Dia a dia
STF forma maioria para descriminalizar porte de maconha
Ainda faltam votar Luiz Fux e Cármen Lúcia. A Corte ainda vai definir a quantidade de maconha que irá caracterizar uso pessoal
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria pela descriminalização do porte de maconha para o consumo individual. Na sessão desta terça-feira (25), o ministro Dias Toffoli deu o sexto voto a favor de descriminalizar.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
No último dia 20, Toffoli havia dito que não se unia a nenhuma das correntes previamente criada. Nesta terça, ele explicou o posicionamento dizendo que poderia não ter sido claro, mas o voto é sobre a descriminalização.
Com isso, o STF formou maioria com seis votos favoráveis contra três. Ainda faltam votar Luiz Fux e Cármen Lúcia. Flávio Dino não vai votar por ter entrado na cadeira da ministra Rosa Weber, que já se manifestou sobre a questão e votou a favor da descriminalização.
A Corte também vai definir a quantidade de maconha que deve caracterizar uso pessoal, e não tráfico de drogas. Pelos votos proferidos até agora, a medida deve ficar entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis.
Julgamento desde 2015
Em 2015, no início do julgamento, os ministros passaram a analisar a possibilidade de descriminalização do porte de todas as drogas, mas os votos proferidos ao longo do processo restringiram a liberação do porte somente de maconha.
O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006), que criou a figura do usuário.
Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.
A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.
*Com informações da Agência Brasil.
LEIA TAMBÉM
> Legalize já? Saiba o que aconteceu onde liberaram a maconha
> De psoríase a epilepsia: veja em quais tratamentos atua o canabidiol
Valorizamos sua opinião! Queremos tornar nosso portal ainda melhor para você. Por favor, dedique alguns minutos para responder à nossa pesquisa de satisfação. Sua opinião é importante. Clique aqui