Políticos do ES reagem a restrições impostas a Bolsonaro

Nas redes sociais, o senador Magno Malta e o deputado federal Gilvan da Federal classificaram as restrições como ‘perseguição’ e ‘censura’. Foto: Reprodução/Instagram

A imposição de novas medidas judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição de acesso às redes sociais, gerou forte repercussão entre políticos do Espírito Santo. Nas redes sociais, aliados bolsonaristas classificaram as determinações como “perseguição”, “tirania” e “censura”.

As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de uma investigação da Polícia Federal. Entre elas, Bolsonaro também está proibido de manter contato com outros investigados e de se comunicar com embaixadores.

Magno Malta diz que há “perseguição política”

O senador Magno Malta (PL-ES) foi um dos primeiros a reagir. Em duas postagens no Instagram, criticou duramente o STF e se colocou ao lado do ex-presidente. “Tornozeleira? Recolhimento noturno? Censura nas redes? Tudo isso sem uma única condenação! Isso não é Justiça. Isso é perseguição!”, escreveu.

Em outro post, reforçou a narrativa de que há um movimento coordenado para destruir o bolsonarismo. “Quem disse ‘Derrotamos o Bolsonarismo’ agora escancara a perseguição política mais vergonhosa da história do Brasil!”

 

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Deputado Gilvan da Federal também se posiciona

O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) publicou uma imagem com a palavra “ABSURDO” em letras vermelhas, junto às fotos de Alexandre de Moraes e Bolsonaro. Em seu texto, afirmou:

“Foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica, proibido de acessar redes sociais, impedido de falar com embaixadores e terá que ficar em casa das 19h às 7h, como se fosse um criminoso perigoso!”

Para ele, as medidas seriam uma forma de “censura, perseguição e humilhação”.

Outras manifestações

O deputado estadual Lucas Polese (PL), também aliado de Bolsonaro, postou apenas um story com uma foto ao lado do ex-presidente e a frase: “Fica firme, capitão. Deus sabe de todas as coisas.”

Já o vereador de Vila Velha, Devacir Rabello, foi mais enfático: publicou um vídeo declarando apoio e escreveu: “Podem até pedir a prisão! Podem colocar tornozeleira no nosso Capitão… Mesmo assim seguirei sendo 100% Bolsonaro!”

 

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Investigação e medidas cautelares

As novas restrições foram determinadas no contexto das investigações conduzidas pela Polícia Federal, com aval do STF. Segundo a PF, Bolsonaro é suspeito de integrar uma articulação para deslegitimar o sistema eleitoral e promover ataques às instituições.

Até o momento, o ex-presidente não foi condenado. As medidas cautelares visam impedir possível obstrução das investigações ou repetição de condutas ilícitas.