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Coluna Vitor Vogas

Presidente de nova agência do Governo do ES virá do mundo empresarial

E mais: deputado do Republicanos já monta chapa em outro partido; os planos da família Muribeca para 2026; o aliado de Arnaldinho que pode assumir partido

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Da esquerda para a direita: Sérgio Vidigal, Renato Casagrande e Rogério Salume. Crédito: Governo do Estado

Da esquerda para a direita: Sérgio Vidigal, Renato Casagrande e Rogério Salume. Crédito: Governo do Estado

O presidente da recém-criada Agência de Investimentos e Promoção Comercial do Espírito Santo (Invest-ES) virá da iniciativa privada. É o que informa o governador Renato Casagrande (PSB). Ele, a princípio, não pretende aproveitar ninguém do governo. “Estamos ‘selecionando’, identificando pessoas, gente do mercado, ligada ao mundo dos negócios mesmo, ligada a desenvolvimento.”

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Criada oficialmente no começo do mês de julho, por meio de projeto do governo aprovado na Assembleia Legislativa, a Invest-ES terá o objetivo de atrair novas empresas e novos investimentos para o Espírito Santo. A agência governamental terá autonomia técnica, administrativa e financeira, mas será ligada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento (Sedes).

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O presidente da agência seria Rogério Salume, empresário e fundador do grupo de vinhos Wine, mas este, no dia 18 de julho, assumiu o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento, com a saída do ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal (PDT). Salume já chegou ao cargo justamente com a missão de headhunter: ajudar o governo a achar a pessoa certa para dirigir a Invest-ES. “Rogério está à frente disso, está prospectando nomes para que, no início de agosto, Ricardo Ferraço e eu possamos compor a diretoria da empresa”, explica Casagrande.

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Deputado do Republicanos já monta chapa para a Assembleia em outro partido

O deputado estadual Hudson Leal (Republicanos) começou o atual mandato, em fevereiro de 2023, meio brigado com o governo Casagrande, por conta do movimento do governador que atropelou a chapa construída por ele e Vandinho Leite (PSDB) para comandar a Assembleia. Águas passadas.

Hudson, hoje, está na base do governo. Mais que isso: não quer ver nem pintado de ouro o prefeito Lorenzo Pazolini, pré-candidato a governador, e está decidido a sair do Republicanos, mesma sigla do prefeito de Vitória. Hudson apoiará o candidato do governo Casagrande ao Palácio Anchieta.

Segundo o deputado, só existe hoje uma hipótese que pode levá-lo a permanecer no Republicanos: se o partido de fato firmar uma federação com o MDB (de Ricardo Ferraço) e se esta ficar sob a presidência do vice-governador no Espírito Santo. “Se a federação não se concretizar, estou fora. Se ela se concretizar e ficar com o Republicanos, estou fora do mesmo jeito.”

Hudson até já começou a construir em outro partido uma chapa de candidatos a deputado estadual. Trata-se do pequeno Agir (antigo Partido Trabalhista Cristão/PTC). É o seu destino mais provável. Sua ideia, já em plena execução, é construir uma chapa com vários candidatos que tenham de 6 mil a 10 mil votos, tendo apenas ele como deputado com mandato e candidato à reeleição.

Hudson, assim, será o centro da chapa, o puxador de votos, e acredita ter mais chances de se eleger (sem concorrência interna). Foi assim que ele sempre fez política e conseguiu seu primeiro mandato na Assembleia, em 2018: montando ou ajudando a montar chapas em partidos pequenos.

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PRD pode ir para as mãos de um grande aliado de Arnaldinho

Em busca de um partido que possa acomodar sua pré-candidatura a governador, o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, flerta mais intensamente no momento com duas agremiações pequenas. Uma delas é o Novo. A outra é o Partido Renovação Democrática (PRD), resultante da fusão do Patriota com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em junho, o PRD anunciou que constituirá uma federação partidária com outro partido do mesmo porte: o Solidariedade. Juntos, os dois atualmente perfazem 10 deputados federais.

No Espírito Santo, o PRD é presidido pelo empresário Bruno Lourenço, que já declarou seu apoio a Arnaldinho. Entretanto, a presidência estadual do partido pode passar para as mãos de um aliado ainda mais próximo do prefeito: o presidente da Câmara de Vila Velha, vereador Osvaldo Maturano, que já está no PRD. Caso isso se concretize, o partido ficará definitivamente nas mãos de Arnaldinho no Espírito Santo.

Bruno Lourenço admite que a passagem de bastão está em discussão e que eles estão analisando a melhor composição: “Maturano já faz parte do grupo… eu e ele estamos fazendo uma composição para o crescimento do partido. Se nós dois chegarmos a um consenso, ele fica como presidente e eu como secretário/vice… estamos alinhando isso”.

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No dia 3 de junho, Arnaldinho, Maturano, Lourenço e o deputado federal Victor Linhalis (Podemos), também aliado do prefeito, foram ao encontro do presidente nacional do PRD, Marcus Vinícius de Vasconcelos Ferreira, no Rio de Janeiro. Para agosto, está prevista uma ida da mesma comitiva a São Paulo, na sede nacional do partido, para avançar nas discussões sobre a possível filiação de Arnaldinho.

A expectativa dos envolvidos é que a presidência da federação PRD/Solidariedade também fique com eles no Espírito Santo, na pessoa de Bruno Lourenço ou do próprio Osvaldo Maturano (caso este assuma o comando estadual do PRD).

Pablo Muribeca responde: o que ele e sua mulher planejam fazer nas próximas eleições?

Segundo colocado na eleição para prefeito da Serra em 2024 – foi derrotado por Weverson Meireles (PDT) no 2º turno –, Pablo Muribeca afirma que, a preço de hoje, é candidato à reeleição na Assembleia Legislativa. Afirma, todavia, que os dirigentes estaduais e nacionais do seu partido, o Republicanos, têm pedido para ele avaliar ser candidato a deputado federal. E admite que está fazendo essa avaliação.

Existe uma especulação de que, se Muribeca “subir” para federal, sua própria esposa, Lara Ferreira, pode ser candidata a deputada estadual, numa campanha literalmente “casada”. Mas o deputado afirma que isso está completamente fora de cogitação. “Minha mulher não será candidata a nada”, assevera. “Meu projeto político não é familiar. Sou um candidato que nasceu do coração do povo.”

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