Coluna Inovação | A ciência vai ao mercado

Com foco nas deeptechs, o Programa Catalisa ICT conecta pesquisa e mercado para um futuro mais inovador. Foto: Freepik

As startups chamadas de deeptech finalmente ganham espaço nas iniciativas para desenvolver o ecossistema de inovação no Brasil. Deeptechs são startups de base tecnológica que nascem da união de conhecimento científico, tecnologia e inovação; desenvolvem inovações com alto potencial de impacto socioambiental; levam muito tempo para atingir a maturidade no mercado; deparam-se com maiores riscos no seu desenvolvimento e requerem alto investimento de capital.

O Programa Catalisa ICT, articulado pelo Sebrae em parceria com entidades do ecossistema nacional de inovação, tem como objetivo transformar conhecimento científico em soluções de alto impacto, promovendo negócios deeptech que alavanquem desenvolvimento econômico e social.

Depois do sucesso da primeira edição encerrada em 2024, o Sebrae lança o 2º Ciclo do Programa Catalisa ICT, organizado em três grandes etapas ao longo de 24 meses.

O objetivo é conduzir pesquisas com potencial de inovação ao longo de um funil de seleção, que resultará na transformação dessas pesquisas em deeptechs e em sua inserção no mercado, conforme ilustrado a seguir:

* Etapa 1 – Mobilização do ecossistema de inovação e a sensibilização de pesquisadores e empreendedores para o programa. O objetivo é identificar e selecionar 2.000 pesquisas com alto potencial de inovação em todo o Brasil.

* Etapa 2 – As pesquisas selecionadas na fase anterior receberão suporte para desenvolver e validar seus planos de inovação. Serão implementadas as ações de aceleração junto aos potenciais empreendedores, envolvendo capacitação, mentoria, fomento a planos de inovação e aproximação com ambientes de inovação (incubadoras, aceleradoras e parques tecnológicos).

* Etapa 3 – As deeptechs selecionadas passarão por um processo intensivo de aceleração, recebendo apoio financeiro, técnico e de mercado. O objetivo é garantir que as soluções se tornem escaláveis e sustentáveis, conectando-as às indústrias e investidores.

Os projetos apresentados precisam ter aderência a pelo menos uma das áreas de aplicação: ▪ Saúde, Serviços de Saúde ou Médico/Hospitalares; ▪ Fármacos e Cosméticos; ▪ Agropecuária/Aquicultura; ▪ Sustentabilidade Socioambiental e Florestal; ▪ Equipamentos para Processos Industriais; ▪ Equipamentos para Processos em Serviços/Comércio/ Financeiro; ▪ Equipamentos Eletroeletrônicos; ▪ Logística/Transporte; ▪ Educação; ▪ Telecomunicação e infraestrutura de redes; ▪ Tecnologia de Informação e Comunicação (hardware/software); ▪ Tecnologia de Informação e Comunicação (somente software); ▪ Indústria de Alimentos e Bebidas; ▪ Indústria de Construção; ▪ Indústria Metal/Mecânica/Automobilística; ▪ Indústria Aeroespacial/Naval; ▪ Indústria Extrativa; ▪ Indústria de Petróleo, Gás e Energia; ▪ Indústria Química e Novos Materiais.

Os proponentes deverão ter formação acadêmica, em nível de graduação ou pós-graduação stricto sensu, prioritariamente em uma das seguintes áreas do conhecimento: ▪ Ciências Exatas e da Terra; ▪ Ciências Agrárias; ▪ Ciências Biológicas; ▪ Ciências da Saúde; ▪ Engenharias; ▪ Arquitetura e Urbanismo; ▪ Desenho Industrial.

A formação em outras áreas do conhecimento (Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e Linguística, Letras e Artes) poderá ser aceita, desde que, assim como nas demais formações, a pesquisa proposta tenha aplicação tecnológica, em uma das áreas de aplicação descritas no parágrafo anterior.

Serão selecionadas até 2.000 (duas mil) pesquisas com potencial de inovação em âmbito nacional para participação na Etapa 01, com base em pontuação a ser atribuída de acordo com os critérios classificatórios. Serão avaliados: Potencial de Impacto Econômico, Potencial de Inovação, Potencial de Impacto Socioambiental, Viabilidade Técnica e Formação e Trajetória do pesquisador.

Fundamental que as universidades se mobilizem para esse desafio com forte impacto no futuro do país. Grande parte da sociedade ainda entende que as universidades estão afastadas da realidade do mercado. Está na hora de demonstrar que estão enganados. No 1º Ciclo apenas duas startups capixabas entre as 150 participantes da etapa final. Há potencial para muitas mais neste 2º Ciclo. Inscrições até 02/02/2025.

Edital completo em CICLO 02 – PROGRAMA CATALISA ICT – EDITAL Etapa 01 – Mobilizar e Aprender_VF.pdf

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