Coluna André Andrès
Vitória Expovinhos chega à 15ª edição. Confira as datas
Nascida em 2009, só interrompida no período da pandemia, a Expovinhos se consolidou como a mais antiga feira do gênero no país

A Expovinhos funciona no sistema wine tasting: os visitantes se servem nos estandes e provam os vinhos oferecidos pelos expositores. Foto: Divulgação
No segundo semestre de 2009, durante um evento em Brasília promovido pela RBS, poderosa empresa de comunicação do Sul do país, houve uma pequena disputa. Havia dois grandes espaços para divulgação de vinhos produzidos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Os garçons da área da Serra Catarinense serviam as pessoas e anunciavam: “Esse tinto acaba de ganhar o prêmio na Vitória Expovinhos”. Tratava-se do Basalto, da Pericó. A Vitória Expovinhos mal havia nascido, estava em sua primeira edição, e sua repercussão e relevância já eram visíveis. Agora, 16 anos depois, a feira de vinhos de Vitória acontecerá nos dias 2 e 3 de julho chegará à sua 15ª edição com a responsabilidade de ser, no seu formato, a feira de vinhos há mais tempo em atividade no país.
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O garçom, em Brasília, estava se referindo à premiação do Top Five, uma das atrações da Expovinhos. Todos os anos, um grupo formado por avaliadores daqui, de outros estados e vindos de países produtores se reúne para avaliar dezenas e dezenas de amostras de vinhos apresentados na feira. Dali sai a lista dos premiados em seis categorias, uma referência em qualidade para os consumidores.
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O crescimento da Expovinhos
Em 2009, na primeira edição da feira, os frequentadores encontraram cerca de 50 expositores, entre os estandes de vinhos, de queijos, pães e outros acompanhamentos para tintos e brancos. Já era um número considerável, mas desde então o crescimento foi constante, só interrompido pela pandemia. A próxima edição contará com cerca de 1,2 mil rótulos de 16 países diferentes. O Brasil deverá ser representado por pelo menos 240 rótulos. O formato da feira é simples: as pessoas recebem uma taça e saem pelos estandes provando os vinhos oferecidos pelos expositores.
As atividades paralelas são marcantes. A Expovinhos já teve palestras de figuras internacionalmente reconhecidas. O australiano David Bavestrock, enólogo do ano de Portugal em 2025 e atualmente à frente dos trabalhos da Winestone; Jorge Serôdio, premiadíssimo enólogo português; e especialistas, como Carlos Cabral, já estiveram em Vitória. Além disso, desde a primeira edição, é aberto um espaço para oferecer cursos de aprimoramento para quem trabalha com o serviço de vinhos, como garçons, por exemplo. Some-se a isso a movimentação de profissionais do setor, de turistas atraídos pela feira e a divulgação de Vitória como capital temporária do vinho no país, e teremos o resultado ideal, buscado por todo evento desse tipo: uma oferta de qualidade e o retorno robusto em termos de negócios.
Há 16 anos, fui abordado por uma pessoa. Ela me perguntou como tinha sido a primeira edição da feira, se tinha algum futuro. Respondi de forma rápida: “Quem foi, voltará. E levará convidados”. Não era difícil fazer essa previsão. Afinal, a Vitória Expovinhos nasceu fadada ao sucesso. Tinha tudo para dar certo. E deu…
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