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Confira o perfil dos candidatos ao governo do Espírito Santo

Para ajudar os leitores e leitoras a entenderem quem é quem nessa disputa, apresentamos aqui um miniperfil de cada um

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Palácio Anchieta, sede do Governo do Espírito Santo, em Vitória.

Palácio Anchieta. Foto: Hélio Filho/Secom-ES

Sete pretendentes estão na corrida ao Palácio Anchieta. Eles pediram o registro de candidatura à Justiça Eleitoral dentro do prazo encerrado nessa segunda-feira (15), e seus nomes constam na página oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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São eles: Aridelmo Teixeira (Novo), Audifax Barcelos (Rede), Capitão Sousa (PSTU), Carlos Manato (PL), Cláudio Paiva (PRTB), Guerino Zanon (PSD) e Renato Casagrande (PSB).

>De R$ 29 milhões a R$ 98 mil: o patrimônio dos candidatos ao governo do Espírito Santo

Abaixo, para ajudar os leitores e leitoras a entenderem quem é quem nessa disputa, apresentamos, por ordem alfabética, um miniperfil de cada um:


 1. Aridelmo Teixeira (Novo)

Tem 58 anos. É professor, empresário e sócio fundador da Fucape Business School, faculdade particular especializada em administração de empresas. Foi candidato a governador em 2018, pelo PTB. Após a eleição, entrou para o partido Novo. Desde então, tem se dedicado a estruturar o partido e difundir suas ideias no Espírito Santo. Após a vitória eleitoral de Lorenzo Pazolini (Republicanos) na Capital em novembro de 2020, compôs a equipe de transição do prefeito eleito. De janeiro de 2021 a março deste ano, foi secretário municipal da Fazenda da administração Pazolini.

Assim como o próprio Novo, representa a direita liberal, defendendo as bandeiras do partido, como menor intervenção do Estado no mercado e na economia. A exemplo de outros desafiantes, não economiza críticas ao governo Casagrande. Promete revolucionar a educação pública estadual e tornar o Espírito Santo o estado com a menor carga tributária do país, além de acabar com o Fundo Soberano e promover uma “revolução social”. Não terá partidos coligados.

Para a Presidência, apoia no 1º turno o cientista político Luiz Felipe D’Ávila, candidato do seu partido. Em eventual 2º turno entre Lula e Bolsonaro, apoiará o atual presidente.

Candidata a vice-governadora: a jornalista Camila Domingues (Novo)

Candidato a senador: não possui

Coligação: o Novo vem sozinho

Ocupação declarada: economista

Patrimônio declarado: R$ 29.817.033,43


2. Audifax Barcelos (Rede)

Audifax foi prefeito da Serra, cidade mais populosa e maior colégio eleitoral do Estado, por três mandatos: de 2005 a 2008 e de 2013 a 2020. Isso após ter sido secretário municipal em várias áreas em prefeituras da Grande Vitória, como a de Vila Velha e a da própria Serra.

Também foi secretário estadual de Planejamento (2009-2010) no segundo governo Paulo Hartung e deputado federal (2011-2012), pelo PSB. No pleito de 2010, foi o candidato mais votado para esse cargo no Espírito Santo, com 161.856 votos. Economista e administrador por formação, o ex-prefeito de 57 anos vem para essa disputa enfatizando a própria experiência e a capacidade como gestor público, bem como realizações à frente da Prefeitura da Serra.

Tem subido o tom das críticas ao atual governo e ao governador. No lançamento da sua candidatura, chegou a dizer que Casagrande não é gestor. Já passou pelo PT, pelo PDT, pelo PSB e, desde 2015, está na Rede Sustentabilidade.

São todos partidos de esquerda ou centro-esquerda. Mas, fugindo de qualquer tipo de rótulo e da polarização ideológica, diz que não está preocupado com ideologias e que não vai “nacionalizar a eleição estadual”.

Candidata a vice-governadora: Tenente Andresa Silva (Solidariedade)

Candidato a senador: Pastor Nelson Junior (Avante)

Coligação: “Compromisso com a Vida”: Federação Rede/Psol, Solidariedade, Avante e Pros

Ocupação declarada: economista

Patrimônio Declarado: R$ 1.570.000,00


3. Capitão Sousa (PSTU)

Aos 38 anos, Sousa será candidato ao governo pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), agremiação de orientação marxista.

É capitão da ativa da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES). Atualmente está lotado no 9º Batalhão, em Cachoeiro de Itapemirim, onde exerce funções administrativas.

Chegou à patente no início de 2020, mas integra os quadros da PMES desde 2008, ano em que ingressou na tropa, como soldado. Foi candidato a prefeito de Castelo pelo Patriota, numa eleição suplementar, em 2019, sem êxito nas urnas.

Em 2020, foi candidato a vice-prefeito de Cachoeiro, na chapa encabeçada por Joana D’ark, do PT, também sem sucesso. Tal como seu partido, prega a revolução da classe trabalhadora e a superação do sistema capitalista pela construção do regime socialista. Defende a desmilitarização da Polícia Militar e é a favor da legalização do consumo da maconha e de outras drogas hoje ilícitas no país. Pertence ao movimento “Policiais Antifascismo”, fundado em 2017. Não formará coligação. Na disputa pela Presidência, apoia a candidata do seu partido, a cientista social Vera Lúcia.

Candidata a vice-governadora: a jornalista Soraia Chiabai (PSTU)

Candidato a senador: o funcionário público Filipe Skiter (PSTU)

Coligação: o PSTU vem sozinho

Ocupação declarada: policial militar

Patrimônio declarado: não declarou nenhum bem


4. Carlos Manato (PL)

Carlos Manato em entrevista ao Estúdio360. Foto: Reprodução

Médico, empresário e administrador hospitalar, foi deputado federal por quatro mandatos consecutivos, de 2003 a 2018. Passou a maior parte da carreira política no PDT. Teve passagem pelo Solidariedade. Em 2018, apoiando Jair Bolsonaro, foi candidato a governador pelo PSL, partido pelo qual o então deputado federal chegou à Presidência. Impulsionado pela “onda Bolsonaro”, surpreendeu e por pouco não chegou ao 2º turno naquele pleito, contra Casagrande, com 27% dos votos válidos.

Desde então, engajou-se ainda mais no bolsonarismo. Passou os últimos quatro anos sem mandato, mas fazendo oposição ao governo Casagrande nas redes sociais e participando de manifestações da direita bolsonarista. Manato afirma representar a “direita conservadora” no Espírito Santo e considera-se o único candidato autenticamente bolsonarista ao governo estadual.

Vem para esta disputa com promessas como descentralizar a rede de saúde pública estadual e erradicar toralmente  miséria e a fome no Espírito Santo.

Candidato a vice-governador: o empresário Bruno Lourenço (PTB)

Candidato a senador: Magno Malta (PL)

Coligação: “Espírito Santo de Todos os Capixabas”: PL e PTB

Ocupação declarada: empresário

Patrimônio declarado: R$ 10.242.436,66


5. Cláudio Paiva (PRTB)

Tem 62 anos, é contador, administrador, psicanalista, coach, consultor empresarial e auditor de qualidade pelo IEL-ES. Já foi consultor do Sebrae-ES e trabalhou na viação Itapemirim. É dono da empresa IBGL (Instituto Brasileiro de Gestores e Líderes), que oferece treinamento empresarial. Está filiado há quatro anos ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), sigla de direita fundada por Levy Fidelix, falecido em abril de 2021. Paiva apresenta-se para essa disputa sem partidos aliados e como um candidato de direita, entoando o slogan do partido: “Deus, pátria e família”.

Diz que defenderá os “valores da família” e, acima de tudo, a geração de empregos, por meio da atração de empresas para o Espírito Santo. No plano nacional, o PRTB apoia a reeleição de Jair Bolsonaro.

Candidato a vice-governador: o advogado Marco Aurélio Carvalho Ferregueti (PRTB)

Candidato a senador: o economista Antonio Bungenstab de Lima (PRTB)

Coligação: o PRTB vem sozinho

Ocupação declarada: terapeuta

Patrimônio declarado: R$ 98.000,00


6. Guerino Zanon (PSD)

Aos 66 anos, Guerino Zanon é um recordista: foi prefeito de Linhares por cinco mandatos, o primeiro deles iniciado ainda nos anos 1990. Professor de Física, empresário e sócio fundador da Faculdade de Ensino Superior de Linhares (Faceli), entrou na vida pública como secretário de Planejamento do município, de 1993 a 1996. Governou a maior cidade do Norte do Estado de 1997 a 2004, de 2009 a 2012 e de 2017 a março deste ano.

Também foi eleito deputado estadual por dois mandatos e chegou a presidir a Assembleia Legislativa, de 2007 a 2008. Na eleição de 2006, foi o candidato a deputado estadual mais votado, tendo alcançado 65.704 votos. Com essa marca, até hoje é o candidato mais votado da história do Espírito Santo para esse cargo.

Tem perfil de centro-direita e é, de todos, o candidato mais ligado ao ex-governador Paulo Hartung (sem partido). Foi secretário estadual de Esportes e Lazer por duas vezes em administrações de Hartung: de 2005 a 2006 e no 1º semestre de 2016. Na eleição presidencial, declarou apoio a Jair Bolsonaro e tem mostrado identificação cada vez maior com o presidente.

Candidato a vice-governador: o empresário Marcus Mendes (PSD)

Candidato a senador: não tem

Coligação: “O Espírito Santo Merece Mais”: PSD, DC e PMB

Ocupação declarada: prefeito

Patrimônio declarado: R$ 738.632,43


7. Renato Casagrande (PSB)

O governador Renato Casagrande coordena a coalizão de governadores pelo clima. Foto: Helio Filho/Secom ES

O governador Renato Casagrande. Foto: Helio Filho/Secom ES

Aos 61 anos, o atual governador é candidato à reeleição. Buscará exercer o seu terceiro mandato no Palácio Anchieta. Já concorreu a governador em quatro oportunidades: ganhou duas e perdeu duas.

Após breve passagem pelo PCdoB e pelo MDB nos anos 1980, construiu sua trajetória política no Partido Socialista Brasileiro (PSB), sigla pela qual exerceu todos os seus mandatos. Foi deputado estadual (1991-1994), vice-governador de Vitor Buaiz (1995-1998) e secretário estadual de Agricultura. Em 1998, concorreu ao governo pela primeira vez, na eleição vencida por José Ignácio Ferreira.

Tornou-se deputado federal em 2002, senador em 2006 e governador em 2010. Em 2014, não conseguiu se reeleger, tendo perdido a eleição para Paulo Hartung. Na eleição passada, em 2018, voltou ao Palácio Anchieta, vencendo no 1º turno.

É secretário-geral do PSB no país. Assim como seu partido, pode ser considerado um político de centro-esquerda. Mas neste pleito, assim como em suas eleições anteriores, formou uma ampla coalização que inclui partidos de esquerda, de centro e de direita.

Na eleição à Presidência, mantendo coerência com a aliança nacional do seu partido, concretizada na chapa Lula/Alckmin (PSB), apoia o candidato do PT. Já declarou que votará em Lula e que fará campanha unicamente para ele no Espírito Santo.

Lançou publicamente sua campanha, em julho, dizendo que “o melhor está por vir”, exaltando sua “coragem” e “equilíbrio”, destacando indicadores positivos do atual governo (com ênfase na gestão da pandemia) e defendendo que as atuais políticas públicas não podem ser interrompidas.

Candidato a vice-governador: o ex-senador Ricardo Ferraço (PSDB)

Candidata a senadora: a atual senadora Rose de Freitas (MDB)

Coligação: “Juntos por um Espírito Santo Mais Forte”: PSB, PDT, PP, Podemos, MDB, Federação PSDB/Cidadania e Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV)

Ocupação declarada: governador

Patrimônio declarado: R$ 2.031.420,09


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