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“Cigarra”: tecnologia desenvolvida no ES identifica desligamento de energia

Drones e sensores ajudam a combater o descarte irregular de lixo e a detectar falhas na rede elétrica, aprimorando com tecnologia e inovação a fiscalização de serviços

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A tecnologia tem se mostrado uma poderosa aliada no combate ao descarte ilegal de lixo. Utilizando drones equipados com Inteligência Artificial, áreas de difícil acesso no Rio de Janeiro estão sendo monitoradas com maior precisão. Esses drones, ainda em fase de testes, não apenas registram a presença de resíduos, mas também identificam o tipo de material descartado.

Este sistema inovador já é usado em diversos países para aumentar a fiscalização ambiental. A Inteligência Artificial pode ser programada para detectar seres humanos, ajudando na identificação de infratores. Assim, quando alguém realiza um descarte irregular, o sistema pode auxiliar na punição dos responsáveis.

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O uso de drones já trouxe resultados concretos. Em julho, a prefeitura do Rio de Janeiro aplicou mais de R$ 400 mil em multas por descarte irregular de lixo. A precisão das imagens permite a atuação efetiva contra infratores, com multas que podem chegar a R$ 37 mil por evento, dependendo do volume e tipo de resíduo.

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Tecnologia em redes de energia

Além do combate ao lixo, a tecnologia também está sendo usada para melhorar a eficiência das redes de energia elétrica. Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com uma empresa de inovação, desenvolveram um sensor inteligente chamado “Cigarra”. Esse sensor identifica rapidamente pontos de desligamento inesperado em redes de distribuição de energia elétrica.

Atualmente, as concessionárias de energia só são informadas sobre quedas de energia quando um cliente faz uma reclamação. Com o sensor “Cigarra”, a queda de energia é comunicada instantaneamente, com a localização exata do problema. A pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES).

Funcionamento do sensor “cigarra”

O sensor é acoplado a um equipamento chamado chave fusível, amplamente utilizado na rede de distribuição de energia elétrica. Quando ocorre uma interrupção de energia, o movimento da chave fusível é detectado pelo sensor, que então emite um sinal sonoro e envia a localização exata do problema para a concessionária.

Em entrevista ao EStúdio 360, o professor de Engenharia Elétrica da UFES, Lucas Encarnação, conta que este projeto, que começou em 2021, levou dois anos para ser desenvolvido e agora está sendo testado em redes de distribuição. O sensor é leve, pequeno e de baixo custo, facilitando sua implementação em larga escala.

Benefícios para concessionárias e consumidores

Para os consumidores de energia elétrica, o sensor “Cigarra” significa maior agilidade no reparo de falhas e, consequentemente, menos tempo sem energia. Para as concessionárias, o benefício está na redução do número de reclamações e na agilidade no conserto, melhorando a continuidade do serviço e a satisfação do cliente.

A adoção do sensor “Cigarra” pode trazer significativos benefícios econômicos. Em 2023, a maior distribuidora de energia do Espírito Santo pagou R$ 17 milhões em compensações financeiras devido à má qualidade do serviço. Com a implementação desta nova tecnologia, espera-se uma redução nesses custos, que podem ser reinvestidos na melhoria da rede elétrica.

Expansão e parcerias

Na entrevista, o diretor geral da FAPES, Rodrigo Varejão, explica que projeto já atraiu o interesse de distribuidoras de energia de outros estados, como Santa Catarina e São Paulo. A empresa responsável pelo desenvolvimento do sensor está comercializando o equipamento, que já está em uso em algumas redes de distribuição para testes.

A FAPES lançou recentemente o edital Tecnova, que oferece recursos de até R$ 400 mil para projetos inovadores. Este apoio é crucial para o desenvolvimento de novas tecnologias que trazem benefícios sociais e econômicos. A parceria entre empresas e instituições de ensino e pesquisa é essencial para a criação de soluções que atendam às necessidades do mercado.

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