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Saiba quais municípios são os mais afetados pela febre oropouche
Alfredo Chaves e Iconha estão no epicentro do surto de febre oropouche no Espírito Santo, que já registra óbito e tem alerta para prevenção
O Espírito Santo vive um surto de febre oropouche, com destaque para os municípios de Alfredo Chaves e Iconha, que concentram o maior número de casos. Apenas Alfredo Chaves notificou mais de 700 infecções confirmadas em 2024. Outras áreas, como Rio Bananal, Colatina e Laranja da Terra, também apresentam números crescentes de registros.
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Em entrevista ao EStúdio 360, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, Alfredo Chaves e Iconha formam o epicentro da doença no estado. Ele orienta que pessoas evitem visitas às regiões mais afetadas, especialmente gestantes, devido ao risco de transmissão vertical, que pode causar malformações congênitas.
Primeiro óbito confirmado no Espírito Santo
A doença resultou na primeira morte confirmada no Espírito Santo: uma mulher de 61 anos, residente em Fundão, morreu em agosto. A causa foi atestada após análises detalhadas no Laboratório Central de Saúde Pública.
O subsecretário explicou que a paciente apresentou sintomas rápidos e fatais, como febre e dificuldade para respirar, levando ao óbito em apenas 11 horas após os primeiros sinais. Esse caso é apenas o terceiro óbito registrado no Brasil por febre oropouche, destacando a letalidade incomum do vírus, que circula no país desde os anos 1960.
Como prevenir a febre oropouche
A febre oropouche é transmitida pelo maruim, um inseto que se reproduz em ambientes sombreados com matéria orgânica em decomposição, como folhas apodrecidas e lama. Para prevenir a doença, recomenda-se:
- Uso de repelentes com 10% de Icarieina e roupas de manga longa;
- Eliminação de detritos orgânicos próximos às residências;
- Consulta médica para orientações específicas, especialmente para gestantes.
Cardoso destacou que, diferentemente do Aedes aegypti, o maruim não é facilmente repelido por inseticidas comuns. Até o momento, não há recomendação oficial para o uso de produtos químicos no controle do vetor.
Esforços de contenção e números preocupantes
Com mais de 3.100 casos confirmados em 2024, o Espírito Santo responde por um terço das infecções registradas no Brasil. Equipes do Instituto Evandro Chagas e da Secretaria Estadual de Saúde atuam em áreas críticas para coletar amostras e estudar o comportamento do vetor.
A Secretaria de Saúde trabalha para reforçar protocolos de atendimento e ampliar as estratégias de prevenção, enquanto alerta a população sobre os cuidados essenciais para evitar a proliferação do mosquito.
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