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Dezembro Vermelho reforça prevenção contra o HIV

A conscientização sobre HIV no Dezembro Vermelho destaca avanços no tratamento, mas reforça desafios no combate ao preconceito

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Bettina Moulin Coelho Lima é médica e referência técnica da Coordenação Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis e AIDS no Espírito Santo. Foto: Fernanda Côgo

Bettina Moulin Coelho Lima é médica e referência técnica da Coordenação Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis e AIDS no Espírito Santo. Foto: Fernanda Côgo

O Dezembro Vermelho, campanha nacional de conscientização sobre o HIV, ressalta a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do combate ao preconceito. Em entrevista ao EStúdio 360, a médica Bettina Moulin Coelho Lima, referência técnica em Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Espírito Santo, destacou os avanços no tratamento e os desafios ainda enfrentados pelas pessoas que vivem com o vírus.

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“No Brasil, o HIV é tratado como uma doença crônica, desde que diagnosticada e tratada corretamente. Hoje, pessoas com carga viral indetectável não transmitem o vírus, mas a prevenção com preservativos continua essencial, já que existem outras ISTs que podem ser contraídas durante as relações sexuais”, explica Bettina.

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No Espírito Santo, há 31 centros públicos especializados que oferecem testagem rápida, aconselhamento e acesso gratuito à medicação.

Jovens negligenciam prevenção e preconceito persiste

A médica chamou atenção para a postura dos jovens, que, ao não vivenciarem os momentos mais críticos da epidemia, têm adotado comportamentos de risco. “O jovem de hoje não conhece o impacto que a AIDS teve há décadas, o que diminui a percepção de risco e reduz a adesão ao uso de preservativos”, aponta.

Além disso, o preconceito e a desinformação continuam sendo barreiras significativas. Bettina lembrou que a transmissão do HIV vai além das relações sexuais desprotegidas, podendo ocorrer por compartilhamento de objetos perfurocortantes ou, no caso de mães com HIV, durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Testes rápidos e profilaxia estão disponíveis pelo SUS

Outra questão abordada na entrevista foi a importância da testagem e da profilaxia como ferramentas de prevenção. Bettina reforçou que os testes rápidos, disponíveis em postos de saúde, são confiáveis, mas respeitar a janela imunológica de 30 dias após a exposição é essencial.

O SUS também oferece a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a pós-exposição (PEP). A PrEP é indicada para pessoas em situações de risco contínuo, enquanto a PEP deve ser utilizada até 72 horas após uma relação sexual desprotegida ou um acidente com materiais perfurocortantes. Ambas evitam a infecção pelo HIV quando usadas de forma correta.

Informação é fundamental para vencer o preconceito

Durante a entrevista ao EStúdio 360, a médica destacou que o preconceito e a desinformação dificultam a vida das pessoas que vivem com HIV. Um exemplo citado foi a ideia equivocada de que o vírus afeta apenas populações específicas, como homens homossexuais.

“O HIV não faz distinção de orientação sexual, gênero ou classe social. Qualquer pessoa sem prevenção está vulnerável”, alertou Betina. Ela também ressaltou a importância do acesso gratuito ao tratamento pelo SUS, que além de medicamentos, oferece apoio psicológico e social para os pacientes.

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