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Coluna Vitor Vogas

Todos contra Pazolini: como foi o debate da Rede Gazeta em Vitória

Dessa vez prefeito de Vitória apareceu, mas quase desapareceu, soterrado que foi pelas críticas dirigidas a ele pelos cinco adversários eleitorais

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Debate da Rede Gazeta

Debate da Rede Gazeta (20/09/2024)

A primeira grande notícia do debate promovido nessa sexta-feira (20) pelo jornal A Gazeta e pela Rádio CBN com os candidatos à Prefeitura de Vitória foi a presença do atual prefeito. Dessa vez, Lorenzo Pazolini (Republicanos) apareceu – diferentemente do que fez no primeiro debate da corrida eleitoral em Vitória, realizado pela Rede Capixaba na última segunda-feira (16).

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O debate foi realizado a 16 dias do 1º turno, marcado para 6 de outubro, num momento em que a água já começa a bater no queixo de todos os concorrentes de Pazolini. Na antevéspera, nova pesquisa Quaest para a mesma Rede Gazeta revelou que o prefeito se mantém com grandes chances de resolver a eleição em turno único. Nesse cenário crítico, os cinco adversários do atual mandatário fizeram exatamente o que se esperava deles, e o debate, naturalmente, virou um grande “todos contra Pazolini”… mas dessa vez, vejam só, com o próprio Pazolini ali para se defender de críticas e rebater acusações.

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E estas vieram, aos montes. O prefeito apareceu, mas por pouco não “desapareceu” debaixo de tantos ataques sofridos de todos os lados. Mantendo também uma postura comum a quem é muito favorito – fleuma e serenidade –, Pazolini não atacou ninguém. Uma única vez subiu o tom, para contra-atacar João Coser (PT), após o petista afirmar que há indícios de corrupção em sua administração: “Não me meça por sua régua, candidato”, rebateu o prefeito, no momento mais quente do debate, digno de um registro à parte.

Fora isso, Pazolini veio light e até um pouco piegas, falando coisas como “empatia e amor por nosso povo”, “amar e cuidar das pessoas” etc.

Pelas regras do longo debate (2h30 de duração), cada candidato só poderia realizar uma pergunta e responder a um questionamento por bloco. De certo modo, isso conveio a Pazolini, na medida em que limitou o volume do bombardeio sobre ele – o qual, mesmo com essa “trava”, já foi bastante intenso. Outro estratégia de Pazolini foi não economizar nos pedidos de direito de resposta: foram cinco, ao todo. Dois foram concedidos pela direção do debate e os outros três, negados.

Também chamou a atenção que Pazolini e os demais candidatos tenham pintado Vitórias radicalmente diferentes, com realidades diametralmente opostas.

Na de Coser, a cidade está atrasada e paralisada; na de Pazolini, gera empregos e é competitiva. Na de Luiz Paulo (PSDB), as desigualdades territoriais aumentaram; na de Pazolini, foram reduzidas. Na de Camila Valadão (PSol), a prefeitura não dialoga com ninguém; na de Pazolini, vigora a “gestão compartilhada”. Na de Assumção (PL), “um passado sombrio” ameaça retornar; na de Pazolini, a transparência é a regra.

(Na de Du, o Cais das Artes virará um hospital municipal, aonde pacientes chegarão de helicóptero. Fecha parêntese.)

> Análise – A falta e o asfalto: a mais que presente ausência de Pazolini no debate da Band

A estratégia comum a todos foi centrar fogo em Pazolini, acima de quaisquer diferenças partidárias e ideológicas. A “combinação” (no duplo sentido) mais recorrente foi entre Coser e Camila: os dois tabelaram quatro vezes, dirigindo perguntas um para o outro. Mas também houve tabelas entre Coser e Luiz Paulo (uma vez), Luiz Paulo e Camila (uma vez) e, pasmem, até entre dois perfeitos opostos: o candidato do PT e o do PL.

Na prova cabal de que, a despeito de cores ideológicas, os opositores de Pazolini foram para o embate com a mesma motivação, Coser escolheu ninguém menos que Assumção para responder à sua primeira pergunta, no bloco de abertura.

Coser foi o segundo a perguntar, e o primeiro, Luiz Paulo, já havia dirigido sua pergunta a Pazolini (que, assim, não poderia mais responder naquele bloco). O petista, então, inusitadamente, escolheu Assumção para responder, fazendo ao bolsonarista uma pergunta sobre o volume de contratos firmados sem licitação pela atual administração.

Foi a deixa para Assumção trazer à baila uma alegada suspeita de corrupção envolvendo o secretário de Obras de Vitória, Gustavo Perim – o que rendeu a Pazolini o primeiro dos dois direitos de resposta concedidos ao prefeito no debate. Cada deputado, então, ficou a levantar a bola para o outro cortar em cima do prefeito, lançando suspeitas relacionadas a supostas irregularidades no governo Pazolini e pondo em dúvida o discurso de transparência, ética e probidade mantido por ele.

Tendo dado sorte no sorteio que definiu previamente a ordem dos autores das perguntas, Luiz Paulo, sempre que pôde, dirigiu-se a Pazolini. Das três perguntas de adversários respondidas pelo atual prefeito, duas partiram do tucano. Já Assumção, curiosamente, quando teve a chance de confrontar diretamente Pazolini, evitou fazê-lo. Primeiro a perguntar no último bloco, ele preferiu endereçar sua pergunta para Du.

Quanto a Pazolini, foi ao debate nitidamente com a estratégia de evitar o embate direto com os oponentes mais “carne de pescoço”, na medida do possível. No segundo bloco, sendo o primeiro a perguntar, endereçou a sua pergunta para Du, o candidato café com leite. Nos outros dois blocos, podendo escolher entre Camila e Assumção, preferiu Assumção; mas, entre Camila e Luiz Paulo, escolheu Camila. A proposta, nitidamente, era evitar acima de tudo Luiz Paulo e Coser.

A seguir, apresentamos um resumo dos principais disparos de cada adversário de Pazolini contra ele, culminando com as respostas do prefeito.

> Análise – Quem ganhou e quem perdeu com a ausência de Pazolini no debate da Band

AS PRINCIPAIS CRÍTICAS DE CADA UM A PAZOLINI

João Coser: “coração de asfalto” e “dono do brinquedinho”

Levando para o debate uma estratégia bem agressiva, Coser atacou Pazolini de vários lados, mas dois pontos se destacaram pela repetição: o reasfaltamento milionário de ruas de Vitória (“Asfalto Vix”) pouco antes da campanha eleitoral e o excesso de contratos sem licitação nos três primeiros anos do governo, os quais, segundo ele, totalizam R$ 500 milhões.

Em sua propaganda eleitoral, o prefeito diz que “não dialoga com a corrupção”, que “acabou com a velha política e com a troca de favores” em Vitória.

“A prefeitura contratou meio bilhão de reais, sem licitação, em serviços continuados: lixo, iluminação pública, reparo de obras, calçadas… É má-fé, conveniência ou incompetência: três anos sem licitação”, disse Coser, falando em “farra do dinheiro público”.

“E não contratou emergencialmente o Restaurante Popular durante a pandemia”, comparou o petista, atribuindo “falta de sensibilidade” ao atual prefeito e chamando-o novamente de “cara de asfalto” – uma elevação de “cara de pau” –, conforme já fizera no debate da TV Capixaba/Band.

Em uma de suas muitas tabelinhas com Camila, o ex-prefeito afirmou que Vitória está atrasada e paralisada por conta do “autoritarismo” e do isolacionismo de Pazolini:

“Não consultou as pessoas e está colocando asfalto onde não é necessário. Infelizmente, só tem asfalto. Uma cidade em que a obra mais importante, e recapear asfalto nem é obra, é uma cidade fadada à falência. Estamos paralisados. Enquanto as outras cidades avançam, a forma autoritária de governar do gabinete, tudo é o prefeito que decide, vai dando nisso. É uma cidade atrasada. Não dialoga com o Governo do Estado, briga com a vice-prefeita, não dialoga com o Governo Federal, e nós estamos parados no tempo. E o futuro da cidade está altamente comprometido. […] Asfalto não muda a vida das pessoas…”

Ao debater com a deputada psolista o tema da violência na cidade, Coser, assim como Assumção, tripudiou do prefeito e o comparou a uma criança mimada: “Vitória tem um sistema de videomonitoramento que não dialoga com a Polícia Civil e a Militar. Então o prefeito tem um brinquedinho, que é um videomonitoramento que só ele tem o controle e a Guarda Municipal”.

O deputado do PT afirmou que Pazolini não aumentou o efetivo da Guarda Municipal. “É a polícia do prefeito, para ele”, ironizou.

Em nova dobradinha com Camila, em torno das escolas de tempo integral, Coser disse que o modelo foi expandido em Vitória sem debate. Ainda na educação, ecoando uma crítica aprofundada por Luiz Paulo, afirmou que “o Ideb da área da periferia está uma vergonha”. Mesmo termo foi usado por ele ao dizer que Vitória não tem um Plano de Mudanças Climáticas.

Em debate com Luiz Paulo sobre a economia da cidade, o petista destacou que a cidade também não tem um projeto econômico. “Estamos fora do processo de desenvolvimento. Perdemos tudo. Vitória está fora do mapa do Brasil e está fora do mapa do Espírito Santo.”

Luiz Paulo: populismo fiscal e “facão”

Diferentemente de Coser e Assumção, Luiz Paulo não colocou sob suspeição a lisura da administração de Pazolini. O que ele colocou em xeque, sim, foi o discurso de responsabilidade fiscal. Para o tucano, na realidade, o que a gestão Pazolini pratica é o “populismo fiscal”: “Juntar dinheiro para gastar no último ano”.

Em um de seus dois confrontos diretos com Pazolini, o atual prefeito destacou a entrega de eletrodomésticos, pela prefeitura, a algumas famílias de baixa renda. Na réplica, Luiz Paulo tomou isso como um exemplo do populismo criticado por ele:

“O discurso do candidato Pazolini é completamente diferente da realidade que a gente vê na cidade de Vitória. Sua visão de administração são intervenções pontuais. Não há um projeto de fato estruturado, sistêmico, para as áreas pobres de Vitória. Distribuir eletrodomésticos caracteriza populismo, que acho que é a essência da estratégia da atual administração”. Segundo o tucano, esse “populismo” está “a serviço de uma estratégia de comunicação, que parece bastante eficiente, mas que é a única coisa realmente eficiente que faz essa administração”.

No outro embate direto entre os dois, Luiz Paulo pediu explicações de Pazolini sobre a elevação do “índice de desigualdade territorial”. Segundo o ex-prefeito, com base em dados da própria Prefeitura de Vitória, há uma profunda desigualdade no desempenho das escolas municipais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com as notas das escolas da periferia abaixo das notas das escolas dos bairros de alta renda.

Também na área da educação, Luiz Paulo afirmou que apenas 12% dos alunos da rede municipal estão em escolas em tempo integral. “O discurso não corresponde à realidade da nossa rede. Ele herdou uma boa rede, mas o ambiente de trabalho é muito ruim.”

Ao debater o problema da violência urbana com Du, o candidato do PSDB também atribuiu populismo, além de isolacionismo, à gestão de Pazolini:

“A primeira coisa na segurança é reconhecer que a Guarda Municipal, criada por mim, foi desvirtuada na atual administração: ao invés de cooperar com a Polícia Militar, ela compete com a Polícia Militar. Há um discurso enganador quando atribui ao gabinete do prefeito a capacidade de enfrentar sozinho o tema da segurança pública. Isso foi prometido. E, evidentemente, não foi entregue. Os índices de violência pioraram em Vitória. Não é possível fazer demagogia e populismo com o tema da violência”.

Já ao discutir a reforma da Previdência municipal com Camila, Luiz Paulo a definiu como uma “lambança” e fez uma analogia: “Reformas previdenciárias são cirurgias plásticas para serem feitas com bisturi. Essa foi feita a facão. Além de maldade com os aposentados, foi muito malfeita, um equívoco completo”.

> O Cordel do Debate da Band entre os candidatos a prefeito de Vitória

Capitão Assumção: Margarida, Vazolini e Enzo

No debate da Rede Gazeta, o capitão da reserva da PMES voltou a ser o deputado que costumamos ver na Assembleia, reassumindo aquele estilo provocador e debochado. Referiu-se a Pazolini por vários termos pejorativos, como “Margarida”, “Vazolini” e Enzo (nome muito comum entre meninos hoje em dia e que, na internet, virou sinônimo de “garoto” ou pessoa muito inexperiente). Assim, Assumção procurou infantilizar o prefeito.

“A Margarida fugiu do debate”, disse ele, logo em sua primeira fala, sobre a ausência de Pazolini do certame promovido pela TV Capixaba na última segunda-feira.

O candidato do PL fez de tudo para lançar suspeitas de corrupção sobre o governo Pazolini: “As pessoas que entram para a vida pública têm que ter vergonha na cara”.

O deputado disse já ter representado em diversos órgãos sobre “o caso de corrupção envolvendo o secretário de Obras” e cobrou de Pazolini o afastamento de Gustavo Perim. “Ele continua em atividade, provavelmente para esconder as provas”, especulou.

Segundo Assumção, o secretário deveria ser afastado “até mesmo para proteger o que ele [Pazolini] diz ser o bastião da moralidade. Só por esse princípio, o secretário de Obras já deveria ser sumariamente afastado. Por que o atual gestor não faz nada? Queremos essa resposta”, cobrou.

“Já tínhamos vencido esse passado sombrio, mas está voltando. Estamos vendo o retorno desse passado sinistro em Vitória”, acusou o deputado, falando ainda em “mancha de corrupção”. “Não podemos nos submeter aos corruptos.”

Fazendo dobradinha com o capitão, Du concordou: “São palavras fortes, mas necessárias”. O candidato do PL ainda chamou Pazolini de inepto.

O direito de resposta de Pazolini: “conteúdo vil e covarde”

Exercitando o direito de resposta deferido pela direção do debate em virtude das acusações de Assumção, Pazolini pediu desculpas aos espectadores “pela maneira desrespeitosa, jocosa, pela forma como o candidato tratou você, ouvinte, porque, quando ele desrespeita o candidato, ele desrespeita a democracia, mas, principalmente, você que acompanha”.

Pazolini ressaltou que Vitória foi considerada “a capital mais transparente do Brasil” pela Transparência Internacional. “Tivemos todas as contas aprovadas pelos órgãos de controle. Não há nenhuma mácula.”

“Para botar uma pá de cal nesse assunto”, completou o prefeito, “o Poder Judiciário apreciou toda essa fake news colocada e imediatamente se manifestou, determinando a retirada desse conteúdo mentiroso das redes sociais, porque é um conteúdo produzido de maneira vil, covarde, para atacar a honra de pessoas”.

Camila Valadão: “pirraça” e “óculos cor-de-rosa”

A candidata do PSol concentrou suas críticas na “falta de diálogo”, no “autoritarismo”, na “perseguição” e na falta de participação popular que, segundo ela, caracterizam a administração de Pazolini. De acordo com Camila, Vitória tem ficado isolada porque tem um prefeito dado a fazer “pirraça” – palavra que também infantiliza o prefeito, como fizeram Coser e Assumção.

“Não temos garantia de participação popular, e perseguição é a marca dessa gestão”, disse a deputada. “A atual gestão é caracterizada pelo autoritarismo. Tem uma postura que isola a nossa cidade. Não dialoga com a população, com o Governo do Estado e com o Governo Federal.” Ao discorrer sobre educação, a candidata afirmou que o atual governo “vem quebrando a gestão democrática nas escolas” e instituindo um “clima de medo e censura” na rede municipal de ensino.

Colocando em dúvida o “bom-mocismo” com que, segundo ela, Pazolini se apresentou para o debate, a deputada afirmou que, com a reforma previdenciária municipal – mandada por ele para a Câmara como primeira medida de governo e aprovada no 4º dia do mandato –, Pazolini praticou “covardia, típica de gestões covardes”.

Camila também lançou dúvidas sobre o compromisso de Pazolini em combater a poluição atmosférica em Vitória, já que sua candidata a vice é Cris Samorini (PP), ex-presidente da Findes. A entidade moveu a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que levou a Justiça a suspender a aplicação da lei municipal da qualidade do ar, aprovada na Câmara a partir de um projeto do vereador André Moreira (PSol), que substituiu Camila na Casa. “Ele terá compromisso com a sua qualidade de vida ou com os interesses das grandes empresas?”

Chamando o prefeito de “ineficiente” e “incapaz”, a candidata do PSol afirmou que ele precisou de quatro anos para inaugurar um Centro de Referência da Juventude, que transformou a Guarda Municipal em um “marketing político”, “desarticulou a Patrulha Maria da Penha” e fez “maquiagem” na cidade, gastando “R$ 215 milhões em asfalto na véspera da eleição”. “Uma coisa é o marketing da gestão. Outra coisa é o que chega para a população.”

Camila fez questão de lembrar o episódio em que Pazolini retirou um microfone da mão da sua vice-prefeita, a Capitã Estéfane (Podemos), para impedi-la de discursar em um evento da prefeitura (em novembro de 2022, no bairro Jardim Camburi): “Uma das cenas mais lamentáveis que a política capixaba já viu”.

Em seu único embate direto com Pazolini, ela ironizou a afirmação do prefeito de que exerce uma “gestão compartilhada”, em permanente diálogo com as comunidades. “O prefeito colocou um óculos cor-de-rosa para analisar a cidade… Falar de diálogo em uma gestão que não dialoga com nenhuma das esferas, não busca atrair investimentos para investir em políticas públicas, não tem competência para buscar se articular com essas instituições.”

Pazolini: “amor pelo povo”

O atual prefeito buscou sempre se defender apresentando números e resultados de seu governo, “chancelados” por avaliações positivas e indicadores de desempenho conferidos por organizações independentes.

Contrariando o argumento de Luiz Paulo, Pazolini sustentou que as desigualdades territoriais têm sido reduzidas na rede municipal de educação. Ele citou que o Ideb de Vitória saiu de 5,6 para 6,1, o maior entre as capitais do Sudeste, e que, de acordo com a pesquisa da Smart City, a capital do Espírito Santo possui a melhor educação pública entre todas as capitais do país.

Citou, ainda, investimento de mais de R$ 200 milhões na infraestrutura da rede municipal de ensino, aumento salarial acima da inflação para os professores e expansão de quatro para 30 escolas de ensino em tempo integral.

Contrapondo-se às críticas de Camila e Coser quanto à “falta de diálogo e de participação popular”, Pazolini afirmou que pratica uma “gestão compartilhada”: “O fato de recebermos líderes comunitários todas as semanas e ouvirmos comunidades que nunca foram ouvidas tem produzido grandes resultados”.

Rebatendo as alegações de paralisação econômica, o candidato do Republicanos afirmou que Vitória é a cidade que mais emprega no Espírito Santo e a terceira cidade mais competitiva do país (não citou a fonte neste caso).

No embate direto com Luiz Paulo, ante a afirmação do adversário de que dar liquidificadores é um exemplo de populismo, Pazolini tascou no adversário, indiretamente, o rótulo de elitista, burocrata e socialmente insensível:

“Pode ser irrelevante para quem não tem sensibilidade. Mas você que está me ouvindo nas áreas elevadas, você, mãe solo, sabe a diferença que faz uma geladeira e um fogão na sua casa. Acompanhei essas entregas e me emocionei. Mas, para isso, precisa ter coração, precisa ter amor pelo povo, precisa ter de fato um sentimento de mudança da realidade social. Quem só analisa números não tem a capacidade de fazer isso. Para quem tem muito, isso é pouco”.


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