Paolla Oliveira denuncia o uso indevido de imagem por IA

Esta semana, a atriz Paola Oliveira publicou um vídeo em sua conta no Instagram alertando sobre os riscos da Inteligência Artificial (IA) na disseminação de informações falsas. No vídeo, Paola destacou como a IA pode ser utilizada para manipular vozes e imagens, criando conteúdos falsos que parecem reais. Ela usou seu próprio exemplo, explicando que sua voz e rosto foram utilizados sem permissão para promover produtos e disseminar informações inverídicas.

Paola enfatizou a vulnerabilidade de todos nós diante dessas tecnologias e a necessidade de questionar e verificar a autenticidade das informações que encontramos na internet. Ela destacou que, apesar dos benefícios da IA, seus impactos negativos não podem ser ignorados.

O papel da regulação

Paola também mencionou a ausência de uma regulamentação eficaz para lidar com esses casos. Segundo ela, mesmo ações jurídicas podem não ser suficientes para resolver a questão, pois ainda não há regras específicas para o uso da Inteligência Artificial. A atriz incentivou os espectadores a cobrarem ações das plataformas de mídia e do governo, que está atualmente discutindo um projeto de lei sobre a regulação da IA.

Em entrevista ao EStúdio 360, Otávio Lube, engenheiro de computação e professor de tecnologia, reforçou a mensagem de Paola. Ele destacou que as ferramentas para criar deepfakes e clonar vozes estão cada vez mais acessíveis. Com apenas 15 segundos de áudio, já é possível clonar uma voz e programar uma IA para falar qualquer coisa.

Como se proteger das fake news

O professor explicou que a regulamentação da IA é um tema amplamente debatido em todo o mundo. Alguns lugares, como a Europa, os Estados Unidos e o Canadá, estão mais avançados nesse aspecto. A regulamentação visa rastrear, punir e prevenir crimes relacionados à manipulação digital.

Para não cair em golpes e fake news, é fundamental desconfiar de conteúdos que parecem suspeitos ou são compartilhados em massa. Isso é especialmente crítico em períodos de eleições ou eventos importantes, onde a disseminação de desinformação pode ser ainda mais prejudicial.

Lube também destacou a importância de denunciar conteúdos falsos e notificar as autoridades e as próprias plataformas de mídia social. Ele mencionou que, em muitos casos, contas de redes sociais são hackeadas e utilizadas para espalhar informações falsas, reforçando a necessidade de alertar a rede de contatos e recuperar as contas afetadas.

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