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Engenheiro capixaba ‘muda chave’, vira artista e expõe em SP

Paulo Casate, ex-engenheiro, reinventa sua trajetória ao unir marcenaria e arte em esculturas únicas

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Paulo Casate, ex-engenheiro capixaba, apresenta suas obras na exposição "Instabilidade", que combina arte e marcenaria. Foto: Fernanda Côgo

Paulo Casate, ex-engenheiro, apresenta suas obras na exposição “Instabilidade”, que combina arte e marcenaria. Foto: Fernanda Côgo

O engenheiro elétrico Paulo Casate, com mais de 35 anos de atuação no setor corporativo, decidiu mudar completamente de vida. Hoje, ele se dedica à arte e à marcenaria, combinando suas origens familiares com técnicas modernas de criação. Em entrevista ao EStúdio 360, Casate explicou como a proximidade com a madeira na infância inspirou sua transformação.

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Filho de marceneiro, Casate cresceu observando o trabalho artesanal. Ele conta que o aprendizado começou ainda jovem, no interior do Espírito Santo, onde conviveu com engenhos e ferramentas tradicionais. “Minha relação com a madeira nasceu ali, vendo meu pai e outros familiares criarem peças funcionais”, revelou.

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De engenheiro elétrico a artista visual

Formado em engenharia elétrica pela primeira turma da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Casate acumulou décadas de experiência em empresas como o grupo EDP. No entanto, em 2011, incentivado por uma neurocientista, ele decidiu explorar outro lado de sua mente. “Ela me orientou a buscar algo diferente, fora do mundo técnico, e isso me levou à arte”, explicou.

Casate montou seu ateliê em um sítio em Marechal Floriano, no Espírito Santo, onde resgatou o engenho original de sua família e deu início à produção artística. Lá, ele passou a criar peças decorativas e utilitárias, unindo suas habilidades de marcenaria com o desejo de inovar.

Exposição em São Paulo marca novo capítulo

A dedicação à arte levou Casate a expor suas obras na mostra “Instabilidade”, realizada no espaço Contraponto, na Vila Madalena, São Paulo. Segundo o artista, a escolha do nome reflete o momento de transição e os desafios de adaptação entre diferentes formas de expressão.

“Em Instabilidade, explorei a predominância da forma sobre a cor, algo que aprendi com meus mentores”, explicou Casate. O evento, que contou com a curadoria de Sérgio Fingerman, teve grande adesão, recebendo mais de 240 visitantes em sua abertura. Inicialmente planejada para durar até o dia 17 de novembro, a exposição foi estendida até o dia 23 devido ao sucesso de público.

Reflexões artísticas e filosóficas

Casate se aprofundou no estudo da arte desde 2016, explorando não apenas técnicas, mas também conceitos filosóficos. Suas obras buscam questionar a relação entre humanidade e tecnologia. “Criei o conceito do hominus, o homem escravizado pela máquina, para alertar sobre os perigos de perdermos nossa liberdade”, destacou.

O artista acredita que sua arte deve servir como meio de comunicação e reflexão. “Não faz sentido criar algo que fique escondido. Meu propósito é levar a arte ao público, estimular questionamentos e contribuir para o debate sobre o futuro da humanidade”, concluiu.

Com uma trajetória que une técnica, criatividade e propósito, Paulo Casate prova que nunca é tarde para recomeçar e encontrar um novo caminho.

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