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Advogado relata dificuldades na defesa de Armandinho, preso há 7 meses

A defesa alega que não está tendo acesso ao processo na totalidade, o que dificulta o pedido de liberdade do ex-vereador

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Armandinho foi afastado do cargo de vereador de Vitória. Foto: Divulgação

A prisão do vereador Armandinho Fontoura (Podemos) já completa sete meses e ainda não há previsão de quando ele deve deixar o complexo penitenciário de Viana, onde está preso desde dezembro do ano passado. Ele é acusado de atacar o Judiciário e o Ministério Público, além de suposta participação em um esquema de milícia digital com o objetivo de propagar fake news. 

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Na operação determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que levou Armandinho para a cadeia, também foram alvos o jornalista Jackson Rangel, o deputado estadual Capitão Assunção (PL) e o então parlamentar Carlos Von (PSD). Estes dois últimos liberados, mas com a obrigação do uso de tornozeleira eletrônica. 

Mas porque só Armandinho e Jackson ficaram presos? O advogado do ex-vereador, Carlos Zaganelli, explica que o processo tramita em sigilo e que pouco se sabe sobre os reais motivos que fazem com que ele permaneça atrás das grades. 

Zaganelli afirma que houve uma desproporcionalidade entre os acusados e que tem trabalhado para convencer a Justiça de que seu cliente não cometeu nenhum dos crimes apontados. 

“A diferenciação de tratamento é gritante. O motivo que levou a isso? A gente não sabe. Estamos em vias de tentar esclarecer isso. Só na hora que a gente conseguir entender as motivações é que vamos apresentar melhor a defesa. Até agora não tivemos acessos a muitas peças do processo. O gabinete do ministro Alexandre de Moraes é seletivo nesse ponto”. 

A defesa de Armandinho alega que, pelo fato de Armandinho estar sendo acusado de crimes que envolvem também outras pessoas, nem todas as informações solicitadas estão sendo liberadas para “não contaminar outras investigações que possam estar sendo feitas”. 

E prosseguiu: “A legislação processual diz que o advogado tem direito ao processo integral. A gente pede, mas na hora de conceder as vistas dos autos ele não é integral. É seletivo”. 

Desconstrução 

Em entrevista ao programa Estúdio 360 – 2ª Edição, exibido pela TV Capixaba na noite desta segunda-feira (31), Zaganelli afirmou que está trabalhando para descontruir a tese de que Armandinho teria promovido ataques às instituições. Para ele, houve críticas ao trabalho de autoridades do Judiciário e do MPES. 

“Para dizer que houve ataques tem que ter atos e fatos que impeçam a instituição de funcionar ou de continuar funcionando. Em momento algum isso acontece. Quando o vereador tece críticas às autoridades a narrativa construída é de que isso se converteria em ataques às instituições. E a gente não concorda com essa teoria”. 

E concluiu: “Não há invasão a nenhum dos poderes, não há impedimento de funcionamento do Tribunal de Justiça, do Ministério Público ou do Supremo. Isso não condiz com a história dele, muito menos com a prática. Essa distorção é que agora estamos descontruindo dentro do processo”, disse. 

Confira a entrevista completa


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