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Eleições 2024

Maurício Gorza diz que cargos comissionados não serão ocupados por indicações

Candidato foi entrevistado no EStúdio 360 e apresentou as principais propostas que fazem parte do plano de governo municipal

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Maurício Gorza foi o quinto entrevistado. Foto: Rafael Nery

Maurício Gorza foi o quinto entrevistado. Foto: Rafael Nery

O candidato à Prefeitura de Vila Velha Maurício Gorza (PSDB) foi o entrevistado desta segunda-feira (126, na série de entrevistas do Programa EStúdio 360, da TV Capixaba/Band. Na conversa, conduzida por Antônio Carlos Leite, Andressa Missio e Vitor Vogas, Gorza destacou em seu plano de governo a proposta de que os cargos comissionados não serão ocupados por pessoas indicadas nem por vereadores nem por líderes comunitários.

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Confira a entrevista completa

Vitor Vogas: Boa tarde, candidato, muito obrigado pela sua presença. Minha primeira pergunta tem a ver com estratégia política e com o próprio lançamento da sua candidatura. O senhor é aliado histórico do ex-prefeito Max Filho, seu principal apoiador nessa campanha. Dessa vez, o ex-prefeito decidiu não se lançar novamente à prefeitura, alegando questões de saúde relacionados ao pai dele, o ex-governador Max Mauro. Sua candidatura nasceu em circunstâncias, eu diria, um pouco atípicas. Em março, por uma articulação nacional do ex-prefeito Max Filho, a cúpula, a direção nacional do PSDB, fez uma intervenção na executiva municipal, colocando o senhor como presidente municipal do PSDB, a frente do partido. O senhor assume o partido em Vila Velha e se lança candidato a prefeito, mas as pesquisas mostram, pelo menos até agora, uma candidatura muito pouco competitiva. Minha pergunta portanto é a seguinte: a candidatura é pra valer, candidato? É mesmo para competir para ganhar ou foi lançada tão somente para tirar o PSDB da coligação da atual prefeito Arnaldinho Borgo?

Maurício Gorza: Muito boa tarde Andressa, muito boa tarde KK, Vitor, todos que nos assistem pela TV Capixaba. Vitor, veja bem, eu fui vereador no primeiro mandato de Max filho, fui vice-prefeito no segundo mandato e no terceiro mandato, eu ocupei duas subsecretarias: de Meio Ambiente e a subsecretaria de Educação. Nós temos uma história em Vila Velha, nós construímos um legado na cidade de Vila Velha. Esse projeto vem de longa data, um projeto que se estabeleceu no município e que resgatou muita desigualdade no município de Vila Velha. Então nós não podíamos, nós não participamos da atual administração e nós temos um projeto estabelecido para nossa cidade que não é esse projeto que está estabelecido na atual administração. Nosso projeto é um projeto que está focado nos interesses do povo do município de Vila Velha. Nós não podemos admitir uma administração que está de costas para a sociedade canela-verde. Então houve realmente a intervenção da nacional, porque aí a executiva estadual tinha feito um acordo com o atual prefeito e nós não podíamos pactuar disso e não pactuamos. Fomos à Brasília, fizemos o contato com o presidente nacional do partido, que entendeu a realidade, que entendeu a situação no município de Vila Velha e fez a intervenção. Essa é a responsabilidade da nacional quando observa que as coisas não estão caminhando de acordo com pré-estabelecido. Nós só tínhamos uma alternativa que era recorrer a executiva nacional e o Marconi Perillo, presidente nacional do partido, compreendeu o cenário de Vila Velha, né? Não era possível esse tipo de acordo estabelecido. Mas isso foi pacificado, isso hoje está tranquilizado. A nossa candidatura não é uma uma candidatura de oportunidade, é uma candidatura de construção ao longo de décadas na cidade de Vila Velha.

Antonio Carlos Leite: Candidato, o senhor está propondo tarifa zero no transporte público de Vila Velha. Eu queria saber como isso é possível, se isso é viável e quanto custaria? O senhor tem essa conta? Qual seria o impacto no orçamento de uma tarifa zero na cidade?

Maurício Gorza: Veja bem, KK. Vila Velha, hoje, nada em dinheiro. O orçamento de Vila Velha gira na faixa R$ de 2 milhões/ano para…

Vitor Vogas: Perdão, R$ 2 bilhões é o orçamento atual.

Maurício Gorza: Obrigado. R$ 2 bilhões ano para você cuidar de toda a cidade. Então, no período de quatro anos, você tem aproximadamente R$ 8 bilhões na administração. Eu estive com o presidente do PSB, o Gavini, e ele disse para mim: “Maurício, o governo estadual tá investindo R$ 5 bilhões no município de Vila Velha”. Ou seja, o prefeito Max filho, ao terminar o seu mandato, no término do seu mandato, ele assinou o contrato na faixa de 300 milhões. O atual prefeito fez dois empréstimos, um no valor de R$ 200 milhões e outro no valor de R$ 250 milhões aprovados a toque de caixa, né? Em 3 ou 4 minutos na Câmara Municipal de Vila Velha. Então, Vila Velha nunca esteve tão bem de recursos, como está hoje. Sem considerar ou considerando ainda que o prefeito recebeu prefeitura saneada…

Vitor Vogas: Só um momento, candidato. Por gentileza. Então o que o senhor está dizendo é que tem dinheiro para fazer e com esse recurso, a prefeitura seria capaz de subsidiar o transporte coletivo urbano, é isso?

Maurício Gorza: É, sem dúvidas…

Antonio Carlos Leite: Mas eu queria… candidato, o senhor tem um número? Quer dizer, desse valor todo que o senhor está citando, quanto é que seria o gasto mensal ou anual com a tarifa?

Maurício Gorza: KK, não vai ser uma coisa imediata. Vai ser uma coisa gradativa, vai ser uma coisa pontual. Nós temos um diagnóstico. O que nós não podemos ter na cidade de Vila Velha é o trabalhador gastando 30, 40, 50% do seu recurso no transporte coletivo, né? 300 e poucas cidades no Brasil já tem a tarifa zero estabelecida. Então não é uma novidade, simplesmente a gente entende que isso vai ser feito de forma gradual, atingindo percentuais de bairro onde o trabalhador precisa se deslocar, onde existe mais necessidade, onde existe mais desigualdade. Esse é o foco e nós vamos ampliando ao longo do tempo.

Andressa Missio: O senhor propõe, no seu plano de governo, que metade do seu secretariado seja composto por mulheres e também todos os secretários sejam moradores e eleitores de Vila Velha. No caso da equidade de gênero, ok dá para compreender, mas em relação ao onde a pessoa mora, qual o sentido disso? Será que realmente, trazer pessoas que atravessam a Segunda Ponte ou a Terceira Ponte, não teria algo nenhum tipo de impedimento?

Maurício Gorza: Andressa, veja bem. Nada contra. Nada contra, muito pelo contrário, são todos bem-vindos, somos todos capixabas. Nada contra o companheiro de Guarapari, o amigo de Vitória o amigo de Cariacica, o amigo de Viana ou de qualquer município do estado do Espírito Santo, os 78 municípios do Estado do Espírito Santo.  Nada contra, muito pelo contrário. A gente os recebe com muito carinho, com muito abraço. Mas para a administração pública, quando eu saio na rua pra pedir voto, eu peço voto a quem? Eu peço voto ao eleitor e ao morador da nossa cidade. E na hora que eu vou governar, eu digo para para o eleitor e para o morador da minha cidade, que eu pedir voto e que votou em mim, que eu vou trazer pessoas de outros municípios? Vila Velha tem 500 mil habitantes, Vila Velha tem uma Universidade hoje que é uma das melhores do Brasil, Vila Velha tem várias faculdades, Vila Velha tem gente capacitada para fazer a gestão do município. E ninguém melhor do que aquela pessoa que mora, aquela pessoa que vive, aquela pessoa que tem a sua família para cuidar da nossa cidade. Então é esse o meu compromisso e eu quero que esse compromisso que estamos estabelecendo em Vila Velha, eu quero que o prefeito de Vitória governe os moradores de Vitória. Eu quero que o prefeito da Serra governe com os moradores da Serra. Eu quero que isso seja estabelecido no Brasil. É um projeto que nós estamos pontuando em Vila Velha que eu quero que seja modelo para os outros municípios do Estado do Espírito Santo. E quanto às mulheres eu quero responder. 53% das mulheres… 53% da população de Vila Velha são mulheres e as mulheres precisam ter esse espaço, né? Não basta 30% da canetada na representação de candidatos. O Espírito Santo hoje é o estado que tem menos representatividade de mulheres candidata a prefeito do Brasil. O Espírito Santo está campeão no ranking de menos mulheres disputando as eleições municipais no Brasil. E é por quê? Porque falta uma oportunidade. Não basta dar 30% de cota, é fundamental que se dê a oportunidade. Então você é mulher, canela-verde, você é empreendedora, você moradora da nossa cidade, você que é mãe, você vai ter com certeza 50% da nossa administração será composta por mulheres.

Vitor Vogas: Candidato, uma das propostas mais importantes do seu plano de governo é criar, em Vila Velha, a Secretaria de Combate à Fome e a Miséria, com o objetivo, eu cito o seu plano, com o objetivo de erradicar a fome e a desnutrição no município. Eu lhe pergunto: qual seria o orçamento dessa nova pasta? Se o secretário ou secretária, já que o senhor propõe essa equidade, já está escolhido, já tá na sua mente? E principalmente candidato, quais seriam os programas, as ações concretas efetivamente implementadas por essa nova secretaria, a fim de combater a fome desnutrição a pobreza? E para completar, se o senhor tem um número de cidadãos de Vila Velha hoje vivendo abaixo da linha da extrema pobreza.

Maurício Gorza: Veja bem, Vitor. Vila Velha é uma cidade que, você desce a Terceira Ponte, e você vê uma cidade da Praia da Costa, da Praia de Itapuã, da Praia de Itaparica.Você caminha 2 quilômetros, 3  quilômetros depois e você vê uma outra Vila Velha. A Vila Velha da falta de saneamento, da falta de banheiros nas residências, da falta de coleta e tratamento de esgoto, da falta de segurança, da falta de educação, de saúde. Então Vila Velha é uma cidade extremamente desigual. Existem duas Vilas Velhas em um único município. Tem gente em Vila Velha, tem criança em Vila Velha que dorme com fome. Nós não podemos admitir que, em pleno século 21, no ano de 2024, a gente tem as crianças a nossa cidade dormindo com fome. Eu, como subsecretário de educação, eu atravessei a pandemia e vi nas nossas escolas, crianças e as famílias irem buscar alimentos para criança poder ter um almoço ou um jantar. Então nós não podemos admitir isso. Então é uma secretaria prioritária da minha gestão, não conseguiria dormir sendo prefeito da minha cidade sabendo que existem pessoas com fome.

Vitor Vogas: Desculpe… o diagnóstico, me parece bem claro. A minha pergunta é qual é o programa que o senhor propõe nesse caso, de modo a erradicar a pobreza, a fome, a desnutrição. Por exemplo, em Vitória, na atual gestão, nós vimos a criação de um programa de transferência direta de renda, uma complementação ao Bolsa Família. O senhor pensa em algo nessa linha, nesse sentido?

Maurício Gorza: Nós vamos fazer um diagnóstico, né? Eu acho que não dá para fazer pirotecnia na administração pública. Nós temos que trabalhar com diagnóstico para que a gente possa detectar onde está o problema e apresentar alternativa de solução. Nós temos muitos instrumentos para poder detectar aonde é o bairro com maior incidência, qual é o local com maior incidência, quais são as políticas que vamos implementar. Por exemplo, o restaurante público é uma alternativa extremamente interessante que nós podemos estabelecer. Em qual bairro, em qual local nós vamos fazer esse estudo? Esse diagnóstico é de fundamental importância. Nós vamos fazer com que Vila Velha seja uma cidade mais humanizada. O atual prefeito, ele diz que Vila Velha é uma cidade inteligente, ele disse que Vila Velha é uma cidade do futuro. Ele diz que o cidadão de Vila Velha é um povo feliz. Eu ando nas ruas e eu caminho nas ruas de Vila Velha e eu vejo gente dormindo embaixo das marquises, eu vejo seres humanos puxando carroça, eu vejo crianças vendendo paçoca no sinais de trânsito. Essa é a cidade inteligente que nós queremos? É essa cidade do futuro? Eu acho que existe uma inversão de valores. Se gasta 10 milhões em árvore de natal. Nós podemos aceitar isso enquanto tem criança que não tem uma vaga numa creche? Enquanto os banheiros das nossas escolas não tem portas? Essa é a cidade do futuro? Essa é a cidade inteligente? Eu volto a questionar, nós não podemos naturalizar aquilo que não é natural. É preciso que a gente debata e a minha proposta  é a Vila Velha das novas prioridades. E eu tenho dito que, se nós tivermos saúde, se nós tivermos educação e se nós tivermos trabalho, o resto a gente conquista. O que não dá para fazer da administração pública é o oba-oba, o toma-lá-dá-cá que, em nome de uma pseudo governabilidade, se estabelece uma relação espúria.

Antonio Carlos Leite: Candidato, o senhor diz, no seu programa de governo, que os cargos comissionados não serão ocupados por pessoas indicadas nem pelos vereadores nem por líderes comunitários. No entanto, o senhor eventualmente se chegar à prefeitura, vai chegar com um pouco apoio político e a gente sabe que essa é a moeda de troca que existe hoje na Câmara, nas Câmaras Municipais, no Congresso, e etc. O senhor vai conseguir efetivamente cumprir essa promessa? O senhor não teme problemas com legislativo? E se não são essas pessoas, quem é que vai ocupar esses cargos?

Maurício Gorza: Veja bem KK, eu estive lá. Eu fui vereador na cidade de Vila Velha, eu sei como funciona o legislativo. Estive no executivo como vice-prefeito e eu também conheço bem a administração. Eu acho que o Poder Legislativo e o Poder Executivo são parceiros. Tem que ser, tem que ser autônomos e independentes. Hoje a gente vê uma Câmara Municipal totalmente submissa, uma Câmara Municipal que o relacionamento com prefeito é um relacionamento de toma-lá-dá-cá, uma Câmara Municipal que não se manifesta. A Câmara Municipal de Vila Velha hoje é silenciosa e silenciada. Nós não podemos admitir isso. A minha proposta é exatamente essa, KK. Eu quero dar uma carta de alforria ao vereador, quero dizer para ele que ele vai exercer a função que é constitucional. Qual é a função do vereador? É legislar e fiscalizar. E como é que eu fiscalizo, se eu tenho 30 cargos comissionados, se eu tenho 40 cargos comissionados? Como é que eu fiscalizo o prefeito? Houve uma denúncia extremamente séria aqui no município de Vila Velha, com referência a atual administração, e a Câmara Municipal sequer se manifestou. Eu não estou dizendo que é para condenar, muito pelo contrário. A função da Câmara é avaliar ou até para absorver. Então a Câmara está silenciosa e silenciada. Nós queremos acabar com esse relacionamento, que em nome de uma pseudo governabilidade, se estabelece este oba-oba, esse toma-lá-dá-cá.

Antonio Carlos Leite: Em relação ao fato de que nós teremos esses cargos comissionados para serem ocupados, quem é que vai ocupar?

Maurício Gorza: Olha só. Quem é que ocupa hoje os cargos comissionados dentro da Prefeitura de Vila Velha? É o filho do desembargador, é o filho do empresário, é o filho do juiz, é o parente do do vereador. O cidadão comum, ele vai para a porta do Sine, vai para a fila do Sine e lá ele fica uma duas três horas aguardando o atendimento. Nós temos cargos comissionados? É importante que se tenha cargo comissionado? Nós vamos avaliar. Eu acho que ter 1000 cargos comissionados dentro da Prefeitura de Vila Velha é um absurdo. Inaceitável.

Andressa Missio: Tem uma pergunta em relação à educação e saúde. Os diretores das escolas e unidades de saúde municípios serão escolhidos através de processos democráticos e transparentes, segundo o seu plano de governo. Como seria isso? Vai ser a eleição direta? Isso já não acontece? Explica pra gente por favor.

Maurício Gorza: A eleição direta tá dentro da pauta. O que nós queremos determinar com a politização dentro da saúde e dentro da educação. O que nós vemos hoje? Tanto a saúde, quanto à educação está politizada. A gestão é feita por carros comissionados que são indicados por quem? Por vereadores, na sua grande maioria, e lideranças comunitárias. Então nós queremos acabar com isso. É o novo modelo de fazer política. Nós estamos estabelecendo em Vila Velha, um debate profundo quanto a este modelo estabelecido nos 5.570 municípios do Brasil e que não é diferente no município de Vila Velha. É preciso dar um basta nisso. Esse modelo estabeleceu 40 milhões de brasileiros e brasileiras que vivem abaixo da pobreza absoluta. O que é que funciona bem hoje nos 5.570 municípios do Brasil, inclusive em Vila Velha, com raras exceções: funciona bem à saúde? Funciona bem a educação? Funciona bem o transporte? A segurança pública? A habitação? O que funciona bem hoje no Brasil, infelizmente eu falo com muito pesar, é a impunidade e a corrupção. Este é o modelo constituído e nós temos que mudar esse modelo. Nós temos que mudar esse modelo, é preciso dar um basta nisso. Sob pena de que daqui a 10, 15, 20 anos, nós vamos estar discutindo as mesmas pautas que estão discutindo hoje, porque política é produção em série. Se você erra na matéria-prima, o produto sai defeituoso e nós estamos fazendo pirotecnia aqui.

Antonio Carlos Leite: Candidato, o senhor tem um minuto para encerrar essa nossa entrevista.

Maurício Gorza: Eu quero agradecer à TV Capixaba. quero agradecer a Andressa, ao Vitor, ao KK. Quero dizer que esse é o novo modelo de fazer política, nós estamos no país extremamente desigual, um país onde temos 40 milhões de brasileiros e brasileiros abaixo da pobreza absoluta, um país onde criança dorme com fome. Nós estamos estabelecendo um projeto diferenciado, né? Um novo modelo de fazer política. Um modelo onde a governabilidade não seja toma-lá-dá-cá, não seja me engana que eu gosto. Nós queremos uma Vila Velha onde a a cidade pulse, onde as pessoas tenham dignidade, onde as pessoas vivam felizes, uma Vila Velha que realmente seja a Vila Velha para todos os canelas verdes.

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