Coluna Vitor Vogas
Renovar é preciso: o que disse Paulo Hartung em entrevista à Rede Capixaba
Hartung é Hartung: seu ponteiro pode apontar para um lado e até 2026 girar na direção contrária. Mas suas declarações indicam muito fortemente o caminho que ele tende a seguir nas próximas eleições e, ainda mais vivamente, o que ele não deverá tomar (se esperarmos coerência entre seu próprio discurso e seus próximos passos)
A julgar por um conjunto de sinais emitidos por ele próprio, o ex-governador Paulo Hartung está preparando sua volta à vida pública e ao cenário político-eleitoral do Espírito Santo, após um longo período sabático, que completa seis anos na próxima quarta-feira (1º). Desde que encerrou seu último governo, no fim de 2018, ele não disputou nenhum cargo eletivo e tem se dedicado à iniciativa privada (como presidente da Indústria Brasileira de Árvores/Ibá e membro do Conselho de Administração da mineradora Vale).
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Durante esse tempo, quando falou, escreveu e opinou sobre questões políticas, Hartung ateve-se a pautas nacionais. Pouco participou de questões políticas locais. E, pelo menos de público, quase nada falou sobre a agenda política do Espírito Santo. Agora, isso começa a mudar.
No último sábado (28), o presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, confirmou, em um post no Instagram, que Hartung se filiará ao partido no próximo mês de abril, após encerrar seu mandato como conselheiro da Vale.
Pela sigla de centro-direita, Hartung é cotado para ser candidato a um destes dois cargos majoritários que estarão em disputa em 2026: ou a governador do Estado ou a senador da República. Nos dois casos, a tendência é que ele estabeleça uma aliança com Lorenzo Pazolini (Republicanos) e com o grupo político do prefeito de Vitória.
A diferença fundamental é que, no segundo caso, se Hartung for candidato a senador por essa aliança, Pazolini é quem deverá ser o candidato a governador do mesmo grupo, com o apoio do ex-governador. Nesse caso, a vice-prefeita eleita, Cris Samorini (PP), assumirá o cargo de prefeita de Vitória.
De todo modo, nessa construção, o que está se desenhando é uma possível coligação majoritária de partidos do centro para a direita em 2026 no Espírito Santo, formada por Republicanos, PP e PSD, com candidato próprio ao Governo do Estado (Pazolini ou Hartung) e ao Senado (Hartung ou outro nome).
Nesse contexto, vale muito a pena retomar uma rara e importantíssima entrevista concedida por Paulo Hartung ao telejornal EStúdio 360, da Rede Capixaba, no dia 21 de novembro. Em boa parte dos pouco mais de 20 minutos de prosa, o ex-governador comentou os resultados das eleições municipais de outubro no Brasil e, de forma mais detida, no Espírito Santo.
Concedida aos jornalistas Andressa Missio e Antonio Carlos Leite, a entrevista pode ser interpretada como mais um eloquente sinal – de certo modo agora reforçado pela notícia da filiação ao PSD – da predisposição de Hartung em voltar para a atividade política e partidária, possivelmente tornando a disputar mandato eletivo, e da proximidade estabelecida entre ele, Pazolini, Cris Samorini e esse grupo político que não gravita na órbita do governador Renato Casagrande (PSB).
A elegia espontânea a Pazolini
Antes de mais nada, ao responder a uma pergunta que não tratava nominalmente de Lorenzo Pazolini – mas de Cris Samorini –, Hartung fez grandes elogios, de maneira espontânea, ao prefeito de Vitória, enaltecendo a vitória em 1º turno da chapa formada por ambos, apesar de um “conjunto de líderes” ter tentado de tudo para levar a decisão para o 2º turno.
“[A eleição em Vitória] foi uma disputa das mais importantes que vivenciamos aqui no Estado neste último pleito eleitoral, pelo envolvimento de tantas lideranças, pela tentativa de não deixar a eleição virar no 1º turno, o que era evidente num conjunto de líderes. Eles [Pazolini e Cris] conseguiram ser bem-sucedidos, e eu acho que isso também projeta Cris para um trabalho junto com Pazolini, junto com outras lideranças, inclusive do partido dela, o PP, que é um partido importante no Estado, um trabalho legal”, opinou o ex-governador.
Hartung evitou citar nomes, preferindo mencionar um genérico “conjunto de líderes”, mas é lógico que sua referência tem alvo certo: Casagrande, adversário em comum dele mesmo e de Pazolini.
Apesar de o governador não ter entrado pessoalmente na campanha de ninguém em Vitória, o Palácio Anchieta mobilizou suas bases, secretários de Estado e partidos sob sua influência para apoiar dois adversários de Pazolini: os ex-prefeitos Luiz Paulo (PSDB) e João Coser (PT). O próprio Casagrande, embora não tenha subido no palanque de nenhum deles, “recomendou” voto em ambos, em entrevistas.
O objetivo era levar a disputa para o 2º turno. Se isso tivesse se concretizado, provavelmente teríamos assistido a uma união das forças organizadas em torno de Casagrande, em favor de Luiz Paulo ou de Coser (quem passasse de fase com Pazolini para enfrentá-lo), a fim de derrotar o prefeito… que tratou de melar esses planos.
Diga-se de passagem, Luiz Paulo e Coser foram aliados de Hartung por décadas. Luiz Paulo rompeu com Hartung após a eleição de 2012 para prefeito de Vitória, na qual foi apoiado por ele e acabou derrotado por Luciano Rezende (Cidadania). Coser mantém boa relação com ele até hoje. Foi secretário estadual de Desenvolvimento Urbano durante todo o último governo de Hartung, de 2015 a 2018.
Fechado o parêntese, é fato que Luiz Paulo (prefeito de 1997 a 2004) e Coser (incumbente do mesmo cargo de 2005 a 2012) são políticos bem mais antigos e tradicionais que Pazolini. A reeleição do atual prefeito foi exaltada por Hartung como um símbolo de renovação política, segundo ele extremamente necessária, no Brasil e no Espírito Santo.
“O que vejo de bom nisso é que está renovando. Na política, como na física, tem uma expressão chamada ‘fadiga de material’. Problemas diversos. Então precisa renovar, oxigenar… O bonito da democracia é a alternância. Acho que, aqui no Espírito Santo e Brasil afora, estão nascendo novas lideranças. E acho que, nesse campo de novas lideranças no Espírito Santo, o Pazolini assumiu uma posição destacada, até pela forma que transcorreu esse pleito municipal” (leia-se: derrotando o governo Casagrande e a máquina estadual voltada contra ele para forçar o 2º turno e vencê-lo).
Na mesma toada, Hartung enfatizou:
“A eleição permite a aparição de líderes jovens. Isso é importante, isso é a oxigenação da politica estadual, e é disso que o Espírito Santo está precisando, e muito.”
Elogios a Cris Samorini
Hartung também não poupou elogios a Cris Samorini, classificada pelo ex-governador como um “talento de liderança empresarial” e celebrada como alguém que conseguiu fazer com êxito algo que ele tem defendido muito: um maior envolvimento de líderes empresariais nos debates afetos à agenda pública nacional. Ele mesmo, hoje oscilando entre o experiente homem público e o dirigente de uma grande empresa, tem participado de debates sobre questões estratégicas para o desenvolvimento do país.
A vice-prefeita eleita de Vitória é um raro caso de empreendedora e dirigente empresarial que resolveu efetuar para valer a “travessia” para a vida pública. Após a vitória eleitoral ao lado de Pazolini, poucos dias antes da entrevista ao EStúdio 360, ela e Hartung se encontraram e conversaram na sede da Findes, entidade presidida por ela até julho. Na ocasião, a própria Cris postou uma foto do encontro, exaltando o “grande aprendizado” extraído de Hartung. A empresária também fazia parte da atual diretoria da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), mas se licenciou para assumir o cargo de vice-prefeita.
“Cris presidiu a Findes, fez um trabalho bem-feito e foi parar na CNI […], está num posto importante da CNI e assim por diante. Tenho uma relação com eles muito boa. A gente conversou muito sobre essa representação empresarial no país. Tenho defendido que os CEOs de empresas participem mais, debatam mais o país. As pessoas acham que debater o país é fazer brigalhada, é fulanizar… e não é isso. É defender ideias. Muitas vezes você tem uma certa omissão, mesmo das entidades empresariais e das lideranças empresariais de modo geral. E estou, modestamente, trabalhando para que essa turma participe do debate nacional. Essa foi boa parte da minha conversa com a Cris”, relatou Hartung.
O ex-governador revelou ser amigo da família Samorini desde o início dos anos 1980. Em passagem pouco conhecida de sua biografia, logo após se formar em Economia na Ufes, ele abriu – em parceria com o inseparável Neivaldo Bragato – uma editora, assim tornando-se colega de ramo do pai de Cris e fundador da gráfica Grafitusa, Tulio Samorini.
O case de São Paulo
O ex-governador apontou os resultados das eleições municipais deste ano como um alerta para as lideranças tradicionais. Hartung citou a disputa eleitoral na cidade de São Paulo, marcada pela presença de Pablo Marçal (PRTB), criado e impulsionado pelas redes sociais. Apesar de ter ficado de fora do 2º turno (por muito pouco), o improvável candidato protagonizou o 1º turno com polêmicas e agressões.
Para Hartung, a eleição sui generis na maior cidade da América Latina serve de exemplo e alerta quanto ao distanciamento entre os políticos e uma grande parcela da população. Por isso, ele defende a necessidade da abertura de espaço para novas lideranças, capazes de compreender as necessidades de um eleitor cada vez mais exigente e conectado.
Reconhecimento a Vidigal e Weverson… mas também a Muribeca
Hartung também comentou os resultados eleitorais em outras cidades da Grande Vitória, destacando o sucesso do prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), que conseguiu eleger o aliado Weverson Meireles (PDT) no 2º turno, com 60,4% dos votos válidos.
Hartung observou que Vidigal fez uma escolha estratégica ao abdicar de buscar a reeleição para apoiar Weverson, um candidato bem mais jovem e jamais testado nas urnas até então: “Ressalto a liderança do Vidigal, que é um líder tradicional da cidade e soube dar um passo atrás, colocar um jovem no seu lugar”.
Hartung avaliou, porém – sem o citar pelo nome –, que o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos), derrotado por Weverson no 2º turno, também saiu maior das urnas: “Acho que ali projetaram-se dois líderes. O vitorioso, que é jovem, e o derrotado, pelo volume de votos que teve. Virou uma liderança importante”.
Reconhecimento a Arnaldinho e Wanderson Bueno
O ex-governador também destacou, nominalmente, outros dois jovens prefeitos reeleitos na Região Metropolitana, ambos com votação estrondosa: o de Viana, Wanderson Bueno (Podemos), recordista estadual em votos válidos, com mais de 92%, e o de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (do mesmo partido), reeleito com quase 80% dos votos válidos e campeão de votos nominais no Espírito Santo nesse pleito. Os dois são aliados de Casagrande.
“Viana tem um prefeito também jovem, reeleito de uma maneira muito bonita. E você tem aqui em Vila Velha um resultado eleitoral maiúsculo, na minha visão. O Arnaldinho teve uma votação muito expressiva”, assinalou o ex-governador.
Sem dar tanta ênfase e sem o chamar pelo nome, Hartung também fez menção à reeleição de Euclério Sampaio (MDB). Por muitos anos, o hoje prefeito de Cariacica fez oposição a ele na Assembleia Legislativa. “Você teve, da mesma forma, uma reeleição em Cariacica, que é um município historicamente complexo na sua administração. Eu sempre disse isso.”
Hartung candidato?
O ex-governador preferiu não responder se voltará à vida pública, mas fez ao vivo, no dia 21 de novembro, uma promessa categórica ao jornalista Antonio Carlos Leite. Anotem aí: “Eu prometo a você que, no próximo programa que você me convidar, eu vou responder, com todas as letras”. Pouco mais de um mês depois, veio a confirmação de sua filiação ao PSD, com data marcada (abril), o que indica uma tendência da resposta “no próximo programa”.
Desta vez, respondendo sem responder, o ex-governador se declarou muito grato ao povo do Espírito Santo e, emblematicamente, encerrou sua entrevista reiterando que sua prioridade absoluta, neste momento, é “ajudar a renovar a política capixaba”, “botar sangue novo e energia nova”, em vez de permitir uma “fadiga de material” que, segundo ele, não ajuda em nada o Estado:
“Sou muito agradecido pelas oportunidades que os capixabas me deram, que foram espetaculares. Nunca tive nem que disputar 2º turno de eleição, gente, você imagina o que é isso? Como sou grato a isso”, afirmou, para então concluir:
“Então, qual é meu papel número um? É ajudar a renovar a política capixaba. Eu estou fazendo isso no Brasil e tenho que ajudar isso no meu estado: a botar sangue novo. Não pode haver a fadiga de material, isso não nos ajuda. Nós precisamos dar um passo à frente, e isso faz bem. Colocar sangue novo, energia nova, disposição para empurrar este querido Espírito Santo para a frente.”
Conclusão: por uma questão de coerência…
As declarações de Hartung, sobretudo a última, podem ser lidas como indiretas para Casagrande e o grupo político capitaneado pelo governador. Por essa chave de leitura, o ex-governador sugere que, nas eleições estaduais de 2026, seja quem for o candidato apoiado por Casagrande para o suceder no governo (Ricardo Ferraço ou qualquer outro), eventual vitória representará a permanência do mesmo grupo no poder e, portanto, um agravamento da “fadiga de material” por ele atribuída a tal grupo, com todos os perigos que isso implica.
Mas, se for mesmo assim, podemos também concluir que a indireta se volta contra o próprio Paulo Hartung, do alto dos seus três mandatos de governador e mais de 40 anos de vida pública, caso ele esteja mesmo cogitando postular novo mandato no Palácio Anchieta. Afinal, “o bonito da democracia é a alternância”.
Digamos que Hartung concorresse e de fato vencesse uma disputa a governador em 2026. Nesse caso, ele não só iria para um quarto mandato como alargaria para incríveis 28 anos o já espantoso ciclo de 24 anos de revezamento entre os mesmos dois governantes, ele mesmo e Casagrande, no poder no Espírito Santo. Onde estaria a postulada “renovação”? Onde o “sangue novo”, a “energia nova”? O discurso desmoronaria.
Por isso, até por uma questão de coerência com o próprio discurso, parece muito mais provável que Hartung apoie eventual candidatura a governador do tão festejado Pazolini, destacado por ele como exemplo da renovação política que ele mesmo defende, de uma “oxigenação” que ele mesmo reputa como fundamental para os rumos políticos do Estado.
Dito de outro modo, se quisermos extrair das palavras de Paulo César Hartung Gomes uma mínima coerência com os próximos fatos e passos políticos que ele planeje dar, sua importantíssima entrevista parece reduzir drasticamente as chances de confirmação de uma nova candidatura dele mesmo a governador do Estado, enquanto acende com mais força a luz que sinaliza o outro caminho.
O discurso de Hartung indica muito mais fortemente, com muito maior nitidez, que ele tem em mente apoiar eventual candidatura de Pazolini a governador do Estado em 2026: “sangue novo, energia nova, disposição para empurrar este querido Espírito Santo para a frente”, contra a “fadiga de material” atribuída a Casagrande e companhia.
Enquanto isso, ele próprio deverá candidatar-se ao Senado – ou, quem sabe, se lhe surgir uma chance que até hoje não lhe apareceu, participar de algum arranjo nacional visando à eleição presidencial. Em 2018 e 2022, ele tentou se colocar, mas não deu certo.
Agora, está de volta na pista.
Adendo: “Não se pode brigar com os sinais que vêm da urna”
Sobre nossa conclusão acima, vale uma última consideração a partir de outra declaração de Hartung, a qual, a nosso ver, aponta na mesma direção, isto é, só reforça a impressão de que o próximo passo do ex-governador é buscar um envolvimento muito mais direto na política nacional, exercendo mandato, seja numa chapa presidencial, seja, muito mais possivelmente, buscando retornar ao Senado – para, uma vez ali, não ser apenas mais um entre 81 senadores e quase 600 congressistas, mas buscar protagonismo em Brasília e nos rumos da agenda nacional.
“Não se pode brigar com os sinais que vêm da urna. É preciso interpretá-los”, “lecionou” Hartung logo no começo da entrevista, ao ser questionado por Antonio Carlos Leite sobre sua avaliação geral das últimas eleições municipais.
Em síntese, Hartung opinou que os resultados das eleições para prefeitos e vereadores nas cidades não necessariamente influem, ou influem muito pouco, na eleição seguinte para governadores e presidente da República. Mas dão um importante indicativo da tendência que devemos esperar daqui a dois anos nas eleições legislativas (para deputados estaduais, federais e senadores).
“Eleições municipais não movem completamente o ponteiro da eleição majoritária seguinte. Mas, curiosamente, movem o ponteiro da eleição parlamentar. A eleição do futuro Congresso Nacional tem muito a ver com o que aconteceu nesta eleição municipal”, avaliou o ex-governador.
Ora, e o que foi que se observou nacionalmente nessas últimas eleições municipais? Para onde aponta o “ponteiro”? Quais foram os inelutáveis “sinais vindos das urnas”, com os quais “não se pode brigar”?
1) Vitória maiúscula e ascensão fortíssima de partidos de direita e, notadamente, de centro-direita, com destaque para o PSD, o “campeão dos campeões”. A sigla de Kassab governará mais de 800 cidades país afora a partir de quarta-feira (1º); 2) tendência do eleitorado brasileiro (e capixaba) a preferir candidatos desse campo; 3) enfraquecimento da esquerda, mas também, embora em menor grau, da extrema-direita bolsonarista.
O mesmo Hartung avalia que essas tendências hão de se refletir, em 2026, nas eleições parlamentares, para o Poder Legislativo.
Para presidente da República? Não. Para governador? Errado. Para o Senado? Seguramente.
Munido dessa convicção, e consciente de que não dá para brigar com tais sinais, o que faz, pragmaticamente, Paulo Hartung um mês depois? Fecha com Gilberto Kassab filiação ao PSD.
Repetimos: se Hartung quiser mesmo ir para Brasília – como, neste ponto do processo, acreditamos ser o caso –, ele não há de se contentar em voltar lá para fazer figuração. Vai querer e buscar influir de fato nos rumos do Parlamento, do debate público e da agenda pública nacional.
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