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Neurocirurgião explica procedimento médico feito pelo presidente Lula

Presidente Lula passou por procedimento médico para tratar hematoma subdural e segue em recuperação

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O neurocirurgião André Bissoli explica que o hematoma subdural crônico é mais comum em idosos e pode ser tratado com sucesso se identificado a tempo. Foto: Fernanda Côgo

O neurocirurgião André Bissoli explica que o hematoma subdural crônico é mais comum em idosos e pode ser tratado com sucesso se identificado a tempo. Foto: Fernanda Côgo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido no início desta semana a uma cirurgia para tratar um hematoma subdural crônico, consequência de uma queda sofrida em outubro. A cirurgia, chamada de trepanação, é um procedimento neurocirúrgico comum e envolveu a drenagem do líquido acumulado entre o crânio e o cérebro.

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Em entrevista ao EStúdio 360, o neurocirurgião André Bissoli, da Unimed Vitória, detalhou que a técnica consiste em abrir um pequeno orifício no crânio para liberar o sangue acumulado. Ele destacou que o hematoma subdural crônico, frequente em idosos, geralmente tem um bom prognóstico quando tratado adequadamente.

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Sintomas podem surgir semanas após a queda

O hematoma subdural crônico é caracterizado pela evolução lenta dos sintomas, que podem aparecer semanas ou até meses após um trauma na cabeça. Entre os sinais mais comuns estão dores de cabeça persistentes, apatia, dificuldade de fala e, em casos avançados, fraqueza em um lado do corpo.

De acordo com Bissoli, a condição é frequentemente subdiagnosticada, já que os sintomas podem ser atribuídos a outros problemas de saúde relacionados à idade. No caso do presidente Lula, mudanças leves no comportamento motivaram a realização de exames, que confirmaram o diagnóstico.

A relação entre idade e hematoma subdural

Idosos são mais vulneráveis ao hematoma subdural crônico, especialmente aqueles que usam medicamentos anticoagulantes. Em entrevista ao programa, Bissoli enfatizou que as quedas domésticas estão entre as principais causas do problema e que a prevenção é essencial.

“É fundamental adaptar os ambientes domésticos, como banheiros e corredores, com barras de apoio, além de eliminar obstáculos que possam causar acidentes”, afirmou. Ele também alertou para a necessidade de monitoramento constante por parte dos familiares, mesmo quando não há sintomas imediatos após uma queda.

Tratamento acessível pelo SUS

O tratamento para hematoma subdural crônico está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Bissoli explicou que a cirurgia é simples e não requer equipamentos sofisticados. Entretanto, o sucesso depende de um diagnóstico precoce.

Bissoli destacou que a população em geral também pode contar com a mesma qualidade de tratamento, desde que busque atendimento rapidamente ao perceber sintomas.

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