Coluna Vitor Vogas
Eleições 2024: saiba quem são os candidatos a prefeito de Vitória
Agora é pra valer! Nesta sexta-feira (16), começa oficialmente o período de campanha eleitoral. Em Vitória, são seis os postulantes ao cargo de prefeito
Agora é pra valer! Nesta sexta-feira (16), começa oficialmente o período de campanha eleitoral. Até ontem (15), os partidos e federações puderam pedir à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos. A partir de hoje, eles estão liberados para fazer campanha e pedir o seu voto.
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Em Vitória, são seis os postulantes ao cargo de prefeito: o atual chefe do Executivo, Lorenzo Pazolini (Republicanos), os deputados estaduais Camila Valadão (PSol), Capitão Assumção (PL) e João Coser (PT), o empresário Du (Avante) e o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB).
Abaixo, apresentamos melhor os seis, por ordem alfabética, com um pequeno perfil de cada um, os respectivos candidatos a vice-prefeito, coligações partidárias (quando há) e patrimônio total declarado à Justiça Eleitoral.
Vamos a eles!
Camila Valadão (PSol)
Candidato a vice-prefeito: Macaciel Breda (Rede), subsecretário na Coordenação de Governo da Serra
Coligação: A Federação PSol/Rede vem sem coligação
Patrimônio declarado: R$ 850 mil
Perfil da candidata: Tem 39 anos. É a segunda mais jovem da lista, atrás da outra única mulher (veja abaixo). Assistente social formada pela Ufes, é militante orgânica do Partido Socialismo e Liberdade (PSol), fundado em 2005 a partir de uma dissidência do PT. Em 2014, foi candidata a governadora. Em 2016, bem votada para a Câmara de Vitória, não conseguiu se eleger porque o pequeno partido não atingiu o quociente eleitoral.
Em 2018, concorreu a deputada estadual, e a história se repetiu. Em 2020, finalmente conseguiu uma vitória eleitoral, como a segunda candidata mais votada para a Câmara de Vitória (por muito pouco, pois a chapa quase não atingiu o quociente novamente). Foi a primeira vez na história em que o PSol elegeu alguém para qualquer cargo no Espírito Santo. No biênio seguinte, exerceu o seu mandato na Câmara, marcado por oposição à gestão Lorenzo Pazolini e por muitos entreveros em plenário com o então vereador Gilvan da Federal, hoje deputado federal pelo PL.
Em outubro de 2022, Camila elegeu-se deputada estadual, com a 4ª maior votação para o cargo. É a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia e segue fazendo oposição a Pazolini. Mantém postura autônoma em relação ao governo Casagrande, mas costuma votar com o Palácio Anchieta em plenário e tem boa relação com o governo. O PSol apoiou Casagrande no 2º turno em 2022.
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Capitão Assumção (PL)
Candidata a vice-prefeita: Mayra Marcarini (PL), soldado da PMES
Coligação: Vitória por Vocês (PL, Agir e Mobiliza)
Patrimônio declarado: R$ 9,1 mil
Perfil do candidato: Tem 61 anos. É o candidato da extrema-direita, filiado ao Partido Liberal (PL) e amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por quem é apoiado na disputa. Capitão da reserva da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), foi deputado federal pelo PSB de Casagrande entre 2009 e 2011.
Em fevereiro de 2017, foi um dos líderes da greve dos policiais. No fim da greve foi preso, passou alguns meses na prisão e chegou a ser condenado pela Justiça Estadual em 1° grau. Na esfera administrativa, foi anistiado por projeto de Casagrande, aprovado na Assembleia Legislativa no começo de 2019. No ano anterior, elegeu-se deputado estadual pelo PSL.
Em 2022, pelo PL, renovou o mandato com a segunda maior votação da história do Espírito Santo para o cargo, chegando perto do 100 mil votos. Em fevereiro deste ano, a pedido do MPES, foi preso por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Oito dias depois, foi solto pelo mesmo ministro, após revogação de sua prisão em votação no plenário da Assembleia (Ales). Desde o fim de 2022, usa tornozeleira eletrônica, entre outras medidas cautelares que precisa cumprir. Seus mandatos parlamentares são eivados de polêmicas.
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Du (Avante)
Candidato a vice-prefeito: Wagner Borges (PRTB), coronel do Corpo de Bombeiros Militar do ES
Coligação: Vitória Conectada e Segura (Avante, PRTB e Solidariedade)
Patrimônio declarado: R$ 20,7 milhões
Perfil do candidato: Eduardo Spadetto Ramlow tem 57 anos. Muito mais conhecido pelo apelido Du da Kawasaki, é neófito na política e nunca disputou mandatos. Natural do município de São Gabriel da Palha, já morou em Teófilo Otoni (MG) e Salvador (BA). Há dez anos mora em Vitória, onde está seu domicílio eleitoral.
É empresário com atuação em várias áreas. Desde 2014, sua principal atividade é loteamento. Antes disso, destacou-se como dono de concessionárias de motocicletas. Há 14 anos, possui o contrato de concessão da Kawasaki e é o representante exclusivo da marca japonesa no Espírito Santo (daí o apelido). Tem graduação em Gestão Pública pela faculdade Estácio de Sá.
Passou a se interessar pela atividade política em 2017 (ano do início da ascensão de Jair Bolsonaro ao poder no país). Ele próprio se define como homem de centro-direita. Elogia o governo Casagrande. Em meados do ano passado, filiou-se ao PP, primeiro partido de sua vida, e tentou viabilizar candidatura a prefeito ou a vice na chapa de Pazolini. Como isso não foi possível, migrou para o Avante.
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João Coser (PT)
Candidata a vice-prefeita: Priscila Manso (PV), empresária
Coligação: Vitória em Primeiro Lugar (Federação PT/PV/PCdoB e PDT)
Patrimônio declarado: R$ 1,9 milhão
Perfil do candidato: Tem 68 anos. É um dos cofundadores do PT no Espírito Santo, em 1980. Desde 2019, é o vice-presidente estadual da sigla. Sempre militou pelo partido e por ele exerceu seus muitos mandatos. Foi deputado estadual nos anos 1980 e 1990 (inclusive, constituinte em 1989), deputado federal e, em 2004, chegou à Prefeitura de Vitória, derrotando no 2º turno o candidato do PSDB, César Colnago. Governou a cidade por oito anos, até 2012, tendo sido reeleito no 1º turno em 2008, no auge da “Era Lula”.
Após sair da prefeitura, amargou uma sequência de derrotas nas urnas: para senador em 2014, deputado federal em 2018 e prefeito em 2020. Mas não ficou ao relento. De 2015 a 2018, foi secretário estadual de Desenvolvimento Urbano no governo Paulo Hartung (MDB), um antigo aliado, o quer lhe rendeu críticas internas e até vaias em um comício de Lula na Praça Costa Pereira, em dezembro de 2017. Três anos depois, perdeu para Lorenzo Pazolini, em 2º turno, a disputa a prefeito de Vitória.
Em 2022, finalmente retomou a trajetória política, elegendo-se deputado estadual, como o 3º mais votado para o cargo. Desde 2023, é o 1º secretário da Mesa Diretora da Assembleia. É aliado histórico de Casagrande e apoiou a sua reeleição em 2022 (sendo contrário, desde o início, à tese interna de lançamento do senador Contarato). Tem a simpatia de Casagrande, de cujo governo o PT faz parte.
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Lorenzo Pazolini (Republicanos)
Candidata a vice-prefeita: Cris Samorini (PP), empresária e ex-presidente da Findes
Coligação: Republicanos, PP, PSD, PRD, Novo e DC
Patrimônio declarado: R$ 989,7 mil
Perfil do candidato: Tem 42 anos. Delegado licenciado da Polícia Civil, destacou-se na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Antes, foi técnico concursado do Tribunal de Contas do Estado (TCES). Em 2018, em sua primeira candidatura, elegeu-se deputado estadual como o 2º candidato mais votado, pelo pequeno (e agora extinto) PRP. À época, era próximo ao senador Magno Malta, de quem depois se distanciou.
Na Assembleia, fez mandato de oposição ao governo Casagrande, chamando a atenção pelos discursos críticos e boa oratória. Em 2020, filiado ao Republicanos, elegeu-se prefeito de Vitória, derrotando João Coser (PT) no 2° turno. Também venceu o 1º turno. Agora, virá para a reeleição pelo mesmo partido. É um político conservador e de direita. Jamais se declarou bolsonarista.
Na eleição de 2022, não declarou apoio a ninguém para governador nem para presidente. Avalizada por Aridelmo Teixeira (Novo), sua política econômica, de viés liberal, tem a marca da austeridade fiscal. Seu principal partido aliado nessa disputa é o Progressistas (PP), que indicou sua companheira de chapa. Não pertence à aliança política do governador Renato Casagrande.
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Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB)
Candidato a vice-prefeito: Victor Ricciardi (União Brasil), advogado
Coligação: Vitória pro Futuro (Federação PSDB/Cidadania, União Brasil, PSB, MDB e PMB)
Patrimônio declarado: R$ 1,6 milhão
Perfil do candidato: Tem 67 anos. Formou-se em Engenharia de Produção pela UFRJ. Foi filiado ao MDB (posteriormente, PMDB), partido de oposição à ditadura, até o início dos anos 1990, quando ingressou no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), como membro do grupo político liderado pelo então prefeito de Vitória, Paulo Hartung. Em 1996, elegeu-se prefeito de Vitória, sucedendo Hartung no cargo. Governou a cidade por dois mandatos seguidos, até 2004, sendo reeleito com autoridade no ano 2000. Em 2004, não fez seu sucessor, César Colnago.
Dois anos depois, elegeu-se deputado federal, para seu único mandato na Câmara. Em 2010, candidatou-se a governador, perdendo em 1º turno para Casagrande. Dois anos depois, com o apoio de Hartung, perdeu a disputa pela Prefeitura de Vitória, por pequena margem, para o então deputado estadual Luciano Rezende (Cidadania), apoiado por Casagrande. Não voltou a exercer mandatos desde então. Em 2016, sem o apoio de Hartung, desistiu da candidatura em Vitória para apoiar a reeleição de Luciano. Em 2018, no Cidadania, foi timidamente votado para deputado federal. Em 2020, ensaiou candidatura a prefeito, mas não conseguiu legenda no PSDB, que lançou a então vereadora Neuzinha Oliveira.
Servidor de carreira do BNDES, foi presidente do Bandes e dirigente do Instituto Jones dos Santos Neves. Apoiou a reeleição de Casagrande em 2022 e, no atual governo, foi subsecretário estadual de Integração e Desenvolvimento Regional de janeiro de 2023 a abril deste ano. É o atual presidente do PSDB em Vitória. Assim como João Coser, tem o apoio de Casagrande.
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