Coluna Vitor Vogas
Novo plano: secretário de Turismo será candidato a deputado estadual
Victor Coelho seria candidato a federal. Era o que o PSB planejava para ele. Mas ex-prefeito de Cachoeiro decidiu “descer” e pôs aliada em seu lugar

Victor Coelho é, desde fevereiro, secretário estadual de Turismo
O secretário estadual de Turismo, Victor Coelho, mudou seus planos eleitorais: em vez de deputado federal, decidiu candidatar-se a deputado estadual nas próximas eleições.
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Prefeito de Cachoeiro de Itapemirim por dois mandatos, de 2017 a 2024, Victor é correligionário de Renato Casagrande no PSB e, em fevereiro, a convite do governador, assumiu a Secretaria de Estado de Turismo (Setur). Inicialmente, o PSB queria que o ex-prefeito compusesse a sua chapa de candidatos a deputado federal. Foi também com essa finalidade que Victor foi escalado para a Setur, uma vitrine política, e ele próprio reconhecia isso.
Entretanto, Victor decidiu “descer” para a chapa do PSB para a Assembleia Legislativa, por um motivo simples e pragmático, exposto por ele à coluna: entende que tem muito maiores chances de ser eleito deputado estadual. A decisão foi tomada por ele, em conjunto com Casagrande, na semana passada.
Agora, no lugar de Victor, quem entrará na chapa de federais do PSB é Lorena Vasques Silveira. Aliada do ex-prefeito, ela foi secretária municipal de Administração e também de Obras e Serviços Urbanos em seu governo em Cachoeiro. Em 2024, foi candidata a prefeita da cidade, pelo PSB, com o apoio de Victor (mas ficou longe de se eleger).
Desde que o ex-prefeito assumiu o comando da Setur, Lorena faz parte de sua equipe na pasta. Em 12 de fevereiro, foi nomeada para o cargo de subsecretária estadual de Estudos, Negócios, Planejamento e Infraestrutura Turística. Na chapa de federais, Lorena ajudará o PSB a cumprir a cota de, pelo menos, 30% candidaturas femininas (quatro mulheres numa chapa de 11 candidatos), exigida pela Justiça Eleitoral. Essa é a conta no Espírito Santo, considerando as dez cadeiras do Estado na Câmara dos Deputados.
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“Ao longo do meu período na Setur, tenho medido meu tamanho eleitoral. Eu vejo que tenho mais condições de ser candidato a estadual que a federal. É importante que eu tenha mandato. Não vou dar um passo maior que a perna”, explica Victor.
Ele também conversou sobre sua decisão, há cerca de 20 dias, com o presidente do PSB no Espírito Santo, Alberto Gavini.
Trocando o “imponderável” pelo “mais certo”
Como muita gente, o ex-prefeito de Cachoeiro e ex-presidente da Amunes está a fazer contas.
“Na última eleição para deputado estadual, em 2022, o último deputado eleito pelo PSB, que foi o Dary Pagung, teve cerca de 18 mil votos. Nas minhas duas eleições para prefeito, eu tive mais de 50 mil votos. Se eu tiver mais da metade disso na disputa para deputado estadual, posso partir de mais de 25 mil votos só em Cachoeiro, sem contar o trabalho que farei em outros municípios do sul. Para federal, calculo que será necessário ter pelo menos 50 mil votos no Espírito Santo. É algo que não tenho garantido. Então, vou numa coisa que é mais certa do que o imponderável.”
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