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Coluna Vitor Vogas

Juiz preso em operação do MPES tem porte de arma suspenso

Agora, além de preso e afastado das funções como juiz substituto, Bruno Fritoli está impedido de portar suas quatro armas de fogo por decisão judicial

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MPES faz operação contra juízes e advogados suspeitos de fraude

MPES faz operação contra juízes e advogados suspeitos de atuarem em organização criminosa. Foto: divulgação MPES

Não chega a ser um arsenal de guerra, mas o juiz Bruno Fritoli Almeida, preso nesta quinta-feira (1º) na Operação Follow the Money, possui quatro armas de fogo registradas em seu nome. Agora, porém, o magistrado está impedido de portá-las. E não apenas por ter começado a cumprir prisão preventiva no Quartel da Polícia Militar do Espírito Santo, em Maruípe. Em decisão relacionada à investigação sigilosa, datada de 19 de julho e obtida pelo Portal ES360 e pela Rádio BandNews FM, o desembargador Sérgio Ricardo de Souza determinou a suspensão do porte de arma de fogo funcional do juiz.

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Também afastado cautelarmente do cargo de juiz substituto, Fritoli é um dos agentes públicos investigados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pela possível prática de crimes como organização criminosa (a antiga “formação de quadrilha”), lavagem de capitais, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental.

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O pedido de suspensão do porte de arma funcional foi formulado pelo procurador-geral de Justiça, Francisco Martínez Berdeal, ao lado dos pedidos de prisão e de afastamento da magistratura.

Fritoli possui em seu nome quatro armas de fogo diferentes: uma pistola, um rifle, uma carabina e uma espingarda.

Por ordem do desembargador Sérgio Ricardo, as referidas armas de fogo foram acauteladas em local a ser determinado pela Assessoria de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES).

A operação

O MPES, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central e Norte), com o apoio da Polícia Militar, cumpre nesta quinta-feira mandados judiciais na Operação Follow the Money em face de agentes públicos e particulares envolvidos em possíveis delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental.

Esta fase consiste no cumprimento de sete mandados de prisão preventiva, 30 mandados de busca e apreensão, dois mandados de afastamento funcional de agentes públicos, 13 mandados de suspensão do exercício da atividade profissional, proibição de contato entre pessoas, proibição de acesso às dependências de órgãos públicos, além de monitoramento eletrônico, todos expedidos pelo TJES, atendendo a requerimentos do MPES contra 34 pessoas supostamente envolvidas no esquema.

Segundo a assessoria do MPES, as investigações colheram evidências contundentes do envolvimento de agentes públicos, advogados e particulares em ações judiciais simuladas a partir de documentação falsa, direcionamento da distribuição dos processos e emissão indevida de alvarás, com indícios de recebimento de vantagem indevida e lavagem de ativos.

Residências de investigados, locais de trabalho, dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema são alvos das diligências.

Além de Bruno Fritoli, a operação deflagrada nesta quinta-feira atinge outro membro da Justiça Estadual do Espírito Santo. Também por decisão do desembargador Sérgio Ricardo de Souza, o juiz de 1º grau Maurício Camatta Rangel, da 4ª Vara Cível de Vitória, ficou obrigado a usar tornozeleira eletrônica, medida cautelar alternativa ao mandado de prisão. Ele também é investigado pelo MPES como possível integrante da organização criminosa desbaratada pela Follow the Money (que em inglês significa “siga o dinheiro”).

Nota da defesa do juiz Bruno Fritoli

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, os advogados Rafael Lima, Larah Brahim e Mariah Sartório, responsáveis pela defesa do juiz Bruno Fritoli, informam que aguardam decisão do Pleno do TJES, que pode ou não ratificar a decisão do desembargador Sérgio Ricardo, e que seguirão buscando provar sua inocência:

“Bruno Fritoli atua como magistrado há quase uma década, sempre atuando com lisura e responsabilidade. Confiantes da índole de Bruno durante sua carreira no judiciário, seguirão acompanhando o desenrolar do caso e atuando, com os instrumentos da lei, pela sua inocência.


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