Conheça os cinco pré-candidatos a prefeito da Serra

Fachada da Prefeitura da Serra. Foto: Divulgação

No último dia 6, encerrou-se o prazo para filiações de todos que tenham interesse em disputar as eleições municipais marcadas para outubro deste ano. O marco final da primeira fase da chamada pré-campanha deu uma boa “clareada” no cenário, pois agora fica mais perceptível quem é quem neste processo eleitoral. A esta altura, no município da Serra, podemos divisar cinco pré-candidatos ao cargo de prefeito, atualmente ocupado por Sérgio Vidigal (PDT), que já afirmou e reafirmou publicamente: mesmo podendo, não vai concorrer à reeleição.

Abaixo, listamos os cinco postulantes ao cargo tão cobiçado, apresentando em dois parágrafos um perfil de cada um.

Weverson Meireles (PDT)

Tem 33 anos. Nunca disputou um mandato eletivo. É o candidato à sucessão apoiado por Sérgio Vidigal. Ao longo da última década, consolidou-se como homem de confiança do atual prefeito no partido, na política e na Prefeitura da Serra. Formado em Administração pela Ufes, sempre militou pelo PDT. Em 2013, foi chefe de gabinete de Vidigal quando este exerceu o cargo de Secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, no primeiro governo Dilma (PT) – num raro hiato em que Vidigal ficou sem mandato desde 1988. Depois, foi assessor parlamentar de Vidigal na Câmara dos Deputados de 2015 até 2018. De 2019 a 2020, foi subsecretário estadual de Esportes, no segundo governo de Renato Casagrande (PSB).

Em 2021, com a volta de Vidigal para a Prefeitura da Serra, Weverson assumiu o cargo de chefe de gabinete do prefeito. Em janeiro de 2023, com a reeleição de Casagrande no Governo do Estado e por indicação direta de Vidigal, tornou-se o secretário estadual de Turismo. Ficou à frente da pasta até novembro do ano passado. Convocado por Vidigal, voltou ao cargo de chefe de gabinete do prefeito. Em março deste ano, foi lançado pelo PDT à Prefeitura da Serra. Foi presidente do partido no Espírito Santo de 2021 até março deste ano, quando foi substituído na função pelo filho mais velho do prefeito, Eduardo Vidigal, para poder se concentrar na própria pré-campanha. Apoia o governo Casagrande e tem o apoio do PSB.

Audifax Barcelos (PP)

Tem 59 anos. Economista e administrador pela Ufes e servidor de carreira da Prefeitura de Vitória, começou a militância política no PT, assessorando a bancada do partido na Assembleia nos anos 1990. Depois disso, tornou-se secretário municipal na segunda administração de Sérgio Vidigal na Serra (2001-2004). Filiado ao PDT, foi escolhido por Vidigal como seu candidato à sucessão em 2004. Venceu a eleição com facilidade, governou por um mandato, mas, em 2008, teve legenda negada pelo PDT para disputar a reeleição, pois Vidigal quis retornar. Em 2010, foi o candidato a deputado federal mais votado no Espírito Santo, pelo PSB. Dois anos depois, voltou à Prefeitura da Serra, pelo mesmo partido, derrotando o então prefeito, Vidigal.

Em 2016, após ter ficado entre a vida e a morte na UTI por conta de uma pneumonia no meio da campanha à reeleição, conseguiu virar uma disputa quase perdida e derrotou Vidigal novamente, em 2º turno, já filiado à Rede. Quatro anos depois, não conseguiu fazer seu sucessor, o então vereador Fábio Duarte (Rede), derrotado por Vidigal no 2º turno. Em 2022, ainda na Rede, foi candidato ao Governo do Estado, em oposição a Casagrande, mas ficou no 1º turno. No 2º, saiu da Rede e apoiou Manato (PL). No fim de 2023, filiou-se ao PP, que endossa a sua nova candidatura à Prefeitura da Serra.

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Pablo Muribeca (Republicanos)

Tem 32 anos. Oriundo do bairro Muribeca, na zona rural do norte da Serra – donde deriva sua alcunha política –, elegeu-se para seu primeiro mandato na eleição municipal passada, em 2020: pelo Patriota, na coligação do então prefeito Audifax Barcelos, alcançou um assento na Câmara Municipal da Serra. Nos dois anos que passou na Casa, fez mandato de oposição ao prefeito Sérgio Vidigal. Em 2022, pelo mesmo partido, elegeu-se para a Assembleia Legislativa, sendo empossado em fevereiro de 2023.

Desde então, segue exercendo mandato de oposição ao prefeito, mas numa caixa de ressonância maior. É vice-presidente da Comissão de Saúde, área em que concentra suas críticas à atual administração municipal. Também costuma exercitar sua oposição por meio das redes sociais, das quais faz uso intenso. Em outubro de 2023, filiou-se ao partido Republicanos, dirigido no Estado pelo ex-presidente da Assembleia Erick Musso. A sigla garante legenda para ele se candidatar à prefeitura. É membro da base do governo Casagrande na Assembleia.

Igor Elson (PL)

Tem 44 anos. Começou a trabalhar na política no início dos anos 2000, como assessor e segurança de Magno Malta. Na década de 2010, passou a assessorar Audifax, de quem também foi segurança. Estava ao lado do então prefeito quando ele quase morreu no hospital, em plena campanha à reeleição, em 2016. No último governo de Audifax, de 2017 a 2020, filiado à Rede, foi secretário adjunto de Segurança, secretário de Serviços e Manutenção e também comandou a Secretaria de Agricultura. Na última eleição municipal, em 2020, elegeu-se para seu primeiro mandato: pelo Podemos, partido pertencente à coligação construída por Audifax e encabeçada por Fábio Duarte, chegou à Câmara Municipal da Serra, tornando-se opositor da gestão de Vidigal.

No meio do mandato, voltando às origens, filiou-se ao Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, presidida no Espírito Santo pelo senador Magno Malta. Em 2022, candidatou-se pela legenda a deputado estadual, ficando na suplência. Há cerca de um ano, assumiu a presidência do partido na Serra. Declara-se o candidato da direita bolsonarista nessa disputa a prefeito. Juntos, o PL e o Novo entraram com petição no TRE-ES para que a campanha eleitoral na Serra desta vez tenha horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. O tribunal ainda vai julgar o pedido, sob a relatoria do vice-presidente, desembargador Dair Bregunce.

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Roberto Carlos (PT)

Roberto Carlos Teles Braga (PT) tem 59 anos. Professor de Geografia, deu aula para turmas de ensino médio e pré-vestibular em escolas particulares e foi um dos criadores do cursinho pré-vestibular popular Projeto Universidade para Todos. Foi vereador da Serra por dois mandatos, eleito em 2004 e reeleito em 2008. Dois anos depois, elegeu-se para a Assembleia Legislativa. Em seu único mandato na Casa, foi membro da Mesa Diretora (1º secretário no primeiro biênio e 2º secretário no segundo). Em 2014, candidatou-se a governador do Estado pelo PT, tendo obtido 6% dos votos válidos. Foi subdiretor da Assembleia de fevereiro a setembro de 2015, quando assumiu a Diretoria Administrativa Financeira da Codesa, no último governo Paulo Hartung.

Em 2018, pela Rede Sustentabilidade, candidatou-se a deputado estadual, com o nome de urna Professor Roberto Carlos, ficando como suplente. De fevereiro a agosto de 2019, foi secretário de Geração de Trabalho, Emprego e Renda da Serra, a convite do então prefeito Audifax Barcelos (que estava na Rede). Desde então, é o coordenador do gabinete parlamentar de Fabiano Contarato, eleito senador pela Rede em 2018. Em 2021, voltou para o PT. No ano seguinte, foi candidato a deputado estadual com o mesmo nome de urna, mas ficou de novo como suplente. Será lançado pré-candidato a prefeito no dia 11 de maio.

Errata

Inicialmente, publicamos que Igor Elson, pré-candidato do PL, teria o apoio do Novo, mas a informação foi desmentida pelo presidente estadual do partido, Iuri Aguiar. O texto foi corrigido.

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