Trocas de partidos: saiba para onde vão os vereadores de Vitória

Plenário da Câmara de Vitória. Foto: CMV

De acordo com a legislação eleitoral, desde o último dia 7, vereadores do Brasil inteiro podem mudar livremente de sigla sem risco de perder o mandato, mas a janela só dura até o próximo dia 5. No dia seguinte, encerra-se o prazo de filiação para todos que queiram disputar as eleições municipais de outubro para vereador, vice-prefeito ou prefeito. A partir daí, quem se filiou, se filiou; quem não se filiou, não poderá mais se filiar a outra sigla (se o fizer, ficará impedido de disputar as próximas eleições). Portanto, esta é a hora da verdade: todo mundo está correndo para definir por qual partido disputará o pleito.

A poucos dias do fechamento da janela legal, as trocas de partido estão intensas entre os vereadores que hoje têm mandato. Em Vitória não é diferente. Na Câmara da Capital, quase todos os 15 atuais vereadores são pré-candidatos à reeleição – sem contar o vereador Armandinho Fontoura, afastado do cargo pela Justiça, que buscará voltar pelas urnas ao Legislativo Municipal.

A exceção é justamente o atual presidente da Câmara, Leandro Piquet, que no último domingo (24) anunciou que trocou o Republicanos pelo PP e que não concorrerá à reeleição, passando a ser trabalhado como opção para o posto de candidato a vice-prefeito na chapa do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos).

A maioria dos edis de Vitória já resolveu sua vida, enquanto outros seguem em busca de melhores acomodações para buscar renovar o mandato, em maratona de reuniões com dirigentes partidários.

Pelo menos cinco mudanças de partido já foram definidas: Piquet, Dalto Neves, Leonardo Monjardim, Luiz Paulo Amorim e Armandinho. Outros quatro vereadores pretendem mudar de ares: Davi Esmael, Duda Brasil, Maurício Leite e Vinicius Simões.

Abaixo, listamos os vereadores de Vitória e informamos o que cada um já decidiu ou tende a fazer (exceto Aloísio Varejão, com quem não conseguimos contato).

1. Anderson Goggi: continua firme e forte no Progressistas (PP), como aliado do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos).

2. Aloísio Varejão (PSB): –

3. André Brandino: decidiu permanecer no Podemos.

4. André Moreira: permanece no PSol.

5. Chico Hosken: continua no Podemos.

6. Dalto Neves: decidiu trocar o PDT pelo Solidariedade (SD).

7. Davi Esmael: decidido a sair do PSD, ainda não definiu seu destino. Está entre três siglas de direita: Republicanos, PL ou Novo. “Será necessariamente um partido de direita. A proximidade com o prefeito é sempre um facilitador, mas não tem martelo batido.”

8. Delegado Piquet: trocou o Republicanos pelo PP.

9. Duda Brasil: líder do prefeito, já decidiu sair do União Brasil, pois o partido não apoiará a reeleição de Pazolini. Vai para um partido que esteja na aliança do prefeito, mas ainda não definiu qual.

10. Karla Coser: continua no PT.

11. Leonardo Monjardim: trocou o Patriota pelo Novo.

12. Luiz Emanuel: continua no Republicanos, ao qual se juntou no meio do atual mandato.

13. Luiz Paulo Amorim: trocou o Solidariedade pelo PV, no qual já militou. O PV compõe a Federação Brasil da Esperança com o PT e o PCdoB. Assim, seu ingresso no partido fortalece a bancada da federação, que passa a ter dois vereadores em Vitória: ele e Karla Coser.

14. Maurício Leite: está propenso a sair do Cidadania e entrar em um partido da base do prefeito, de quem é aliado, mas aguarda o desenrolar das negociações dentro do grupo de Pazolini para definir para onde vai.

15. Vinicius Simões: não ficará no Cidadania. O vereador de oposição está entre cinco partidos que estão articulando juntos as chapas proporcionais: PSD, PSDB, PSB, União Brasil e Podemos. Na eleição para prefeito, essa penca de siglas hoje tem três pré-candidatos: Gandini (PSD), Luiz Paulo (PSDB) e Tyago Hoffmann (PSB). A ideia é que só um deles seja candidato a prefeito, com o apoio dos demais pré-candidatos e partidos integrantes dessa frente.

16. Armandinho Fontoura: hoje no Podemos, o vereador afastado vai se filiar ao PL.