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Coluna Vitor Vogas

Weverson: “Não tem volta. Serei o candidato do PDT a prefeito da Serra”

Em entrevista ao EStúdio 360, ungido por Sergio Vidigal assevera: prefeito não voltará atrás na decisão de abdicar da reeleição e o apoiará até o fim

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Weverson Meireles deu entrevista ao telejornal EStúdio 360

Weverson Meireles deu entrevista ao telejornal EStúdio 360 (10/06/2024)

“Sim, serei o candidato do PDT à Prefeitura da Serra”, asseverou Weverson Meireles, para logo em seguida ser ainda mais enfático: “O candidato a prefeito do PDT na Serra sou eu. Não tem mais volta.”

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A declaração foi dada ontem (10) pelo ex-chefe de gabinete do prefeito Sergio Vidigal (PDT), em entrevista ao telejornal da TV Capixaba EStúdio 360 Segunda Edição. Com ela, esbanjando convicção, Weverson coloca um ponto final quanto à manutenção de seu nome como aposta de Vidigal e do grupo político do prefeito para a sucessão na Serra. Ao mesmo tempo, passa mesmo do “ponto sem retorno”: se depois de uma declaração como essa ele deixar de ser candidato, ficará muito feio, vexatório até, para ele, para Vidigal e para todos os envolvidos.

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Agora, portanto, parece que não tem mais marcha à ré mesmo. Nem “conversão contrária ao lado sinalizado”:

“Quem conhece a história do Vidigal sabe que o Vidigal não dá seta para um lado e vira para o outro. Sempre o lado que ele dá seta a coerência dele faz com que ele siga aquele caminho com firmeza”, afirmou o afilhado político do prefeito. “Eu com certeza sou o pré-candidato. E você pode ter certeza que, no momento certo, das convenções partidárias, eu vou confirmar a candidatura. Eu sou o pré-candidato do PDT. O martelo está batido. Não tem retorno”, reiterou Weverson, enterrando as especulações.

A pré-candidatura de Weverson nasceu em circunstâncias bastante atípicas. Seu principal apoiador político é justamente Sergio Vidigal, principal líder estadual do PDT, partido presidido pelo próprio Weverson por alguns anos no Espírito Santo.

Tecnicamente, Vidigal pode se candidatar à reeleição. Mesmo assim, de modo relativamente surpreendente, ele abdicou de tentar renovar o mandato e, no dia 16 de março, lançou Weverson como candidato dele à sucessão, alegando questões familiares (sua esposa, Sueli Vidigal, enfrenta um câncer) e propondo à cidade da Serra uma “renovação com segurança”.

Nós temos pouco mais de um mês até o período das convenções partidárias para definição de candidaturas, de 20 de julho a 5 de agosto. Pesquisa da Rede Vitória, feita pela Futura Inteligência no começo de abril, pouco depois do lançamento de Weverson, mostrou que o ex-chefe de gabinete de Vidigal largou na pré-campanha com baixo recall político e baixíssimas intenções de voto. Seu desafio, claramente, para sua pré-candidatura deslanchar, é se tornar mais conhecido pelo grande público.

Para cumprir esse desafio, Weverson não tem perdido tempo: desde o fim de março, tem se jogado numa maratona de eventos públicos ao lado de Vidigal, como a sombra do prefeito, incluindo solenidades oficiais de entregas do Governo do Estado – o PDT é aliado de Renato Casagrande (PSB). Cumprindo a legislação eleitoral e ficando ainda mais liberado para se dedicar à pré-campanha, ele entregou, na semana passada, o cargo que ocupava na prefeitura: assessor especial da Coordenadoria de Governo. Agora, é “só” pré-candidato.

A dúvida é se isso será suficiente, ou seja, se Weverson, em tão pouco tempo, conseguirá crescer e se fazer conhecer a ponto de chegar em condições minimamente competitivas no começo de agosto. A especulação, reproduzida inclusive aqui, é a de que Vidigal ainda poderia voltar atrás e “retomar o lugar dele”, assumindo a candidatura à reeleição, caso conclua que Weverson não se viabilizou e que, portanto, a preservação do poder na Serra pode estar ameaçada.

Ao afirmar, contudo, que será candidato com certeza, Weverson cala tais especulações, indicando que sua candidatura é definitivamente irreversível, aconteça o que acontecer.

Isto, sim, foi blefe

No evento de lançamento da sua pré-candidatura, em 16 de março, tanto Weverson como Vidigal fizeram um aceno ao ex-prefeito Audifax Barcelos, pré-candidato novamente a prefeito da Serra, desta vez pelo Progressistas (PP).

Weverson o elogiou como gestor e reconheceu sua contribuição para a cidade. Ambos, criador e criatura, sugeriram a possibilidade de uma aliança para o bem da Serra, para evitar retrocesso, contra a ameaça de um mal maior etc. Mas isto, sim, parece não ter passado de um blefe.Não foi além da entrevista dada logo após o lançamento de Weverson. A sugestão de uma possível aliança (contra Pablo Muribeca, no caso) morreu mais rapidamente do que alguém consegue dizer “Weverson com Audifax”.

Na entrevista ao EStúdio 360 nessa segunda-feira (10), Weverson foi veemente em dizer que nem procurou nem pretende procurar Audifax para conversar sobre o processo eleitoral.

“Não há nenhuma possibilidade de aliança. No momento certo, faremos a comparação dos nossos projetos, e entendemos que é preciso dar sequência a esta gestão, com os valores que temos, para que a Serra continue crescendo da maneira vertiginosa como tem crescido.”

Weverson procurou explicar os elogios feitos a Audifax como gestor há menos de três meses:

“O que eu falei é que Audifax, no tempo dele, contribuiu para as realidades dele, para o tempo dele. Agora, Audifax tem o projeto dele e está tocando, e nós temos o nosso projeto, projetos esses que divergem na visão da execução da qualidade da política pública. O projeto do PDT é dar sequência em todas as nossas conquistas e, com firmeza e segurança, nós tocarmos essa grande vitória que já implementamos em nossa cidade, uma gestão exitosa, uma gestão que realmente tem resultados a serem apresentados. Esse é o projeto que nós vamos tocar.”


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