fbpx

TV Capixaba

Educação no trânsito nas escolas é aposta para reduzir mortes no Espírito Santo

A educação no trânsito é apontada como ferramenta crucial para prevenir acidentes e salvar vidas no Espírito Santo

Publicado

em

O advogado especialista em segurança pública Fábio Marçal comenta dos do Observatório da Segurança Pública do Espírito Santo sobre mortes no trânsito. Foto: Oseas Resende

O advogado especialista em segurança pública Fábio Marçal comenta dos do Observatório da Segurança Pública do Espírito Santo sobre mortes no trânsito. Foto: Oseas Resende

O Espírito Santo enfrenta um aumento significativo no número de mortes no trânsito. Segundo dados do Observatório da Segurança Pública do estado, em 2022 foram registradas 818 vítimas fatais, enquanto em 2023, até outubro, esse número já chegou a 820. A alta é impulsionada, principalmente, pelos atropelamentos, que passaram de 92 para 118, e pelas mortes de motociclistas, que subiram de 337 para 446 no mesmo período.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Em entrevista ao EStúdio 360, o advogado criminalista e especialista em segurança pública Fábio Marçal destacou que esses números refletem tanto a imprudência de motoristas quanto o desconhecimento de pedestres sobre as normas de trânsito. Ele também enfatizou a importância de educação no trânsito para mitigar o problema.

Receba os destaques do Estúdio 360 no grupo do programa.

Educação no trânsito nas escolas

Como resposta a esses índices preocupantes, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo aprovou uma lei que exige o cumprimento do artigo 76 do Código de Trânsito Brasileiro, que determina a inclusão de educação no trânsito no currículo escolar. Os deputados Coronel Weliton e Danilo Bahiense lideraram a aprovação dessa medida.

Segundo Marçal, a iniciativa tem potencial para salvar vidas, pois a educação contínua ajuda a criar uma consciência coletiva sobre o papel de cada um no trânsito. Ele ressaltou que o ensino de regras e comportamentos adequados deve ser pedagógico e integrado às disciplinas regulares, e não restrito a palestras ou campanhas esporádicas.

O desafio das motocicletas

Outro problema destacado na entrevista foi o aumento de mortes entre motociclistas. Marçal explicou que, além do crescimento do uso de motocicletas e veículos similares, como scooters e bicicletas elétricas, há um comportamento imprudente associado a esses meios de transporte.

“Em vias como a Terceira Ponte, por exemplo, vemos motociclistas trafegando em velocidades muito acima do permitido, o que frequentemente resulta em acidentes fatais”, observou o especialista. Ele também alertou sobre a falta de fiscalização adequada para ciclomotores e bicicletas elétricas, muitas vezes utilizadas sem habilitação ou equipamentos de segurança por adolescentes e crianças.

O impacto no interior do estado

No interior, a situação é ainda mais crítica. Muitas pessoas utilizam motocicletas como principal meio de transporte, mas sem respeitar as normas básicas de segurança. Marçal apontou que a ausência de fiscalização e o consumo de álcool são fatores agravantes.

Ele destacou que as mortes no trânsito já superam os homicídios dolosos no estado, incluindo crimes como latrocínios e feminicídios. “Essa tragédia diária precisa de uma resposta urgente do poder público, tanto em termos de fiscalização quanto de investimento em educação e infraestrutura”, concluiu.

A expectativa é que a nova legislação e a conscientização promovam mudanças no comportamento dos usuários do trânsito, contribuindo para reduzir os números alarmantes e salvar vidas.

Veja também


Valorizamos sua opinião! Queremos tornar nosso portal ainda melhor para você. Por favor, dedique alguns minutos para responder à nossa pesquisa de satisfação. Sua opinião é importante. Clique aqui