TV Capixaba
Número de mortes no trânsito supera o de homicídios no ES
Entre os fatores que contribuem para o alto índice de acidentes e mortes no trânsito estão o excesso de velocidade e a falta de fiscalização
No primeiro semestre deste ano, o número de mortes no trânsito no estado superou o de homicídios. Foram registrados 472 óbitos nas estradas, enquanto 432 pessoas perderam a vida em crimes violentos. Esses dados, fornecidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, revelam um aumento de quase 10% nos acidentes fatais comparado ao ano anterior. O advogado Fábio Marçal destaca a gravidade da situação, apontando várias causas para o problema.
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Entre os fatores que contribuem para o alto índice de acidentes e de mortes no trânsito estão o excesso de velocidade e a falta de fiscalização. Recentemente, a Polícia Rodoviária Federal retomou o uso de radares móveis para controlar a velocidade nas rodovias. No entanto, Marçal aponta que outros elementos também são responsáveis, como o aumento de motociclistas sem habilitação e o consumo de álcool e drogas por motoristas.
Os motociclistas têm sido protagonistas em muitos desses acidentes. A combinação de imprudência e a falta de treinamento adequado é uma preocupação constante. Além disso, o aumento de veículos elétricos, que possuem alta potência, também agrava a situação. Segundo Marçal, as rodovias do estado não oferecem uma “segunda chance” ao motorista. Qualquer erro pode ser fatal, especialmente em áreas com pouca fiscalização.
O interior e as mortes no trânsito
Os dados mostram que a maioria dos acidentes ocorre em cidades do interior, onde a fiscalização é escassa. Nessas regiões, manobras arriscadas são comuns. Um exemplo disso é a Rodovia do Sol, onde frequentemente ocorrem acidentes graves devido à falta de controle e fiscalização. A rodovia 262, em particular, tem sido palco de diversos acidentes por conta de obras mal sinalizadas, que deixam areia na pista e provocam quedas de motociclistas.
Droga e álcool
Mais da metade dos envolvidos em acidentes estavam sob efeito de álcool ou drogas, de acordo com uma pesquisa recente do Detran. Isso inclui tanto motoristas quanto pedestres. Um caso recente envolveu um motorista embriagado e um motociclista que invadiu a contramão, resultando na morte do motociclista e ferimentos em outra pessoa. Esses incidentes reforçam a necessidade de ações mais rígidas de fiscalização e conscientização.
Rodovias e falta de estrutura
A Polícia Rodoviária Federal tem alertado sobre a precariedade das rodovias federais que cortam o estado. A Rodovia do Contorno é frequentemente citada como uma das mais perigosas do país, com alto número de mortes. Marçal destaca que a falta de retornos adequados e a ausência de duplicação das vias são fatores que aumentam o risco de acidentes. A população se sente abandonada, já que esses problemas são conhecidos, mas pouco é feito para resolvê-los.
Ações imediatas
A alta taxa de mortalidade no trânsito exige uma resposta urgente do estado. Medidas de fiscalização, como o uso de radares e a implementação de cercos eletrônicos, devem ser acompanhadas de campanhas de conscientização. Marçal defende que os radares sejam utilizados de forma transparente e que sejam sinalizados adequadamente para evitar acidentes causados por sustos inesperados dos motoristas.
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