Alexandre Brito
Timidez e fobia social: diferenças e como lidar com cada uma
Em entrevista à BandNews FM Espírito Santo, o psicólogo Alexandre Brito abordou as distinções entre timidez e fobia social, destacando como esses comportamentos podem impactar a vida das pessoas. Segundo Brito, embora a timidez seja administrável, a fobia social pode exigir acompanhamento terapêutico mais aprofundado.
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Timidez e suas implicações na rotina
Brito explicou que a timidez, de modo geral, não impede que uma pessoa realize suas atividades cotidianas, mas pode dificultar interações sociais. “Às vezes, você tem dificuldade, não sabe qual palavra vai usar, como chegar e abordar uma pessoa”, afirmou. Ele também destacou que pessoas tímidas tendem a evitar situações em que possam ser julgadas. “O tímido é aquela pessoa que se cobra demais […] e quer manter uma certa imagem pessoal”.
Embora a timidez não seja considerada um transtorno, ela pode gerar desconforto, especialmente em situações como apresentações em público ou encontros com desconhecidos. Brito reforçou que a timidez é uma tentativa de proteção: “A timidez aparece como um afeto que te entristece diante do olhar do outro”.
Fobia social: quando a ansiedade domina
A fobia social, também chamada de transtorno de ansiedade social, é uma condição mais grave que pode afetar a rotina de forma significativa. “Você começa a ter uma grande ansiedade diante da vida social […] Não consegue falar em alguns ambientes e evita lugares com pessoas desconhecidas”, explicou Brito.
Nos casos mais severos, a pessoa pode desenvolver tanto medo de interação que evita sair de casa. “Essa ansiedade é incontrolável e pode impedir a realização de tarefas básicas, como ir comprar pão”, completou o psicólogo.
Como tratar a timidez e a fobia social
Brito enfatizou a importância da terapia como ferramenta para ajudar pessoas tímidas e com fobia social. “Na terapia, você começa a ter mais autoestima, porque o tímido tem baixa autoestima em geral”, explicou. Segundo ele, o tratamento também ensina a lidar com frustrações e a se expor gradualmente sem medo da opinião alheia.
Além da terapia, o psicólogo mencionou outras estratégias que podem ajudar, como cursos de oratória e técnicas de relaxamento. “Valorizar suas conquistas é fundamental, assim como evitar comparações com os outros”, destacou.
Acolhimento e respeito ao tempo de cada um
Brito alertou sobre a necessidade de respeitar o ritmo das pessoas que enfrentam essas dificuldades. “Assim como não jogamos alguém com medo de altura do alto de um prédio, precisamos ser generosos com as dificuldades dos outros”. Ele reforçou que forçar uma pessoa a interagir pode piorar o quadro e, em casos mais graves, desencadear crises de pânico.
Por fim, Brito encorajou as pessoas a oferecerem apoio e compreensão. “Comemorar pequenas conquistas faz toda a diferença”, disse ele. Para quem quiser acompanhar mais conteúdos do psicólogo, Brito está disponível no Instagram (@alexandre_psicologia).
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