Coluna Vitor Vogas
Os quatro possíveis candidatos a vice-prefeito de Pazolini
E mais: três candidatos a prefeito lançados na Serra no último fim de semana. Em Aracruz, deputado decide não assumir candidatura
O fim de semana de convenções eleitorais não trouxe a definição de quem será o candidato a vice-prefeito de Lorenzo Pazolini (Republicanos) na disputa pela Prefeitura de Vitória, mas confirmou os quatro nomes que estão no jogo: três deles são filiados ao Progressistas (PP), enquanto um é do partido Novo. Ao lado do PRD, as duas siglas apoiam a reeleição de Pazolini.
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No sábado (27) de manhã, o PP realizou sua convenção na Câmara Municipal de Vitória. Em ata, o partido registrou oficialmente que vai se coligar com o Republicanos e formalizou a indicação de três quadros para completar a chapa do prefeito: a ex-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) Cris Samorini, o presidente da Câmara de Vitória, Leandro Piquet, e o presidente do PP em Vitória, Marcos Delmaestro.
Entre os atuais partidos que compõem a sua aliança, o PP é, disparadamente, o mais importante para Pazolini em termos práticos. É o que mais agrega a ele tempo de TV no horário eleitoral gratuito, por exemplo. Desde o início da construção dessa aliança, a vice é reivindicada pelo partido, cujos expoentes no Espírito Santo são os deputados federais Josias da Vitória e Evair de Melo.
Para prestigiar o principal parceiro, Pazolini compareceu à convenção do PP no sábado e, logicamente, discursou. Fez uma fala dele causou frisson: “Vitória é 21”. O que Pazolini fez foi somar o número de urna do Republicanos (10) com o do PP (11): 10 + 11 = 21. Não quer dizer, necessariamente, que o vice escolhido pelo prefeito virá do PP. Mas é claro que, subliminarmente, a frase sugere isso ou, no mínimo, permite essa interpretação.
E foi assim que a declaração foi interpretada por muita gente, inclusive dentro do PP, ampliando as expectativas do partido.
Mas é preciso combinar antes com os russos. E os “russos”, no caso, são o próprio Pazolini e o quarto concorrente direto nessa disputa: o empresário e professor Aridelmo Teixeira. Ex-secretário municipal de Finanças e de Governo de Vitória, Aridelmo é considerado o braço direito de Pazolini na administração de Vitória. Mais até que um “braço direito”.
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Reservadamente, há quem o considere, na verdade, a mente por trás do governo de Pazolini, aquele que de fato definiria as diretrizes da atual administração e que efetivamente a comandaria, no campo da gestão das finanças municipais e da austeridade fiscal – uma das marcas sempre reiteradas pelo próprio prefeito. Desde a transição, no fim de 2020, Aridelmo seria aquele a quem Pazolini confiaria a definição da linha mestra de seu governo e aquele que daria lastro técnico para suas decisões administrativas e financeiras.
Por tudo isso, dos quatro nomes que estão no páreo, não resta a menor dúvida de que Arildemo é o homem de confiança de Pazolini, o mais próximo do atual prefeito e o seu preferido, num nível estritamente pessoal, para ser seu companheiro de chapa e futuro vice-prefeito, em caso de reeleição. Aridelmo dá a Pazolini, inclusive, a segurança de continuidade total de suas políticas caso ele precise (ou queira) interromper na metade um eventual segundo mandato.
Mas aí voltamos para o PP, com toda a sua força política. Entre os três nomes indicados pelo partido, o mais viável e provável, como já argumentei aqui, é o da empresária Cris Samorini.
Pazolini está, enfim, entre a sua preferência pessoal e o peso político do seu principal aliado. Na real, para ser mais preciso, ele está respectivamente entre Aridelmo e Cris.
Em tempo: o Novo realizou sua convenção em Vitória na última sexta-feira (26). Na ata, não registrou nem o ingresso na coligação liderada pelo Republicanos nem a indicação de Aridelmo para vice. A Executiva Municipal deu poderes à Estadual para definir e incluir isso posteriormente na ata a ser enviada para a Justiça Eleitoral.
Três candidatos a prefeito são lançados na Serra
No último fim de semana, três candidaturas à Prefeitura da Serra foram homologadas pelos respectivos partidos. Os três são representantes de diferentes segmentos da direita.
Na tarde de sábado, o PL confirmou a candidatura a prefeito do vereador Igor Elson, tendo como candidato a vice o policial militar Diego Cassotto (também pelo PL). A chapa será puro-sangue.
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À noite, o Republicanos confirmou a candidatura do deputado estadual Pablo Muribeca, opositor do prefeito Sergio Vidigal (PDT). Segundo a assessoria do deputado, sua convenção reuniu mais de 3 mil pessoas nas ruas do bairro Serra Sede. Muribeca não definiu seu vice. Além do Republicanos, sua coligação tem o PSD, PRD e DC.
No domingo (28), também com uma chapa puro-sangue, o Novo homologou a candidatura de Wylson Zon, empresário do setor imobiliário. Seu vice será o médico e coronel da reserva William Lessa.
Em Aracruz, deputado decide não assumir candidatura
Na semana passada, deixando o Republicanos “sem pai nem mãe”, o delegado Leandro Sperandio desistiu da candidatura a prefeito de Aracruz. O partido, assim, ficou sem candidato para enfrentar o atual prefeito, Doutor Coutinho (PP), em pleno período de convenções.
A “boia de salvação” seria o lançamento, de última hora, do deputado estadual Alcântaro Filho (Republicanos). Era a solução defendida internamente pelo presidente estadual da legenda, Erick Musso. Contudo, após dias de reflexão e oração, o deputado evangélico decidiu não assumir esse desafio sem a devida preparação. “Deus não autorizou”, justificou ele.
O comunicado foi feito por Alcântaro na manhã desta segunda-feira (29), pelas redes sociais. O deputado defende uma união das forças de direita em Aracruz, como única maneira de desafiar o atual prefeito – cujo favoritismo foi confirmado por recente pesquisa da Futura Inteligência para a Rede Vitória.
Hoje, esse campo político-ideológico tem dois possíveis candidatos em Aracruz: o do PL, Pastor Marcelo Souza, e o do PRTB, Tico Selvatici.
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