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Há vagas para empregos temporários no comércio capixaba

Com a taxa de desemprego em seu menor nível em 10 anos, empresários enfrentam dificuldades para preencher vagas, especialmente temporárias, em um mercado de trabalho competitivo e em transformação

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A psicóloga e especialista em Recursos Humanos Gisélia Freitas explica o motivo das empresas enfrentarem desafios para contratar mão de obra qualificada em um mercado competitivo. Foto: Fernanda Côgo

A psicóloga e especialista em Recursos Humanos Gisélia Freitas explica o motivo das empresas enfrentarem desafios para contratar mão de obra qualificada em um mercado competitivo. Foto: Fernanda Côgo

Apesar da taxa de desemprego no Brasil ter atingido seu menor nível em uma década, as empresas estão enfrentando um desafio inesperado: a escassez de mão de obra qualificada, especialmente para vagas temporárias. Em entrevista ao EStúdio 360, a psicóloga e especialista em Recursos Humanos Gisélia Freitas explica que essa situação paradoxal está criando um ambiente competitivo, onde os profissionais têm cada vez mais poder de escolha, forçando as empresas a repensarem suas estratégias de contratação.

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Cenário econômico e mercado de trabalho em transformação

O cenário econômico atual, com crescimento de empregos e uma economia em recuperação, deveria, em teoria, facilitar a contratação de trabalhadores. No entanto, o Brasil está experimentando um fenômeno único. Enquanto mais empregos são gerados, o número de pessoas que pedem demissão também aumenta, com 4 milhões de brasileiros saindo de seus empregos entre janeiro e julho deste ano. Esse movimento reflete a busca dos profissionais por melhores oportunidades e condições de trabalho, dificultando a retenção de talentos pelas empresas.

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A psicóloga Gisélia Freitas aponta que, apesar do baixo desemprego, a dificuldade em encontrar mão de obra é grande. Profissionais estão mais seletivos, buscando não apenas salários melhores, mas também qualidade de vida e valores alinhados aos seus. Este fenômeno é especialmente notável no Espírito Santo, onde a taxa de desemprego está abaixo da média nacional, ampliando ainda mais o poder de escolha dos trabalhadores.

A nova realidade das contratações e o papel dos benefícios

Com a maior dificuldade em atrair e reter talentos, as empresas precisam inovar. Segundo Freitas, os benefícios oferecidos são hoje um fator crucial na decisão dos profissionais. Não basta mais oferecer apenas um bom salário; as empresas precisam proporcionar pacotes de benefícios atrativos que incluam desde assistência médica e auxílio-educação até folgas diferenciadas e até mesmo programas de bem-estar, como o “dia da fruta” ou o “auxílio pet”.

Além disso, a especialista destaca que, para as novas gerações, especialmente a Geração Z, o propósito e a qualidade de vida são fatores determinantes. Esses jovens trabalhadores estão menos preocupados com a estabilidade tradicional oferecida por empregos com carteira assinada (CLT) e mais focados em encontrar empregos que se alinhem com seus valores pessoais e ofereçam um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal.

Concursos públicos ainda atraem, mas o mercado está mudando

Apesar da maior flexibilidade e vontade de mudar de emprego demonstrada pelas gerações mais jovens, os concursos públicos continuam atraindo um grande número de candidatos. Freitas explica que a segurança e a estabilidade financeira oferecidas por esses cargos ainda são altamente valorizadas, especialmente em um cenário de mercado de trabalho privado altamente competitivo e, muitas vezes, volátil.

No entanto, mesmo os concursos mais concorridos enfrentam desafios. Com salários altos e uma grande demanda, a competição por vagas públicas continua intensa, mas a mudança cultural em direção a trabalhos mais flexíveis e alinhados com o estilo de vida dos jovens pode, no futuro, alterar esse cenário.

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