Dia a dia
‘A Mulher da Casa Abandonada’: imagens de dentro da mansão
O podcast conta a história de Margarida Bonetti, uma brasileira acusada de escravizar uma empregada doméstica nos Estados Unidos, ao longo de duas décadas

“Casa Abandonada” de Higienópolis ganha atenção da prefeitura após podcast. Foto: Reprodução
Após o sucesso do podcast “A Mulher da Casa Abandonada”, do jornalista Chico Felitti, da Folha de S.Paulo, ganhar grande repercussão, a mansão no bairro Higienópilos, em São Paulo, passou a atrair muitos curiosos. Mas para quem ainda não conhece a história, o jornalista conta a história de Margarida Bonetti, uma brasileira acusada de escravizar uma empregada doméstica nos Estados Unidos, ao longo de duas décadas. O marido dela, Renê Bonetti, foi condenado a 6 anos de prisão pelo crime, no ano de 2000.
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Escute o podcast:
Com a repercussão, a mulher não foi mais vista na casa. No domingo (3), dois cães que ficaram no quintal foram resgatados pela ONG Luisa Mell. A antiga moradora abandonou o casarão há alguns dias. Agora, a polícia busca familiares para achar informações sobre Margarida Bonetti.
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Imagens obtidas pela Band mostram o total abandono do imóvel. O local está com muito mato, móveis depredados, paredes rachadas, telhado cheio de buracos e um carro coberto de sujeira.
Relatos de moradores próximos apontam que o local representa um problema sanitário para a vizinhança, pela deterioração, acúmulo de lixo e até mesmo fezes humanas.
Imóvel avaliado em 10 milhões
Em um bairro dominado por prédios, a mansão chama atenção, mas não só pelo abandono, e sim pelo tamanho. Com 500m², são 10m de largura e 50m de comprimento, os corretores estimam o valor da propriedade em R$ 10 milhões.
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Em 2019, havia uma dívida de mais de 10 anos sem pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Segundo a Procuradoria-Geral do Município, atualmente, o imóvel não tem dívida ativa.
Há também uma briga judicial pelo imóvel em curso. Herdeiros acusam a antiga moradora de trocar a fechadura do portão e não dar a chave a mais ninguém. A casa está no nome do pai da acusada de escravizar a empregada doméstica.
O proprietário era o médico Geraldo Vicente de Azevedo. Ela disputa a herança da casa com os irmãos. Ao todo, são três herdeiros que disputam a divisão do dinheiro do valor da venda da casa.
Ação da Vigilância Sanitária
A Vigilância Sanitária esteve na casa, nesta terça-feira (05), após reclamações dos vizinhos sobre a proliferação de pragas, principalmente de ratos. A prefeitura deu um prazo de 60 dias para que seja feita uma manutenção e limpeza completa no imóvel.
