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Coluna Vitor Vogas

Presidente do PSB de Casagrande: “Precisamos ter mais Contaratos lá”

Mas a coligação do Palácio Anchieta, com Casagrande candidato a senador, não deve ter espaço para o PT, até porque seu candidato a governador deverá ser de centro-direita (Arnaldinho Borgo, ou, com mais chances, Ricardo Ferraço)

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À esquerda, Alberto Gavini e Renato Casagrande; À direita, Fabiano Contarato

À esquerda, Alberto Gavini e Renato Casagrande; à direita, Fabiano Contarato

Representante de uma ala mais à esquerda no PSB, o presidente estadual da sigla, Alberto Gavini, compôs a mesa de autoridades da solenidade de posse do novo Diretório Estadual do PT no Espírito Santo. Em seu discurso, elogiou muito a atuação de Fabiano Contarato no Senado. E, na prática, defendeu a reeleição do senador petista, dizendo que o Espírito Santo precisa de “mais Contaratos” no Senado da República.

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“É um prazer ouvir o Contarato lá em Brasília. É uma diferença tão grande para o que temos lá com os outros dois que é um negócio impressionante. Não dá nem pra falar os nomes, porque é uma diferença enorme. O Espírito Santo precisa com certeza reformular e vai ter uma oportunidade no ano que vem de fazer uma mudança substancial, porque precisamos ter mais Contaratos lá, mais pessoas que se preocupam com a sociedade, com a população, com as coisas da vida. Então é importante que a gente saúde e agradeça pelo seu trabalho. Muito obrigado!”, disse Gavini, diretamente a Contarato.

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Gavini não deu os nomes, mas, na comparação com Contarato, referiu-se, logicamente, aos outros dois atuais senadores do Espírito Santo: Magno Malta (PL) e Marcos do Val (Podemos).

Vale lembrar que Do Val foi eleito em 2018, pelo Cidadania, com apoio do PSB e na coligação liderada pelo partido e por Renato Casagrande.

No ato de posse do novo Diretório do PT-ES, apesar da boa relação, da proximidade ideológica e da atual proximidade política nos planos nacional e estadual, o presidente do PSB-ES destoou um pouco no seguinte sentido: o PT faz parte do atual governo de Renato Casagrande, mas dificilmente PT e PSB estarão na mesma coligação majoritária no Espírito Santo em 2026.

A coligação do Palácio Anchieta, com Casagrande candidato a senador, não deve ter espaço para o PT, até porque seu candidato a governador deverá ser de centro-direita (Arnaldinho Borgo, ou, com mais chances, Ricardo Ferraço).

Em 23 de abril, no 18º Congresso Estadual do PSB, no qual Gavini foi reconduzido à presidência no Espírito Santo, Ricardo compareceu, sentou-se à mesa de autoridades e foi tratado e saudado por todos os dirigentes do PSB como o candidato apoiado pela sigla a governador. O próprio Gavini falou aos correligionários que a missão é ajudar a eleger Ricardo (ou melhor, reelegê-lo, pois ele já estará no cargo).

É justamente por isso que o PT começa agora a buscar constituir e liderar uma ampla coalizão de forças de esquerda, a qual pode resultar numa coligação com o PSol e outras siglas, como alternativa àquela formada pelo Palácio Anchieta – além de outras coligações mais à direita.

Resumindo: na pessoa do seu presidente estadual, o PSB se fez representar na festa do PT. Mas o PT dificilmente caberá na coligação do PSB (a do Palácio Anchieta). E o PSB dificilmente será incluído nessa coligação de esquerda que o PSB quer formar.

É muito improvável dar match eleitoral no Espírito Santo. Por mais que Gavini acredite que “precisamos ter mais Contaratos lá”.