Coluna Vitor Vogas
Helder ganha aval da direção nacional do PT para disputar o governo
Deputado federal e João Coser voltaram com discurso alinhado de Brasília, onde tiveram reunião decisiva com o presidente nacional do PT, Edinho Silva
A direção nacional do PT deu aval para os representantes do partido no Espírito Santo buscarem construir e viabilizar a candidatura do deputado federal Helder Salomão ao Governo do Estado. O sinal verde foi dado pelo presidente nacional do PT, Edinho Silva, em reunião com o próprio Helder e dirigentes do partido no Espírito Santo, na noite da última quarta-feira (24).
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A reunião ocorreu na sede nacional do PT, em Brasília. Em nome da direção nacional, além de Edinho, participou o secretário-geral da sigla no país, Henrique Fontana, ex-deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Na comitiva capixaba, além de Helder, participaram o deputado estadual e presidente do PT-ES, João Coser, o senador Fabiano Contarato, a deputada federal Jack Rocha, a deputada estadual Iriny Lopes e, ainda, Jakson Andrade, que é membro do Diretório Estadual.
Helder e Coser voltaram ao Espírito Santo com discurso muito convergente.
O deputado federal e ex-prefeito de Cariacica confirmou que eles receberam, da Executiva Nacional, a chancela para construírem a pré-candidatura. Segundo ele, mais uma casa foi percorrida no tabuleiro rumo à concretização da candidatura ao Palácio Anchieta. Mas a casa decisiva, destaca o deputado, é aquela habitada por Lula. Tudo depende, em última instância, do aval do presidente da República e líder maior do Partido dos Trabalhadores – até porque sua reeleição é a prioridade de todos os petistas no país, e todos os acordos estratégicos nos estados giram em torno disso.
“Foi esse o encaminhamento final da reunião. Estamos animados. Já tínhamos o aval da direção estadual e agora temos também o aval da nacional. Ainda falta, evidentemente, a conversa com o presidente Lula. E agora faremos os próximos movimentos, que serão as conversas entre as direções nacionais dos partidos da base aliada do governo, especialmente os que têm identidade maior com o PT, como o PSB e o PDT… Mas a conversa que será decisiva será com o Lula. Sem o aval dele, a candidatura não se viabiliza”, resumiu Helder, sintetizando ainda mais:
“A conclusão é a seguinte: com o apoio do presidente Lula, sou candidato a governador pra valer; sem o apoio dele, sou candidato a deputado federal.”
O presidente do PT-ES, João Coser, pronunciou-se na mesma linha:
“Nos próximos dias, serão realizadas novas conversas com o presidente Lula, dirigentes nacionais petistas e de partidos aliados ao Governo Federal, com o objetivo de discutir a reeleição do presidente Lula e as alianças nos estados e no Distrito Federal. Será um amplo processo de articulação para discutir a possibilidade da candidatura do deputado Helder Salomão, que dependerá, principalmente, do apoio do presidente Lula”.
Segundo o ex-prefeito de Vitória, a partir de agora, serão intensificadas as conversas com a Federação Brasil da Esperança (formada por PT, PCdoB e PV), outros partidos, movimentos sociais, trabalhadores rurais e urbanos, igrejas, empresários, intelectuais, instituições e militância. “Também será iniciado um processo de debate para a construção de um projeto para o Espírito Santo, ouvindo a sociedade capixaba”, completou Coser.
Helder também ressaltou a necessidade de formulação de um projeto de governo para o Espírito Santo. “O debate sobre a sucessão estadual está empobrecido. Está só em torno de nomes.”
Segundo o deputado federal, até o fim do ano, o Diretório Estadual do PT realizará cinco plenárias para discutir o processo eleitoral no Espírito Santo, sendo duas no norte do Estado, duas no sul e uma na Grande Vitória.
A reunião crucial de Helder, Coser e companhia com Lula ainda não tem data marcada. Porém, segundo o primeiro, deverá ocorrer ainda este ano.
“Não existe ainda uma definição no Espírito Santo, como já existe uma definição antecipada em outros estados. Mas tudo indica que teremos uma definição ainda este ano. O Espírito Santo é uma possibilidade. Como eu disse, para eu ser candidato, tenho algumas condicionantes. Uma delas era o apoio e o aval da Executiva Nacional do PT. Agora falta fechar esse elo, que é ter o aval e o apoio do presidente Lula.”
