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O que se sabe sobre o choque entre avião e helicóptero nos EUA

Colisão entre avião da American Airlines e helicóptero militar sobre o rio Potomac deixa 64 mortos. Autoridades investigam causas do acidente

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Equipes de resgate trabalham após choque entre helicóptero e avião na região de Washington. Foto: Reprodução/ BBC

Equipes de resgate trabalham após choque entre helicóptero e avião na região de Washington. Foto: Reprodução/ BBC

Um avião da American Airlines e um helicóptero militar Black Hawk colidiram no ar na noite desta quarta-feira (29) em Washington D.C., capital dos Estados Unidos. O acidente ocorreu próximo ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan por volta das 21h (horário local), 23h no horário de Brasília. As duas aeronaves caíram no rio Potomac. O avião transportava 60 passageiros e quatro tripulantes, enquanto o helicóptero era ocupado por três militares.

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O avião, um Bombardier CRJ700, operado pela PSA Airlines (subsidiária da American Airlines), realizava um voo regional partindo de Wichita, no Kansas, com destino a Washington. Já o helicóptero, um Sikorsky UH-60 Black Hawk, pertencente às Forças Armadas dos EUA, estava em um voo de treinamento no momento da colisão.

 O que dizem as autoridades?

O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, afirmou que o avião seguia o plano de voo e que não havia nada de incomum na rota do helicóptero antes do acidente. Duffy destacou que helicópteros militares operam rotineiramente na área do rio Potomac, onde o acidente ocorreu, e que não houve falhas de comunicação entre as aeronaves e a torre de controle.

Em coletiva de imprensa na quinta-feira (30), o presidente Donald Trump confirmou que não há sobreviventes. Ele pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas e suas famílias, classificando o momento como “angustiante” para o país. Trump também fez críticas ao piloto do helicóptero em uma publicação nas redes sociais.

O CEO da American Airlines ressaltou que os pilotos do avião eram experientes em voos comerciais complexos. No entanto, Duffy ponderou que o acidente poderia ter sido evitado.

A Administração Federal de Aviação (FAA) e o National Transportation Safety Board (NTSB) já iniciaram as investigações para determinar as causas do acidente. Uma das caixas-pretas do avião foi recuperada, o que pode ajudar a esclarecer detalhes do ocorrido. A American Airlines e o Pentágono também estão colaborando com as investigações.

 Dificuldades no resgate das vítimas da colisão

Equipes de resgate foram mobilizadas imediatamente após o acidente, com cerca de 300 socorristas trabalhando em barcos para localizar vítimas. No entanto, as condições do rio Potomac, com temperaturas abaixo de zero, ventos fortes e placas de gelo, dificultaram os esforços. John Donnelly, chefe do Departamento de Bombeiros e Serviços de Emergências de Washington, informou que a operação passou de resgate para recuperação de corpos. Até o momento, 28 corpos foram resgatados.

O acidente chocou o país e levantou questões sobre a segurança do espaço aéreo na região. Enquanto as investigações prosseguem, familiares das vítimas e a comunidade aguardam respostas sobre as circunstâncias que levaram à tragédia.

Patinadores artísticos entre as vítimas do choque entre avião e helicóptero

Os campeões mundiais de patinação artística Evgenia Shishkova e Vadim Naumov que foram vítimas do choque entre o avião e o helicóptero. Foto: Reuters/Mike Blake/Arquivo

Os campeões mundiais de patinação artística Evgenia Shishkova e Vadim Naumov que foram vítimas do choque entre o avião e o helicóptero. Foto: Reuters/Mike Blake/Arquivo

Os patinadores artísticos russos Evgenia Shishkova e Vadim Naumov também estavam a bordo do voo da American Airlines.  O casal, que foi campeão mundial de patinação na década de 1990, retornava do Kansas após participar de uma competição. Eles estavam acompanhados por um grupo de pelo menos 14 atletas, a maioria filhos de imigrantes russos. Shishkova e Naumov viviam nos EUA desde 1998 e, após se aposentarem, dedicavam-se a treinar jovens patinadores.

Outra vítima notável do acidente foi Inna Volyanskaya, ex-patinadora que competiu pela União Soviética e atuava como treinadora em um clube de patinação artística em Washington. O Governo da Rússia e a Federação Russa de Patinação expressaram pesar pelas mortes, destacando a contribuição dos atletas para o esporte. O acidente chocou a comunidade esportiva internacional, especialmente a russa, que perdeu figuras emblemáticas da patinação.