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Coluna Vitor Vogas

Serginho Vidigal quebra o gelo e fala sobre possível candidatura a deputado

Na entrevista abaixo, pela primeira vez, o caçula de Sérgio Vidigal fala detidamente sobre a possibilidade de cumprir a expectativa do PDT e estrear na atividade política

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Serginho Vidigal

Serginho Vidigal

Desde que Weverson Meireles (PDT) assumiu a Prefeitura da Serra, no dia 1º de janeiro, o médico Serginho Vidigal (PDT), filho mais novo do ex-prefeito Sérgio Vidigal, tem se feito onipresente ao lado dele. Seja nas redes sociais, seja em eventos públicos da prefeitura e do Governo do Estado, os dois frequentemente estão juntos. Detalhe: até a campanha de Weverson no ano passado, Serginho era reservadíssimo e raramente aparecia em atos políticos.

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A mudança radical e a proximidade crescente entre os dois têm alimentado especulações sobre um possível ingresso do caçula de Vidigal na política, participando das eleições gerais do ano que vem. Integrantes do PDT e outros agentes políticos da Serra estão convencidos de que, na hora certa, Serginho, médico como o pai, lançará candidatura a deputado federal pelo mesmo partido, herdando o espólio político do ex-prefeito e também de sua mãe, a ex-deputada federal e estadual Sueli Vidigal (PDT). O tema foi analisado aqui, com direito a declarações de Sérgio Vidigal.

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Na entrevista abaixo, pela primeira vez, o próprio Serginho fala detidamente sobre a possibilidade de cumprir essa expectativa e estrear na atividade política. Quebrando o silêncio (e o gelo), ele diz que, a princípio, não pensa em ser candidato… mas deixa algumas janelas abertas. Ou gaps

Passa pela sua cabeça entrar na vida pública e ser candidato no ano que vem?

A princípio, não. Esse reconhecimento vem há muito tempo, desde o início da carreira do meu pai. E muitas vezes as pessoas acabam me colocando numa possível candidatura. Isso aconteceu em 2016, quando comecei a atender como médico. As pessoas me colocam como alguém muito parecido com meu pai, no temperamento. Nós dois somos calmos, na forma de cuidado e de atendimento aos pacientes. Até no exercício da profissão, somos muito parecidos. Então, geralmente, quando é época pré-eleitoral, as pessoas me colocam como possível candidato, até porque nós, seres humanos, gostamos de ver um ciclo se encerrar e se iniciar um outro ciclo. É por isso que novelas e séries vão tão à frente e fazem tanto sucesso. Compartilho valores e princípios do meu pai, também tenho a família muito bem estruturada, então essa associação se faz muito presente.

E como você explica sua proximidade cada vez maior com Weverson, aparecendo frequentemente ao lado do prefeito?

Weverson é como se fosse um irmão mais novo para mim. Nós nos aproximamos lá atrás, em Brasília, quando estudei medicina na Universidade Católica de Brasília e ele assessorava meu pai. Basicamente, o que acontece é que essa nossa proximidade e essa juventude que também nos aproxima faz com que também sejamos próximos nas redes sociais. E as pessoas entendem que essa proximidade também seja talvez um meio, quem sabe, para entrar na vida pública. Mas, em meio a essas questões de entrar ou não na vida pública, estou exercendo minha profissão normalmente

Então você avalia a possibilidade de entrar na vida pública algum dia, se não no ano que vem, futuramente?

Acho que qualquer discussão sobre entrar na vida pública ou se candidatar futuramente tem de ser feita no período eleitoral. Essa discussão teria de ser feita, se for o caso, no ano que vem. Compartilho a mesma visão de Péricles, arquiteto da democracia na Grécia Antiga: não podemos ser alienados de não entendermos nós mesmos como agentes políticos. Mas o fato de sermos agentes políticos não quer dizer que vamos protagonizar um mandato ou função pública. Entendo que eu posso entrar na vida pública, mas ainda não foi o momento. E também a minha família sempre esteve muito bem representada. Eu sou de fato um servo, a serviço dos meus pacientes.

E não pode passar a ser um “servo” a serviço da população?

Se em algum momento discutirmos esse assunto e isso for um entendimento maior, poderei ser. Do mesmo modo, com o coração tranquilo e sem vaidade nenhuma, poderei seguir meu caminho tranquilo, da mesma forma que tenho feito nestes 14 anos de profissão.

E você conversa sobre isso com seu pai?

A gente conversa política desde que tenho um raciocínio lógico. Mas nunca fui pressionado ou estimulado a entrar. Sou um conselheiro dele.

Como assim? Você dá conselhos ao seu pai ou é o contrário?

A gente aprende dando conselho e recebendo conselho. É uma troca. Papai é um caso enigmático. Ele já está na vida pública há 40 anos. A cada ciclo, você precisa se renovar. E nada melhor para se renovar do que se aconselhando com alguém com a cabeça mais jovem. Mas que fique claro que não sou o único conselheiro dele nem tenho essa pretensão de ser.

E com sua esposa? Você já conversou sobre possível entrada na vida pública?

Olha, nesse ambiente, sofri bastante. Quem é familiar de agente político que está no exercício do mandato acaba se privando de muita coisa de relacionamento familiar. Como nunca tive essa intenção efetiva de entrar na política, esse assunto a gente não discute lá em casa, até pela preservação da minha esposa e dos meus filhos. Até pela privação que tive de relacionamento pai e filho normal e natural, sempre quis oferecer meu máximo para a família. E hoje, graças a Deus, tenho essa oportunidade Acho que o discurso muitas vezes estimula, mas o que arrasta é o exemplo. Naturalmente, se um dia eu resolver entrar na vida pública, vou entrar não porque fui estimulado, mas porque vi o exemplo dos meus pais e entendo que também posso contribuir.

E você se vê seguindo o exemplo e a vocação dos seus pais, principalmente do seu pai? Vê a si mesmo exercendo a política para ajudar as pessoas e melhorar a vida delas?

Eu só poderia entrar na vida pública se for efetivamente para isso. Mas hoje me vejo seguindo o exemplo do meu pai exercendo a profissão. Me apaixonei pela medicina vendo meu pai exercê-la dentro de casa mesmo. Hoje me vejo podendo tirar a cegueira de algum paciente… Essa questão hoje me impacta muito fortemente e eu me vejo assim. Ainda não me vejo na política, até porque minha família sempre esteve bem representada. Nunca teve um gap…

Mas vai ter talvez no ano que vem…

(Risos) Isso tudo são possibilidades.

E no PDT? Você tem sido encorajado por alguém?

A militância acaba me vendo como meu pai mais novo. Eles entendem que posso ser um representante legítimo dele. É o que eles falam: “o DNA dele”. Mas escuto isso com muita cautela, com muita honra e respeito. Quando a pessoa diz que quer que você a represente na vida pública, é porque ela entende que você tem valores específicos em que ela se reconhece. Mas isso não será a base do meu caminho. Minha base será o exercício da minha profissão e a base familiar muito sólida que eu já tenho.