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História das artesãs de Mãe-Bá vira websérie documental

Artesãs de Anchieta (ES) resgatam tradições indígenas em peças artesanais e inspiram inclusão social e sustentabilidade

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Carmelita Furlan e Elizabeth Nader unem forças para valorizar o artesanato sustentável e a história ancestral de Mãe-Bá. Foto: Rafael Nery

Carmelita Furlan e Elizabeth Nader unem forças para valorizar o artesanato sustentável e a história ancestral de Mãe-Bá. Foto: Rafael Nery

Em Anchieta, no Espírito Santo, um grupo de mulheres encontrou no trabalho artesanal uma forma de sustento e preservação cultural. A Associação de Artesanato de Mãe-Bá reúne cerca de 50 participantes, entre sócias efetivas e voluntárias. Juntas, elas produzem bolsas, agendas e outros objetos a partir da taboa, uma planta aquática retirada da Lagoa de Mãe-Bá, segunda maior do estado.

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O projeto, que começou há mais de 25 anos, combina respeito ao meio ambiente, inclusão social e resgate de tradições indígenas. “Transformamos a taboa em peças que contam a história da nossa região”, explica Carmelita Furlan, presidente da associação, em entrevista ao EStúdio 360.

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Websérie retrata trabalho das artesãs

O trabalho das artesãs ganhou uma nova dimensão com a produção de uma websérie documental. A ideia partiu da roteirista e produtora Elizabeth Nader, que ficou encantada com a história e as habilidades das mulheres da associação.

“Quando conheci a produção artesanal de taboa, sabia que precisava registrar. É um resgate cultural e um ato de resistência”, afirmou Elizabete ao EStúdio 360. A websérie, financiada pela Lei Paulo Gustavo, possui cinco episódios, cada um com cerca de cinco minutos. A narrativa explora desde o processo de retirada da planta até a confecção das peças e o impacto na vida das artesãs.

O caminho da taboa até as mãos das artesãs

A taboa é retirada da Lagoa de Mãe-Bá de maneira sustentável. As artesãs utilizam barcos para cortar a planta na raiz, garantindo sua regeneração em cerca de seis meses. Após a coleta, a planta é levada à sede da associação, onde é desmembrada e colocada para secar.

“Esse processo é fundamental para a qualidade das peças”, explica Carmelita. Depois de seca, a taboa é transformada em fios e fibras que dão origem a bolsas, lustres e outros itens. Cada etapa é realizada manualmente, preservando a tradição e a exclusividade do trabalho.

Inclusão e empoderamento através do artesanato

A associação não é apenas um espaço de produção artesanal. Muitas das mulheres envolvidas enfrentam desafios pessoais, como dificuldades financeiras ou necessidades especiais. O ambiente serve como fonte de renda e também de fortalecimento emocional.

Além disso, o grupo trabalha para atrair visitantes e expandir a visibilidade do artesanato local. Com apoio da Samarco e da prefeitura de Anchieta, a sede da associação está passando por reformas para oferecer uma experiência de turismo cultural e de vivência artesanal.

“Queremos que as pessoas conheçam nossa história e aprendam sobre o processo. É um orgulho mostrar nossa cultura”, afirma Carmelita.

Como assistir à websérie e apoiar o projeto

A websérie será lançada no dia 6 de dezembro, em um evento no Centro de Convivência de Mãe-Bá. Após a estreia, os episódios estarão disponíveis no YouTube para o público em geral.

Quem deseja adquirir os produtos pode entrar em contato pelo Instagram, @artesanato.maeba, ou pelo telefone (28) 9910-4208. As entregas são realizadas em cidades próximas, como Guarapari, Piúma e Anchieta.

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