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Semana do Lixo Zero: ações educativas para incentivar a compostagem

Em Vila Velha, estudantes aprendem sobre compostagem e reciclagem em ação que envolve escolas e a comunidade. Projeto busca reduzir lixo orgânico e fomentar práticas sustentáveis

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A diretora da MP e voluntária, Marília Debbané, explica como as ações educativas sustentáveis tem incentivado a compostagem. Foto: Fernanda Côgo

A diretora da MP e voluntária, Marília Debbané, explica como as ações educativas sustentáveis tem incentivado a compostagem. Foto: Fernanda Côgo

A Semana Lixo Zero, em andamento no Brasil até o dia 3 de novembro, incentiva a compostagem e a sustentabilidade em diversas cidades. Em Vila Velha, Espírito Santo, ações programadas prometem envolver escolas e a comunidade local, visando conscientizar e engajar a população para práticas sustentáveis. Na Barra do Jucu, uma escola local vai implantar um espaço de compostagem e uma horta escolar, além de promover atividades práticas para os alunos.

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A compostagem como solução para resíduos orgânicos

Em entrevista ao Estúdio 360, Marília de Debbané, diretora da MP Ambiental e voluntária do Instituto MOVI, explicou que a compostagem é um processo natural de transformação de resíduos orgânicos em adubo, utilizado no cultivo de alimentos saudáveis e sem agrotóxicos. Marília destacou que essa prática sustentável é uma alternativa simples e acessível para diminuir a quantidade de lixo enviado a aterros sanitários, onde resíduos orgânicos contribuem para a emissão de gás metano, altamente prejudicial ao meio ambiente.

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Um dos destaques do projeto na Barra do Jucu é a atividade “Despejo do Baldinho”, que será realizada com os estudantes. A prática simula o descarte correto de resíduos orgânicos para a compostagem, incentivando a conscientização e o aprendizado prático. O nome foi inspirado em um projeto bem-sucedido em Florianópolis, onde a coleta e a compostagem de resíduos orgânicos ajudaram a reduzir a infestação de ratos e a promover uma melhor qualidade de vida para a comunidade.

Sustentabilidade e engajamento comunitário

Marília ressaltou que o conceito de Lixo Zero envolve não apenas o descarte correto, mas também a reavaliação dos hábitos de consumo. Segundo ela, a destinação correta dos resíduos recicláveis secos para a coleta seletiva e dos resíduos orgânicos para a compostagem representa o mínimo necessário para uma sociedade mais sustentável. Ela enfatizou que, no Brasil, aproximadamente 50% do lixo gerado é orgânico e que, se compostado, poderia reduzir substancialmente o volume enviado a aterros sanitários e incineradores.

Além disso, a compostagem comunitária gera empregos e fortalece as relações entre os moradores, sendo um mecanismo transformador em bairros e regiões onde é implantada. “Em comparação ao envio para aterros, a compostagem gera mais empregos e valor para a comunidade”, explicou a voluntária.

Cresce o interesse pela compostagem em Vila Velha e Vitória

Embora cidades como Vila Velha e Vitória ainda não tenham políticas de coleta orgânica estruturadas, iniciativas como as promovidas pela escola na Barra do Jucu servem como exemplo de práticas que podem ser adotadas por outros bairros e instituições. O Instituto MOVI, em parceria com a MP Ambiental, tem se dedicado a implantar projetos educacionais e comunitários que ensinam a compostagem, tanto manual quanto mecanizada.

Dados recentes do Instituto Polis revelam que, enquanto o Brasil coletou cerca de 63,8 milhões de toneladas de resíduos em 2023, 10% dos resíduos ainda ficam sem coleta e, dos resíduos coletados, 50% são orgânicos. Com o aumento das emissões de gás metano pelos aterros sanitários, o Brasil ocupa a quinta posição mundial em emissões desse gás, que é cerca de 28 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono.

Compostagem transforma espaços e hábitos

Na prática, a compostagem tem mostrado resultados positivos em Vila Velha. Em um terreno na Barra do Jucu, a comunidade iniciou um projeto de compostagem que, em menos de três meses, transformou o espaço em uma horta produtiva, mesmo durante a seca. “A compostagem é transformadora, pois gera valor para a comunidade e contribui para a regeneração do solo”, completou Marília.

O projeto inclui também a utilização de adubo gerado a partir da compostagem para o cultivo de plantas e hortaliças, proporcionando, além do aprendizado, um espaço verde para a comunidade local.

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