Política
Rigoni e mais seis deputados se dizem perseguidos por partidos
Os parlamentares passaram a ser punidos pelas legendas desde que votaram a favor da reforma da Previdência, contra a orientação das siglas

Rigoni quer sair do partido, mas manter o cargo. Foto: Sérgio Francês
Sete deputados do PSB e do PDT, entre eles o deputado Felipe Rigoni, pedem à Justiça Eleitoral o direito de deixarem os partidos, sem perder seus mandatos. As legendas passaram a punir esses parlamentares desde que eles votaram a favor da reforma da Previdência na Câmara, contrariando orientação das siglas. A principal alegação de defesa dos parlamentares é que as legendas fecharam questão antes do texto final sobre a reforma estar concluído.
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O grupo é liderado pela deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), que revelou o processo para deixar o partido durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira. “Cada um sofreu perseguição na sua localidade, nos seus estados. Foram acusações nominais, foram ao rádio e à TV falar coisas horríveis e mentirosas sobre a gente. Agora, por que o PDT escolheu alguns cristos? Não é a gente que vai ter essa resposta”, disse ontem em entrevista coletiva sobre o tema.
Ela afirmou ainda que precisou pedir uma vaga ao PTB para seguir como relatora de projeto na Câmara, e também que propostas de sua autoria para o partido foram abandonadas, como a construção de um Código de Ética para o PDT. Tabata informou ainda não ter se decidido por um novo partido.
Os deputados Flávio Nogueira (PI), Marlon Santos (RS) e Gil Cutrim (MA), que atualmente são seus colegas no PDT, além dos deputados do PSB Rodrigo Coelho (SC), Felipe Rigoni (ES) e Jefferson Campos (SP) vão lhe acompanhar na decisão.
“Não tem como ficar num partido para que os deputados votem a cabresto”, disse Marlon Santos. As ações na Justiça serão individuais.
Estadão conteúdo
