presidente estadual do partido, Iuri Aguiar, afirma o seguinte: ao contrário do que muitos poderiam ser levados a presumir, o Novo não tem compromisso prévio de estar na coligação e no palanque de Pazolini em 2026, caso o prefeito de Vitória seja candidato a governador do Espírito Santo.

Receba as notícias da coluna no grupo de Whatsapp do Vítor Vogas.

“Não temos isso definido. Neste momento, não podemos firmar contrato com nenhuma das partes. Tenho uma relação próxima com o Pazolini, mas não temos nada firmado ainda. Em política, tudo pode acontecer, e vamos deixar as coisas andarem”, afirma Aguiar.

Pazolini é cotado para ser candidato a governador pelo Republicanos. Desde janeiro, os dirigentes do partido falam abertamente que estão preparando sua pré-candidatura. Se isso se concretizar, o prefeito tende a ser adversário eleitoral do candidato da situação: aquele que for lançado pelo Palácio Anchieta. Hoje, o governo Casagrande aposta suas fichas no vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), embora haja outros cotados – pelo próprio governador –, como o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), o de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), e o secretário estadual de Desenvolvimento, Sérgio Vidigal (PDT).

O presidente estadual do Novo diz que, hoje, no Espírito Santo, o partido mantém equidistância entre o grupo de Pazolini e o de Casagrande. E não descarta a possibilidade de a sigla liberal de direita vir a se somar ao palanque da situação, apoiando o candidato do Palácio Anchieta: “Isso é possível”.

> Deputado, prefeito, governo: a polêmica em torno de um novo hospital no ES

Desta vez, segundo Aguiar, o Novo vem para o pleito de 2026 com postura bastante pragmática: a prioridade da agremiação é eleger (pela primeira vez) deputados estaduais e um federal no Espírito Santo. Pensando nisso, o partido abraçará o projeto majoritário que lhe der as melhores condições de atingir seu próprio objetivo.

“O nosso objetivo maior é atingir a cláusula de barreira e eleger deputados estaduais e federais. Precisamos da sobrevivência do partido e por isso estamos com esse foco. Estaremos no projeto que nos for mais favorável ao atingimento dessa meta.”

Nas eleições de 2026, a cláusula de barreira prevê que, para seguir tendo direito a uma cota do Fundo Partidário e a tempo de propaganda de rádio e TV, o partido precisará eleger 13 deputados federais ou ter 2,5% do total de votos válidos para a Câmara Federal no país inteiro, sendo 1,5% em pelo menos nove estados. É puxado. Pequeno em representatividade, o Novo precisará se superar. Para isso, foram definidas metas de votação mínima a serem alcançadas em cada estado nas eleições proporcionais.

Iuri Aguiar tem mantido conversas com quase todos os principais players nas próximas eleições no Espírito Santo. Entre fevereiro e março, esteve pessoalmente não só com Pazolini, mas também com Ricardo Ferraço (que lhe pareceu “muito determinado”), com Arnaldinho Borgo, com Euclério Sampaio e com o presidente estadual do Progressistas (PP), Josias da Vitória.

Em janeiro, Aguiar encontrou-se pessoalmente com o ex-governador Paulo Hartung, que, no fim de maio, se filiará ao PSD. Segundo o dirigente, Hartung não lhe abriu nada sobre eventual candidatura própria. Falou muito da importância do surgimento de novos líderes políticos, “direcionando muito para o Pazolini”, segundo o presidente do Novo.

> Quem é o deputado do PL, aliado de Magno, que quer ser senador pelo ES

Participação no governo Pazolini

O Novo não ocupa nenhum cargo comissionado no governo Casagrande. Na Prefeitura de Vitória, atualmente, o partido tem pelo menos um quadro, Paulo Vitor Aquino Dal Col, nomeado no cargo comissionado de assessor senior da Secretaria de Meio Ambiente. Ele já foi até chefe interino da pasta, durante as férias do antigo titular, Tarcísio Föeger, substituído em março por Alexandre Ramalho.

Desde janeiro, também é do partido o líder de Pazolini na Câmara de Vitória, o vereador Leonardo Monjardim, filiado ao Novo no ano passado e um dos primeiros políticos eleitos pela legenda no Espírito Santo, na última eleição municipal.

No dia 17 de março, Iuri Aguiar teve reunião com Pazolini e com o secretário de Governo de Vitória e presidente estadual do Republicanos, Erick Musso. Um dos pontos de pauta, segundo o dirigente, foi a possível ampliação do espaço do Novo na atual administração de Pazolini – um pleito do partido. Até agora não houve retorno sobre o pleito, de acordo com Aguiar.

Ex-prefeito de Linhares cotado para a Fazenda em Vitória

Enquanto isso, segue sem secretário efetivo a Secretaria da Fazenda de Vitória. A professora e economista Neyla Tardin pediu exoneração no fim de fevereiro. Desde então, o secretário municipal de Planejamento, Regis Mattos, acumula a pasta interinamente.

Um dos nomes ventilados para o lugar de Neyla é o do ex-prefeito de Linhares Bruno Marianelli. Filiado ao Republicanos, ele perdeu a reeleição para Lucas Scaramussa (Podemos) em 2026 na maior cidade da Região Norte do Espírito Santo.

> OAB-ES decide não pedir de volta a lista sêxtupla ao TJES. Saiba por quê

Jack Rocha disputará reeleição no PT-ES

Presidente estadual do PT desde 2019, a deputada federal Jack Rocha teve confirmada, nesta sexta-feira (4), sua candidatura à reeleição no cargo de comando partidário. A decisão foi tomada pela corrente da qual ela faz parte, a Construindo um Novo Brasil (CNB).

A corrente de João Coser, Alternativa Socialista (AS), mantém a intenção de lançar o deputado estadual. Por ora, não há acordo entre as duas correntes, aliadas nas últimas eleições internas para que Jack Rocha chegasse à presidência. Segundo fonte da CNB, a corrente não abre mão de ter Jack na cabeça da chapa.

A assessoria de Coser confirma que ele segue firme: “O deputado estadual João Coser colocou seu nome à disposição para concorrer à presidência estadual do PT e vem dialogando com as principais lideranças do partido para construir uma base de apoio junto às demais tendências”.

O campo Para Voltar a Sonhar também tenciona lançar candidato próprio.

O Processo de Eleição Direta (PED) do PT, para a escolha de uma nova Executiva Estadual, está marcado para 6 de julho.

As inscrições de candidaturas para a presidência estadual vão até 28 de abril.

> Assembleia aumenta em 233% o valor da cota de gabinete dos deputados

Gilvan presidirá PL em Vitória

Passando de uma ponta para a outra, o deputado federal Gilvan assumirá a presidência do Partido Liberal (PL) em Vitória, onde já foi vereador, no próximo dia 26.

O deputado substituirá no cargo o deputado estadual Capitão Assumção (PL). Este ficou por dois anos à frente de um órgão provisório, cuja vigência venceu no dia 13 de fevereiro.

Coronel se filia ao Novo

O Coronel Wagner Borges, dos Bombeiros Militares do Espírito Santo, acabou de se filiar ao Novo. O coronel aposentou-se no fim do ano passado. Como militar da reserva, ele agora pode estar filiado fora dos períodos eleitorais – diferentemente de militares da ativa.

O Novo quer que ele seja candidato a deputado estadual ou federal em 2026.

Borges já foi candidato a prefeito de Vila Velha (2020), a deputado federal (2022) e a vice-prefeito de Vitória (2024), esta última na chapa de Du da Kawasaki. Nunca se elegeu.

LEIA TAMBÉM

> Remake político: Sergio Meneguelli quer ser senador. “Confia em mim?”

> Qual o cargo que cada deputado estadual do ES quer disputar em 2026

> O que diz Ricardo Ferraço sobre a união do PP com o União Brasil no ES

> Ricardo Ferraço diz o que pensa sobre a movimentação eleitoral de Euclério

> Ramalho se desfilia do PL para ser secretário de Pazolini em Vitória