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Coluna Vitor Vogas

Confira a lista de pré-candidatos a prefeito de Vitória

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Bradesco adquire folha de pagamento dos servidores de Vitória. Foto: Foto: André Sobral

Fachada da Prefeitura de Vitória. Foto: André Sobral

Você sabe quem são os pré-candidatos a prefeito de Vitória na eleição municipal deste ano, marcada para 6 de outubro? A esta altura, temos nove nomes na pista. Apresentamos abaixo um por um, com três parágrafos descrevendo o perfil e a história de cada um deles.

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Lorenzo Pazolini (Republicanos)

Tem 41 anos. Delegado licenciado da Polícia Civil, destacou-se na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Antes, foi técnico concursado do Tribunal de Contas do Estado (TCES). Em 2018, em sua primeira candidatura, elegeu-se deputado estadual como o 2º candidato mais votado, pelo pequeno (e agora extinto) PRP. À época, era próximo ao senador Magno Malta e Damares Alves, de quem depois se distanciou.

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Na Assembleia, fez mandato de oposição ao governo Casagrande. Em 2020, filiado ao Republicanos, elegeu-se prefeito de Vitória, derrotando João Coser (PT) no 2° turno. Também venceu o 1º turno. Agora, virá para a reeleição, pelo mesmo partido – embora ainda não tenha assumido publicamente a candidatura. É um político conservador e de direita. Jamais se declarou bolsonarista.

Na eleição de 2022, não declarou apoio a ninguém, nem para governador nem para presidente. Avalizada por Aridelmo Teixeira (Novo), sua política econômica, de viés liberal, tem a marca da austeridade fiscal. Tem o apoio do Novo e do PP (este último deve indicar seu candidato ou candidata a vice). Não pertence à aliança política de Casagrande.

Capitão Assumção (PL)

Tem 61 anos, completados na última sexta. É o candidato da extrema-direita, filiado ao Partido Liberal (PL) e amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido. Capitão da reserva da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), foi deputado federal pelo PSB de Casagrande entre 2009 e 2011.

Em fevereiro de 2017, foi um dos líderes da greve dos policiais. No fim da greve foi preso, passou alguns meses na prisão e chegou a ser condenado pela Justiça Estadual em 1° grau. Na esfera administrativa, foi anistiado por projeto de Casagrande, aprovado na Assembleia Legislativa no começo de 2019. No ano anterior, elegeu-se deputado estadual pelo PSL.

Em 2022, pelo PL, renovou o mandato com a segunda maior votação da história do Espírito Santo para o cargo, chegando perto do 100 mil votos. Em fevereiro deste ano, a pedido do MPES, foi preso por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Oito dias depois, foi solto pelo mesmo ministro, após revogação de sua prisão em votação no plenário da Assembleia (Ales). Desde o fim de 2022, usa tornozeleira eletrônica, entre outras medidas cautelares que precisa cumprir. Seus mandatos parlamentares são eivados de polêmicas.

João Coser (PT)

Tem 68 anos. É um dos cofundadores do PT no Espírito Santo, em 1980. Desde 2019, é o vice-presidente estadual da sigla. Sempre militou pelo partido e por ele exerceu seus muito mandatos. Foi deputado estadual nos anos 1980 e 1990 (inclusive, constituinte em 1989), deputado federal e, em 2004, chegou à Prefeitura de Vitória, derrotando no 2º turno o candidato do PSDB, César Colnago. Governou a cidade por oito anos, até 2012, tendo sido reeleito no 1º turno em 2008, no auge da “Era Lula”.

Após sair da prefeitura, amargou uma sequência de derrotas nas urnas: para senador em 2014, deputado federal em 2018 e prefeito em 2020. Mas não ficou ao relento. De 2015 a 2018, foi secretário estadual de Desenvolvimento Urbano no governo Paulo Hartung (MDB), um antigo aliado, o quer lhe rendeu críticas internas e até vaias em um comício de Lula na Praça Costa Pereira, em dezembro de 2017. Três anos depois, perdeu para Lorenzo Pazolini, em 2º turno, a disputa a prefeito de Vitória.

Em 2022, finalmente retomou a trajetória política, elegendo-se deputado estadual, como o 3º mais votado para o cargo. Desde 2023, é o 1º secretário da Mesa Diretora da Assembleia. É aliado histórico de Casagrande e apoiou a sua reeleição em 2022 (sendo contrário, desde o início, à tese interna de lançamento do senador Contarato). Tem a simpatia de Casagrande, de cujo governo o PT faz parte.

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Camila Valadão (PSol)

Tem 39 anos. É a segunda mais jovem da lista, atrás da outra única mulher (veja abaixo). Assistente social formada pela Ufes, é militante orgânica do Partido Socialismo e Liberdade (PSol), fundado em 2005 a partir de uma dissidência do PT. Em 2014, foi candidata a governadora. Em 2016, bem votada para a Câmara de Vitória, não conseguiu se eleger porque o pequeno partido não atingiu o quociente eleitoral.

Em 2018, concorreu a deputada estadual, e a história se repetiu. Em 2020, finalmente conseguiu uma vitória eleitoral, como a segunda candidata mais votada para a Câmara de Vitória (por muito pouco, pois a chapa quase não atingiu o quociente novamente). Foi a primeira vez na história em que o PSol elegeu alguém para qualquer cargo no Espírito Santo. No biênio seguinte, exerceu o seu mandato na Câmara, marcado por oposição à gestão Lorenzo Pazolini e por muitos entreveros em plenário com o então vereador Gilvan da Federal – entre outros processos, o hoje deputado federal foi denunciado pelo MPES e virou réu por violência política de gênero e injúria racial contra ela.

Em outubro de 2022, Camila elegeu-se deputada estadual, com a 4ª maior votação para o cargo. É a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia e segue fazendo oposição a Pazolini. Mantém postura autônoma em relação ao governo Casagrande, mas costuma votar com o Palácio Anchieta em plenário e tem boa relação com o governo. O PSol apoiou Casagrande em 2022. Sua pré-candidatura foi aprovada internamente em 2023, mas não se pode excluir apoio dela e do PSol a João Coser já no 1º turno, numa costura federal entre seu partido e o PT, a qual pode passar, por exemplo, pelo apoio dos petistas a Guilherme Boulos na cidade de São Paulo.

Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB)

Tem 67 anos. Nascido em Vitória, formou-se em Engenharia de Produção pela UFRJ. Foi filiado ao MDB (posteriormente, PMDB), partido de oposição à ditadura, até o início dos anos 1990, quando ingressou no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), como membro do grupo político liderado pelo então prefeito de Vitória, Paulo Hartung. Em 1996, elegeu-se prefeito de Vitória, sucedendo Hartung no cargo. Governou a cidade por dois mandatos seguidos, até 2004, sendo reeleito com autoridade no ano 2000. Em 2004, não fez seu sucessor, César Colnago.

Dois anos depois, elegeu-se deputado federal, para seu único mandato na Câmara. Em 2010, candidatou-se a governador, perdendo em 1º turno para Casagrande. Dois anos depois, com o apoio de Hartung, perdeu a disputa pela Prefeitura de Vitória, por pequena margem, para o então deputado estadual Luciano Rezende (Cidadania), apoiado por Casagrande. Não voltou a exercer mandatos desde então. Em 2016, sem o apoio de Hartung, desistiu da candidatura em Vitória para apoiar a reeleição de Luciano. Em 2018, no Cidadania, foi timidamente votado para deputado federal. Em 2020, ensaiou candidatura a prefeito, mas não conseguiu legenda no PSDB, que lançou a então vereadora Neuzinha Oliveira.

Servidor de carreira do BNDES, foi presidente do Bandes e dirigente do Instituto Jones dos Santos Neves. Apoiou a reeleição de Casagrande em 2022 e, no atual governo, foi subsecretário estadual de Integração e Desenvolvimento Regional de janeiro de 2023 a abril deste ano. É o atual presidente do PSDB em Vitória e tem a candidatura endossada pelas direções estadual e nacional.

Tyago Hoffmann (PSB)

Tem 44 anos. É economista, foi professor universitário e pesquisador de um instituto. No segundo governo Casagrande (2011-2014), iniciou o seu trajeto na vida pública: foi secretário de Governo e chefe da Casa Civil. Com a derrota eleitoral de Casagrande em 2014, tornou-se secretário de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana de Vitória, na administração Luciano Rezende, Em 2019, com a volta de Casagrande ao Palácio Anchieta, virou secretário estadual de Governo.

Nos primeiros meses de 2021, foi substituído por Gilson Daniel e assumiu a chefia da hipertrofiada Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Desenvolvimento Econômico, resultante da fusão de duas pastas e concebida por ele mesmo. No ano seguinte, filiado ao PSB de Casagrande, em sua primeira candidatura, elegeu-se deputado estadual como o 7º mais votado para o cargo. Desde fevereiro de 2023, é o vice-líder do governo Casagrande na Ales, além de presidente da Comissão de Finanças.

Desde agosto de 2023, declara-se pré-candidato a prefeito de Vitória. O PSB, porém, assim como outros partidos da coalizão de Casagrande, tem o compromisso de formar uma frente eleitoral de centro democrático, unido em torno de um só candidato. Dessa frente também fazem parte o ex-prefeito Luiz Paulo (favorito para ser esse candidato) e o PSD, partido do próximo integrante da nossa lista.

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Fabrício Gandini (PSD)

Tem 44 anos. Com reduto em Jardim Camburi, começou a vida política como líder do movimento estudantil no antigo Cefet-ES (atual Ifes) e como assessor parlamentar de César Colnago na Ales e Luciano Rezende na Câmara de Vitória. Em 2008, “sucedendo” Luciano no cargo, elegeu-se para o primeiro de três mandatos seguidos no Legislativo Municipal, presidido por ele de 2013 a 2014, com votações crescentes nos três pleitos.

Em 2017, com a reeleição de Luciano, assumiu o comando da inflada Secretaria Municipal de Gestão, Planejamento e Comunicação, virando, na prática, o 02 na hierarquia da prefeitura. Era parte da sua preparação para suceder Luciano no cargo. Em 2018, elegeu-se para o primeiro mandato de deputado estadual e, apoiando o governo Casagrande, tornou-se o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (a mais importante da Casa). Em 2020, foi candidato pela primeira vez à Prefeitura de Vitória, mas ficou em 3º lugar, vendo Pazolini e Coser avançarem ao 2º turno. Dois anos depois, ainda no Cidadania, conseguiu reeleger-se deputado estadual pela chapa da federação com o PSDB, mas viu sua votação diminuir em relação a 2018.

Em 2023, após presidir o Cidadania por muitos anos no Estado, saiu do partido e filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD), mantendo-se vivo, assim, como potencial candidato a prefeito. Há, porém, aquele acordo com o PSB de Tyago Hoffmann e com o PSDB de Luiz Paulo, para que só um deles seja candidato. Integra a base do governo Casagrande e, após estremecimento na relação ao longo de 2023, voltou às boas com o governador. Preside a Comissão do Meio Ambiente da Ales. É opositor de Pazolini.

Sergio Majeski (PDT)

Tem 57 anos. Natural de Santa Maria de Jetibá, é professor de Geografia e deu aula a vida inteira em colégios públicos e privados até que, em 2014, na primeira eleição disputada, elegeu-se deputado estadual pelo PSDB. Apesar de seu partido integrar o governo Paulo Hartung, inclusive com o vice-governador César Colnago, exerceu um mandato muito crítico ao governo estadual, principalmente na área da educação.


Em 2018, filiado ao PSB de Casagrande e no auge da popularidade, ensaiou candidatura ao Senado, mas não conseguiu a legenda do partido, que preferiu apoiar Ricardo Ferraço (PSDB) e Marcos do Val (Cidadania). Candidatou-se, então, à reeleição, renovando o mandato na Assembleia com a maior votação para o cargo naquele pleito. Passou a exercer mandato independente em relação ao governo de seu partido, o PSB de Casagrande. Em 2020, cogitou ser candidato a prefeito de Vitória, mas a história se repetiu: não conseguiu legenda no PSB, que preferiu lançar o então vice-prefeito, Sérgio Sá.

Em 2022, de volta ao PSDB, concorreu a uma vaga de deputado federal, mas não conseguiu se eleger, ficando sem mandato. Em fevereiro de 2023, após ter aceitado proposta para colaborar no Instituto Jones dos Santos Neves, mudou de ideia e se tornou diretor da Escola do Legislativo na Ales, a convite do presidente da Casa, Marcelo Santos (Podemos). No começo deste ano, decidiu trocar o PSDB pelo PDT, sigla pela qual é pré-candidato a prefeito. O partido faz parte da coalizão de Casagrande, que tem outros pré-candidatos, como Coser, Luiz Paulo e Hoffmann.

Capitã Estéfane (Podemos)

Aos 33 anos, é a mais nova pré-candidata da lista e a entrar neste jogo. Nascida em Minas Gerais, cresceu na região da Grande São Pedro, em Vitória. Trabalhou como manicure e atendente de telemarketing até que, aos 18 anos, tornou-se soldado da PMES. Dois anos depois, passou no curso de formação de oficiais da corporação, tornando-se capitã da tropa. Em 2020, com 29 anos, disputou sua primeira eleição, como candidata a vice-prefeita de Pazolini, pelo Republicanos.


Veio a vitória eleitoral. Porém, após o início do mandato, ela e o prefeito foram gradativamente se afastando. Ela saiu do Republicanos, entrou no partido Patriota e tentou, sem sucesso, chegar a uma vaga na Câmara Federal em 2022. Após ter apoiado Guerino Zanon (PSD) para governador no 1º turno, declarou apoio a Casagrande no 2º turno, senha para o auge da crise entre ela e Pazolini. Em novembro de 2022, acusou o prefeito de praticar violência política de gênero contra ela e a impedir de exercer o mandato de vice-prefeita – acusação negada por Pazolini.

Após ter passado 2023 meio longe dos holofotes, Estéfane filiou-se, no último dia 5, ao Podemos. Integrante do grupo político liderado no Estado por Casagrande, o partido tem o deputado federal Gilson Daniel como presidente estadual. Ela, assim, entra no jogo como mais uma pré-candidata pelo embolado grupo do governador em Vitória.


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