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Inovação | Os percalços da economia digital

Neste mês de abril a Brasscom lançou o Plano Brasil Digital 2030+ com diagnóstico e proposição de ações

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Os percalços da economia digital. Foto: Reprodução

Os percalços da economia digital. Foto: Reprodução

A Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, conta com mais de 80 empresas associadas com sede no Brasil e em vários países do mundo, com diferentes modelos de negócios. Neste mês de abril a Brasscom lançou o Plano Brasil Digital 2030+ com diagnóstico e proposição de ações. Aqui vão listados alguns dos itens do diagnóstico que poderão servir de base também para uma política estadual para o setor:

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  • Tecnologias de dados & Banda Larga, Cloud, IoT, IA (especialmente IA Generativa) e Cibersegurança possuem fortes tendências de crescimento no mundo nos próximos anos (12% a.a.)
  • Mecanismos de incentivo previstos, p.ex. para IoT, podem ser expandidos também para as outras tecnologias estratégicas selecionadas
  • Apenas 1% do PIB investido em P&D: 49ª posição global
  • Apenas 52ª posição em número de pesquisadores por milhão de habitantes e apenas o 16º em divulgação de artigos relacionados a temas digitais
  • O sistema de incentivos à inovação brasileiro enfrenta desafios em sua implementação, embora possua um arcabouço composto por mais de 25 mecanismos de facilitação ao investimento
  • O Brasil ocupa a 78ª posição no ranking de colaboração entre universidade e indústria
  • A Lei do Bem, que apoiou mais de 3 mil empresas e mais de 13 mil projetos em 2022, é um dos principais instrumentos de incentivo à inovação no Brasil e sua expansão pode gerar um impacto significativo no desenvolvimento do país
  • O Brasil apenas na 49ª posição no ranking de desenvolvimento de ecossistemas
  • Representatividade do setor digital no Brasil é muito baixa: apenas 2,8% de participação em relação à economia nacional
  • Número de formandos em cursos superiores inferior à demanda de contratação até 2025, acumulando ~600k vagas não preenchidas
  • Escassez de profissionais especializados: Brasil na 75ª posição no ranking de facilidade em encontrar profissionais capacitados
  • Dificuldades de digitalização da Educação Básica: mais de 50% das escolas municipais com falta de projetos de implementação digital
  • Lacuna na capacitação digital de professores: apenas 57% dos professores da rede estadual e 40% dos da rede municipal são capazes de selecionar materiais digitais para preparação de aulas
  • Apenas 26% das vagas nos cursos superiores relacionados à área tiveram matrículas realizadas
  • Avanços significativos do Brasil em governo digital na esfera federal
  • Estados: apenas 46% dos serviços oferecidos são inteiramente pela internet. Municípios: apenas 22% das prefeituras têm plano de implementação digital
  • Baixo letramento digital. Da população que não utiliza serviços digitais, 56% é devido à falta de letramento
  • Somente 38% da população das classes D/E possuem acesso à internet em seus domicílios
  • Falta de acesso a dispositivos digitais: representam cerca de 26% da renda total das famílias com menor poder aquisitivo
  • Acessibilidade: menos de 1% dos sites do país estão em conformidade com as regras de acessibilidade
  • Carga tributária com impacto médio de 20% para o setor de TIC
  • O país possui uma das maiores cargas tributárias do mundo sobre a folha de pagamento: mais de 55% de impostos
  • O Brasil tem menos de 1% dos unicórnios globais e apenas 60% das startups afirmam ter recebido investimento
  • Mais de 55% dos empreendedores abriram seus negócios sem qualquer tipo de capacitação
  • Processo de abertura de empresas ainda burocrático: até 180 horas para ser concluído
  • A balança comercial do país no setor de TIC é desfavorável: exportações representam apenas 16% da produção nacional e volume de importação 4 vezes maior
  • Significativa participação de fontes de energia renovável: oportunidade atrativa para investimentos estrangeiros
  • Baixa inserção das empresas de tecnologia na cadeia global de valor, com rigidez regulatória e excesso de burocracia
  • Altos custos logísticos, monetários e de transação no comércio exterior: baixa competitividade nos produtos nacionais no mercado global
  • O Brasil possui quase meio milhão de postos de trabalho em aberto no setor de TIC, por baixa capacitação e atração de salários condizentes

Esses são alguns dos problemas e algumas das oportunidades. O Espírito Santo tem evoluído no seu ecossistema de inovação, mas tem muito espaço ainda para chegar perto dos centros que despontam neste setor, que tem crescimento exponencial no mundo. Pode ser um importante eixo para o crescimento do estado.

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Evandro Milet

Evandro Milet é consultor, palestrante e articulista sobre tendências e estratégias para negócios inovadores. Possui Mestrado em Informática(PUC/RJ) e MBA em Administração(FGV/RJ). É Conselheiro de Administração certificado pelo IBGC e Conselheiro do CQC Inovação do Ibef/ES. Tem extensa experiência profissional, no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Brasília, como empresário, executivo de empresas públicas e privadas, conselheiro de administração e consultor nas áreas de TI, inovação, qualidade, gestão, estratégia, empreendedorismo e meio ambiente, além de ser mentor e investidor em startups. Participa do programa EStúdio 360 Inovação na TV Capixaba e no programa Inovação na Band News FM. Co-autor do livro Vencedores pela editora Qualitymark. É atualmente Presidente do Cdmec- Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico.

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