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Coluna Vitor Vogas

Marcelo Santos é eleito presidente da Assembleia Legislativa

À frente da chapa única após acordo com Vandinho Leite, candidato do governador Renato Casagrande foi eleito com o voto de 27 dos 30 deputados

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Marcelo Santos em cerimônia do Governo do Estado com Casagrande ao fundo (06/01/2023). Foto: Reprodução Facebook

Numa eleição muito tensa até ontem, mas sem surpresas nesta quarta-feira (1º), o deputado Marcelo Santos (Podemos), candidato do Palácio Anchieta, foi eleito presidente da Assembleia Legislativa. A chapa única liderada por Marcelo foi eleita com o voto favorável de 27 dos 30 deputados estaduais.

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Somente os novatos Camila Valadão (PSol) e Lucas Polese (PL) votaram contra a chapa encabeçada por Marcelo. Já Theodorico Ferraço (PP) se absteve.

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A Mesa presidida por Marcelo comandará a Assembleia pelos próximos dois anos, até 31 de janeiro de 2025.

Como adiantado aqui nesta quarta-feira, a composição completa da chapa é a seguinte:

Presidente: Marcelo Santos (Podemos)
1° secretário: João Coser (PT)
2ª secretária: Janete de Sá (PSB)

1° vice-presidente: Hudson Leal (Republicanos)
2° vice-presidente: Danilo Bahiense (PL)
3° secretário: Sérgio Meneguelli (Republicanos)
4° secretário: Adilson Espindula (PDT)

Votos contrários partiram dos contrários

Curiosamente, os dois únicos votos contrários à chapa única partiram de dois jovens deputados, recém-chegados à Assembleia, que representam opostos no espectro político-ideológico brasileiro e, agora, no plenário: Camila Valadão é de esquerda, enquanto Lucas Polese é de direita, ambos com posições muito bem demarcadas.

Camila justificou seu voto “não” por conta da maneira como se deu o processo eleitoral e da formatação final da chapa única. O que ela não disse do microfone, mas que muito a incomodou: a presença de um deputado do PL, o bolsonarista Danilo Bahiense, como 2º vice-presidente.

Já Polese, secretário da sessão preparatória e responsável por tomar os votos dos pares, explicou que faz oposição há anos ao governador Renato Casagrande (PSB) e que, por coerência, não poderia votar na chapa do presidente apoiado pelo governo do socialista. “Seria rasgar a minha história.”

A justificativa de Ferraço

Já Theodorico Ferraço, inimigo notório de Marcelo, presidiu a sessão preparatória, por ser o mais idoso dos 30, com 85 anos. E justificou a sua abstenção (uma saída diplomática) precisamente com base no papel exercido por ele na sessão: “Não quero deixar nenhuma dúvida quanto ao meu comportamento como presidente desta Casa”.

Ferração teve o dissabor de proclamar a eleição do adversário e de ceder a cadeira de presidente da sessão para Marcelo, que lhe agradeceu.


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