Dia a dia
Inocentada namorada de jovem que teve barriga aberta em Guarapari
Lívia Lima Simões foi denunciada por participação no crime, que aconteceu em Guarapari em janeiro do ano passado

Jovem acordou com um corte profundo na barriga e parte do intestino exposto na Praia do Ermitão, em Guarapari. Foto: Reprodução
A jovem Lívia Lima Simões Paiva Pereira foi inocentada pela Justiça de ter participado do misterioso crime que envolveu o namorado Gabriel Muniz Tickersgill, em janeiro do ano passado. O rapaz teve a barriga aberta na Praia do Ermitão, em Guarapari, e até hoje os responsáveis pelo ataque não foram identificados.
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Lívia estava com o namorado na praia na madrugada do crime e foi denunciada pelo Ministério Público do Espírito Santo como participante do ataque.
Em sua sentença, o juiz Edilson Souza Santos declarou que não existiam provas suficientes de que a jovem teria sido a autora do crime.
Na denúncia apresentada pelo MPES, não existia nenhuma outra pessoa entrando ou saindo do local em que se desenrolou a cena criminosa, estando apenas os dois na Praia do Ermitão no momento do crime.
Segundo o advogado de defesa, Lécio Machado, a tese não foi confirmada, já que foram apresentadas provas de que havia cerca de oito pessoas no local.
“Existe um vídeo, só que a filmagem não é muito boa para ver o rosto dessas pessoas, mas que elas estavam circulando pelo local, andando, pescando e com lanternas”, explicou Machado.
A defesa sustentou a tese de que Lívia também foi vítima, já que tinha hematomas na cabeça, coxa e mão.
“Importante destacar que o fato de a vítima estar com um corte na mão, por si só, não é prova de que se cortou no momento em que teria agredido a vítima. Nesse sentido, dois médicos ouvidos em contraditório judicial, afirmaram que o corte na mão poderia tanto ser de ataque quanto de defesa”, diz um trecho da sentença.
O magistrado considerou ainda que o acesso ao parque se dá pela portaria, pelas pedras e pelo mar e, que por isso, não se pode afirmar que apenas o casal se encontrava no local do fato.
“É possível que terceira (s) pessoa(s) estivesse(m) no local, quiça praticado o crime. Do cotejo das declarações, tanto na fase judicial quanto na fase da inquisa, não verifiquei a certeza necessária para condenação, sobretudo porque não houve testemunha de viso e a vítima informou que não foi a denunciada quem o atacou. Dessarte, não há como proferir decreto condenatório. Ao revés há dúvida razoável acerca da autoria delitiva”.
Segundo Machado, a decisão já era esperada pela família. “A família está muito feliz com a decisão. Ficou comprovada a inocência da Lívia e que ela foi tão vítima quanto o Gabriel”, declarou.
Vídeo
Em um vídeo postado em suas redes sociais, Gabriel já tinha declarado que a namorada era inocente e que os dois tinham sido vítimas de uma terceira pessoa.
No vídeo, Gabriel afirmou que os dois foram vítimas de uma tentativa de latrocínio, que é roubo seguido de morte. “Minha namorada não tem nada a ver com isso, assim como eu, ela foi vítima desse acontecimento”, declarou à época. Eles tiveram roubados um celular, uma caixa de som pequena e cerca de R$ 80.
