Coluna Vitor Vogas
Descubra: quantos votos exatamente faltaram a Casagrande para vencer no 1º turno?
E mais: Qual foi o quociente eleitoral no ES? Quantos deputados aliados de Casagrande se elegeram? Quantos são os de Manato? Quantos votos teve Audifax só na Grande Vitória? E quantos teve Guerino? Listamos 10 números que você precisa saber para entender os resultados das urnas no último domingo (2)
Apresentamos abaixo 10 números que você precisa saber para entender os resultados das urnas no Espírito Santo no último domingo (2):
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1. Quantos votos exatamente faltaram a Casagrande para vencer no 1º turno?
É uma conta simples de fazer. No domingo, para governador, o Espírito Santo contabilizou 2.080.648 votos válidos. Desse total, o atual governador obteve 976.652, o equivalente a 46,94% dos votos válidos. Para se eleger em 1º turno, ele precisaria ter atingido metade dos votos válidos mais um. Ou seja, exatos 1.040.325 votos. Para Casagrande atingir essa marca, faltaram-lhe 63.673 votos. É pouco menos que o total de eleitores registrados no município de Aracruz.
Como Manato obteve 800.598 votos (38,48% dos válidos), ele precisaria ter recebido mais 239.727 para ganhar no 1º turno.
O total de votos de Guerino Zanon, Audifax e Aridelmo chegou a 297.475.
2. Quantos votos teve Audifax só na Grande Vitória?
Na eleição ao governo estadual, o ex-prefeito da Serra recebeu um total de 135.512 votos. Só na Grande Vitória (contando Serra, Vitória, Vila Velha, Cariacica e Viana), foram 115.851, o equivalente a 85,5% da votação de Audifax, provando assim ser um candidato essencialmente metropolitano.
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3. Quantos votos teve Guerino Zanon só na Grande Vitória?
O contrário ficou comprovado pela votação do ex-prefeito de Linhares na Grande Vitória. Somando seu desempenho nos mesmos cinco municípios, ele obteve 31.820 votos. Isso corresponde a 21,76% dos 146.177 votos de Guerino. Em números aproximados, de cada cinco votos dele, só um veio da Grande Vitória.
4. Em quantas cidades capixabas Casagrande ganhou o 1º turno? E Manato?
O atual governador venceu o 1º turno em 64 cidades. O ex-deputado federal ganhou em 13. Guerino foi o mais votado em Linhares.
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5. Quantos deputados estaduais foram eleitos pela coligação de Casagrande? E pelas demais?
Os 11 partidos que configuram a coligação do atual governador elegeram, juntos, 15 deputados estaduais: 3 do PSB de Casagrande, 3 do Podemos, 2 do PDT, 2 do PP, 2 do PSDB, 2 do PT e 1 do Cidadania.
Já a coligação de Manato (PL e PTB) fez seis deputados: 5 do PL e 1 do PTB.
A coligação formada por União Brasil, Republicanos, Patriota e PSC não teve candidato ao Palácio Anchieta. Só apoiou Erick Musso para o Senado. Conseguiu a boa marca de 8 deputados, sendo 4 do Republicanos, 2 do UB, 1 do Patriota e 1 do PSC.
A coligação encabeçada por Audifax fez uma deputada: Camila Valadão (Psol).
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6. Quantos candidatos a deputado federal eleitos são do “time Casagrande”? E quantos são do “time Manato”?
Esta é mais complexa. Com segurança, podemos afirmar que, dos 10 eleitos no último domingo, 6 são aliados de Casagrande: Helder Salomão (PT), Jack Rocha (PT), Gilson Daniel (Podemos), Victor Linhalis (Podemos), Da Vitória (PP) e Paulo Foletto (PSB).
Outros 2 são, seguramente, aliados de Manato: Gilvan da Federal (PL) e Evair de Melo (PP).
Quanto 2 dois restantes, eleitos pelo Republicanos, estão numa zona cinzenta: Amaro Neto sempre manteve excelente relação política com Casagrande e seu governo, enquanto Messias Donato teve como padrinho político e maior cabo eleitoral o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (UB), por sua vez grande aliado de Casagrande.
Nacionalmente, porém, o Republicanos faz parte da coligação de Jair Bolsonaro, que apoia e tem o apoio de Manato.
7. Qual foi o quociente eleitoral para se eleger um deputado federal no ES?
Nas eleições de deputados federais e estaduais (além da eleição de vereadores, que não há este ano), o quociente eleitoral corresponde ao número de votos válidos dividido pelo número de vagas em disputa para aquele cargo.
No Espírito Santo, houve 2.084.430 votos válidos para deputado federal (sendo 2.008.658 nominais e 75.772 na legenda). Dividindo-se esse número pelas dez cadeiras em disputa, tivemos um quociente eleitoral de 208.443 votos. Esse foi o “número mágico”, para que a chapa de um partido ou federação pudesse eleger pelo menos um federal sem precisar fazer maiores contas.
Para poder disputar uma vaguinha nas sobras, a chapa precisou atingir 80% desse quociente, ou seja, 166.755 votos, sendo que o candidato deveria ter atingido pelo menos 20% do quociente (41.687 votos).
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8. Qual foi o quociente eleitoral para se eleger um deputado estadual no ES?
No Estado, houve 2.077.274 votos válidos para deputado estadual (sendo 1.966.505 nominais e 110.769 para a legenda). Dividindo-se esse número pelas 30 vagas em disputa, chegou-se ao quociente eleitoral de 69.243 votos para uma chapa garantir um deputado sem necessidade de novos cálculos.
Pela regra 80%/20%, para ter o direito de disputar nas sobras, a chapa precisou alcançar 55.395 dos votos, sendo que o mais votado precisou ter pelo menos 13.849 votos.
9. Qual foi o tamanho da abstenção no Espírito Santo?
Dos 2.917.714 votantes registrados no Espírito Santo, 606.085 não foram votar no último domingo, um índice de abstenção de 20,77% dos eleitores do Estado. O índice nacional foi de 20,89%. Os capixabas, portanto, ficaram praticamente em cima da média.
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10. Quanto Sérgio Meneguelli “investiu” para cada voto obtido para deputado estadual?
De modo algum estamos tratando aqui de “compra de votos”. É tão somente aquela conta clássica, para estabelecermos a relação despesa de campanha/número de votos. Ao pulverizar o recorde histórico de um candidato eleito para a Assembleia, o ex-prefeito de Colatina obteve a preferência de 138.523 eleitores do Espírito Santo.
No site do TSE, consta que seus gastos de campanha (declarados até agora) ficaram em modestos R$ 82.184,00.
Isso significa que, em média, cada voto obtido “custou” R$ 0,59 a Meneguelli. Ou, dito de outra forma: ele só precisou investir módicos 59 centavos para cada um dos seus votos.
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