Coluna Valor em Foco
Como investir no exterior sem medo do dólar alto
Investimentos regulares são a chave para superar as incertezas do câmbio e construir riqueza no longo prazo, mesmo diante de um dólar volátil
Nos últimos anos, especialmente em 2024, vimos o dólar disparar, e muitos investidores ficaram receosos de enviar dinheiro para fora do país. Afinal, parece desanimador investir quando a moeda americana está tão valorizada. Mas será que faz sentido esperar o dólar “baixar” para começar? E se esse momento nunca chegar? Existe uma estratégia que pode te ajudar a superar essa dúvida: o investimento regular com aportes programados, conhecido como Dollar Cost Averaging (DCA).
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O que é essa estratégia de aportes regulares?
A lógica é simples: em vez de tentar acertar o melhor momento para investir, você define um valor fixo e faz seus aportes com regularidade, independentemente da cotação do dólar. Por exemplo, todo mês você compra uma quantia de dólares ou investe em ativos estrangeiros. Isso dilui o impacto das oscilações e te livra da ansiedade de acertar o timing do mercado.
Por que esperar o melhor momento não funciona?
Tentar prever o “momento certo” para investir é muito mais difícil do que parece. O dólar sobe e desce por diversos fatores: economia global, política monetária, crises ou até eventos inesperados. Prever tudo isso é quase impossível, até mesmo para especialistas.
Enquanto você espera, o tempo continua passando. E o que poderia ser uma oportunidade vira apenas uma desculpa para postergar seus planos. O investimento regular resolve isso, pois cria o hábito de investir consistentemente e tira o foco das oscilações de curto prazo.
O cenário atual e a importância de pensar globalmente
Com a alta do dólar, muitos produtos e serviços no Brasil ficaram mais caros. Isso acontece porque nossa economia é fortemente influenciada pelo câmbio. Eletrônicos, medicamentos, combustíveis e até alimentos importados sofrem diretamente com essa variação. E isso afeta o bolso de todos nós.
Investir no exterior não é apenas diversificar, é proteger o seu dinheiro contra as oscilações do real. Ter parte do seu patrimônio em moedas fortes, como o dólar, reduz o impacto de crises econômicas locais e ainda abre portas para mercados e setores que não existem no Brasil, como tecnologia e biotecnologia.
Como funciona na prática?
Imagine que você decidiu investir mil reais por mês em um fundo internacional. No primeiro mês, o dólar está a R$ 5,00, e você compra 200 dólares. No segundo mês, ele sobe para R$ 5,50, e você compra cerca de 181 dólares. No terceiro mês, o dólar cai para R$ 4,80, e você adquire 208 dólares. Ao longo do tempo, seu custo médio estará equilibrado, e você terá construído um portfólio internacional sem se preocupar tanto com os altos e baixos.
Mais importante do que o valor é o hábito de investir. É isso que separa quem alcança resultados no longo prazo de quem fica paralisado esperando o momento ideal.
A estratégia de investir regularmente ajuda a superar o medo do câmbio e a construir um portfólio no exterior de forma disciplinada e constante. O momento certo para começar é agora, com passos pequenos, mas consistentes, em direção ao seu objetivo. Afinal, o dólar pode subir, cair ou oscilar, mas o tempo – esse sim – não volta.
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