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Cerâmica na escola: estudantes da rede pública de Vitória participam de projeto

Alunos de escolas públicas de Vitória exploram a arte da cerâmica em projeto educativo que transforma argila em peças utilitárias

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Mariana Barroso, presidente da Cerames, e a instrutora Fernanda Guiri lideram projeto que ensina cerâmica a alunos de escolas públicas de Vitória.

Mariana Barroso, presidente da Cerames, e a instrutora Fernanda Guiri lideram projeto que ensina cerâmica a alunos de escolas públicas de Vitória.

Estudantes de 13 escolas da rede pública de Vitória estão descobrindo a arte da cerâmica através de um projeto inovador chamado “Cerâmica na Escola”. A iniciativa, liderada pela Associação de Ceramistas do Espírito Santo (CERAMES), tem como objetivo introduzir os jovens ao universo da cerâmica, permitindo que eles criem suas próprias peças em argila, que posteriormente são transformadas em cerâmica utilitária.

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Aprendizado prático e histórico

Em entrevista ao EStúdio 360, a presidente da CERAMES, Mariana Barroso, explica que esta segunda edição do projeto, desafiou os alunos a modelar duas tigelas e um copo, utilizando argila fornecida pela Cerames. Durante as aulas, que ocorreram dentro do horário regular de arte nas escolas, os estudantes aprenderam sobre a história da cerâmica e como essa arte se confunde com a história da humanidade.

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Após uma introdução teórica, eles colocaram a mão na massa, literalmente, começando a modelar suas peças sob a orientação dos instrutores. A cada aula, os alunos avançavam no processo de criação. Inicialmente, moldavam as peças, que depois eram deixadas para secar por até 15 dias, dependendo da umidade. Em seguida, as peças eram levadas ao forno, onde passavam por uma queima a 1000°C, transformando-se em cerâmica. O resultado final era um conjunto de peças que poderiam ser usadas no dia a dia, como copos, tigelas e pratos.

Participação e impacto nas escolas

Com cerca de 225 alunos participantes, o projeto produziu aproximadamente 700 peças. O entusiasmo das crianças foi evidente ao longo do processo, especialmente quando se depararam com as dificuldades naturais de modelar a argila. No entanto, a dedicação e o apoio dos instrutores garantiram que todos completassem suas peças.

A instrutora de cerâmica Fernanda Guiri diz que as reações dos alunos ao verem o produto final foram de surpresa e encantamento. Depois de acompanhar o processo de transformação da argila em cerâmica, muitos ficaram emocionados ao receber suas peças prontas. O projeto não apenas proporcionou uma experiência artística, mas também fortaleceu a autoconfiança dos estudantes, que puderam ver o fruto de seu esforço materializado em algo concreto e útil.

Expansão da cerâmica no Espírito Santo

O crescimento do interesse pela cerâmica no Espírito Santo tem sido notável, especialmente após a pandemia, que viu um aumento significativo no número de ceramistas no estado. Hoje, a Ceramis conta com 50 associados, mas o número de profissionais da cerâmica no estado é muito maior, ultrapassando 200, incluindo aqueles que trabalham em regiões do interior.

A produção de cerâmica exige um processo especializado, que inclui modelagem, secagem e múltiplas queimas em fornos que atingem altas temperaturas. Para os iniciantes ou aqueles sem acesso a fornos próprios, é comum recorrer a ateliês de outros ceramistas para completar o processo.

O projeto “Cerâmica na Escola” demonstra como a arte pode ser uma poderosa ferramenta educacional, permitindo que os estudantes desenvolvam habilidades manuais, criatividade e um profundo senso de realização.

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