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Diversão

Kyria Oliveira abre espaço cultural no Centro Interpretativo da Aldeia de Reis Magos

Na Galeria Belchior Paulo, o Micélio te espera: onde arte e natureza se entrelaçam para questionar, inspirar e regenerar. De 25/02 em diante, no Centro Interpretativo da Aldeia de Reis Magos

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Na Galeria Belchior Paulo, o Micélio te espera: onde arte e natureza se entrelaçam para questionar, inspirar e regenerar. Foto: Júnior Emerick

Na Galeria Belchior Paulo, o Micélio te espera: onde arte e natureza se entrelaçam para questionar, inspirar e regenerar. Foto: Júnior Emerick

O Centro Interpretativo da Aldeia de Reis Magos inaugura no dia 25 de fevereiro, às 16 horas, a Galeria Belchior Paulo com a exposição “Micélio – entre o fim e começo de tudo”, da artista visual e escultora Kyria Oliveira. O novo espaço leva o nome do religioso jesuíta português, um dos primeiros pintores a exercer o ofício da arte no Brasil, no final do século XVI.

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Micélio, nome dado ao “corpo” dos fungos filamentosos, retrata algumas das formas icônicas desses organismos e exibe toda a inspiração do belo e enigmático reino deles. A mostra traz uma instalação com esculturas têxteis de feltro, feitas a partir de cultura ancestral, por meio do processo da feltragem.

Segundo a curadora do projeto Micélio, Clara Pignaton, a exposição sugere um contínuo. “Por serem, ao mesmo tempo, decompositores e regeneradores, os fungos carregam o mistério da transformação e do imponderável. Esses seres da terra, tão antigos e atuais, garantem sua sobrevivência a partir de engajamento em suas relações de colaboração”, afirma.

Pignaton também explica que a instalação da artista nos aproxima desses seres espontâneos e pulsantes que se proliferam em múltiplas formas: “Curiosa e atenta, Kyria fabula sobre a paisagem invisível, submersa e, ao mesmo tempo, estratosférica. Suas peças nos oferecem aberturas e rasgos que são um convite à permeabilidade e ao olhar por dentro e através delas, com texturas e fios que esmaecem em direção ao teto, sugerindo algumas das infinitas possibilidades de uma rede micelar, quase sempre oculta.”

O trabalho reflete, entre outros aspectos, sobre a construção do mundo que habitamos e a atual crise climática, resultante da ação humana como um agente geológico de mudanças globais.

Para Erika Kunkel, presidente do Instituto Modus Vivendi e gestora do Centro Interpretativo da Aldeia de Reis Magos, a exposição de Kyiria se relaciona com o projeto concebido para o museu, que se tornou um local dedicado à manifestação da arte e aberto à comunidade. “A mostra nos convida a nos abrirmos às múltiplas temporalidades para resgatar práticas mais éticas de coabitação no mundo. Queremos que esse espaço enriqueça ainda mais a cena cultural capixaba e fomente a arte na Serra”, enfatiza.

A artista

Kyria Oliveira é artista visual, natural de Minas Gerais, e se mudou para o Espírito Santo ainda criança, onde se estabeleceu. Graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e experimental por natureza, ela trabalha com obras que dialogam entre o único e o múltiplo, entre o bastardo e o nobre, tendo como tema recorrente o estudo da casa e do morador.

Em 2023, participou da Bienal Internacional de Arte de Macau, Vila Nova de Cerveira Pavilion. Foi artista convidada da XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira, em Portugal (2022); e selecionada para a Galeria de Arte Nello Nuno, em Ouro Preto (MG), com o projeto “Liames”. Também colaborou nas exposições Crea Zona Oberta, MUXART, Espai d’Art i Creació Contemporanis, em Barcelona, Espanha (2021) e Doações ao Museu Bienal de Cerveira, em Vila Nova de Cerveira, Portugal (2021).

Foi premiada na XXI Bienal Internacional de Cerveira, em Portugal, com o Prêmio Aquisição (2020); recebeu Menção Honrosa na VI Bienal de Valência Ciutat Vella Oberta, na Espanha (2019); e conquistou o Prémio Lorenzo il Magnifico, na XII Bienal de Florença, na Itália (2017). Entre 2016 e 2018, foi coordenadora da Galeria Homero Massena, em Vitória, e do Museu do Colono, em Santa Leopoldina.

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