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Coluna Vitor Vogas

Rigoni: “Tudo como antes no União. Rueda sempre foi homem de palavra”

Em meio a crescentes comentários de que Marcelo Santos tomará o partido de Rigoni no ES, presidente estadual dá versão diametralmente oposta

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Marcelo Santos e Felipe Rigoni disputam presidência estadual do União Brasil no ES

Marcelo Santos e Felipe Rigoni disputam presidência estadual do União Brasil no ES

O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, nunca disfarçou o seu desejo de se filiar ao União Brasil para presidir o partido no Espírito Santo. Na semana passada, ele consumou a primeira parte do plano: assinou a sua ficha no União, em articulação direta com o presidente nacional da sigla, Antônio de Rueda, e à revelia do presidente estadual, Felipe Rigoni.

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A segunda parte pode estar a caminho. Lançando com a sua chegada uma grande sombra sobre Rigoni, Marcelo estaria prestes a lhe tomar o controle do União Brasil no Espírito Santo, segundo fonte ligada ao próprio. O acordo teria sido fechado por Marcelo com Rueda na última quarta-feira (10), em Brasília. Para concretizar a troca forçada de guarda, a direção nacional dissolveria o atual Diretório Estadual, eleito em 2023 e presidido por Rigoni, constituindo em seu lugar uma Comissão Provisória e colocando-a sob os cuidados do presidente da Assembleia.

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Em meio a crescentes especulações nesse sentido, Rigoni falou com a coluna e deu uma versão diametralmente oposta: “Tudo continua como antes no União. Rueda e ACM Neto me garantiram que isso não vai acontecer. Os dois sempre foram homens de palavra”.

Leia a seguir a entrevista completa do ex-deputado federal e atual secretário estadual de Meio Ambiente:

Circulam informações de que a Executiva Nacional do União, presidida por Antônio de Rueda, decidiu constituir no Espírito Santo uma Comissão Provisória Estadual, a ser presidida pelo deputado Marcelo Santos. As informações estão corretas?

Não, claro que não. Na última quarta-feira, em Brasília, estive com ACM Neto e com Rueda. Com cada um separadamente e com os dois juntos. Em todas as ocasiões, eles me reafirmaram que a presidência estadual continua comigo, que os acordos serão mantidos e que continuarei conduzindo o União no Espírito Santo. A vinda do Marcelo é para agregar ao partido. Ele é bem-vindo para somar. Rueda e Neto sempre foram homens de palavra. É importante dizer isso.

O senhor confirma que, na última quarta, houve uma reunião do Diretório Nacional do União Brasil e que, na ocasião, esse tema foi pautado e tratado pelos dirigentes?

Não. Não houve uma reunião do Diretório Nacional. E esse tema nem sequer foi discutido. Até porque, se fosse, eu teria de ser chamado para ser ouvido, para participar da discussão. Existe um rito muito bem definido pelo estatuto do União Brasil. Para se fazer uma intervenção em um Diretório Estadual, há um rito demorado. E isso precisa ser aprovado por três quintos dos membros do Diretório Nacional, o que corresponde a 21 votos de 35. Eu tenho muitos aliados lá. E, mesmo assim, pode ser passível de judicialização. Então, não é a mera vontade de uma Executiva que permite a ela intervir numa direção estadual. Não é um processo simples. Mas, de novo: Rueda e Neto me disseram que isso não vai acontecer. Faz dois meses que a imprensa especula sobre uma possível mudança no comando do União no Espírito Santo. E não houve nada disso. O único fato novo foi a filiação do Marcelo Santos ao partido.

Mas, na última quarta-feira, teria havido reunião de dirigentes nacionais, em Brasília, para tratarem do comando partidário no Espírito Santo. Isso procede? O senhor participou?

Não houve. Fiquei a quarta-feira inteira dentro do partido, na sede, em Brasília. Isso não foi pauta de reunião.

Marcelo também estava em Brasília no mesmo dia, reunindo-se com dirigentes nacionais… Vocês estiveram juntos?

Sim. Estivemos juntos em Brasília na última quarta-feira.

O que vocês se disseram?

O que eu disse para ele foi que a forma como ele entrou no partido não foi a melhor, porque ele não chegou a falar comigo. Nem ele nem o Rueda. Mas também disse ao Marcelo que ele é bem-vindo para agregar ao partido, porque ele é um expoente da política capixaba, é importante a entrada dele. Disse a ele que os acordos feitos pelo União antes da entrada dele serão cumpridos e que queremos construir isso com ele. Mas não falamos de mudança de presidência, muito pelo contrário.

Na semana passada, Marcelo Santos anunciou a filiação dele ao União Brasil, posando para fotos ao lado do Rueda e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Vocês chegaram a se falar sobre a entrada dele antes disso?

Não, porque ele não tinha manifestado para mim a vontade de vir para o partido.

O senhor chegou a ser consultado sobre a entrada dele no partido, ou foi tudo feito diretamente por ele em Brasília?

Foi tudo feito diretamente por ele com o Rueda.

Pelo que o senhor está dizendo, no resumo da ópera, tudo continua igual?

Exatamente. Tudo continua como antes. E repito porque é importante: um diretório eleito é algo muito difícil de ser retirado, mesmo se a Nacional quisesse, mas eles me disseram que não querem. Então tudo continua como está, em especial os acordos com nossos candidatos e pré-candidatos.


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