Dia a dia
Nepotismo e redução de ministérios: veja os primeiros decretos de Javier Milei
Presidente da Argentina começou o mandato oficialmente no último domingo (10) e mudanças na estrutura do governo já chamam atenção
Nas primeiras horas de seu mandato como presidente da Argentina, Javier Milei assinou 13 decretos. Entre eles, o que mais causou impacto foi o que derrubou um texto, assinado pelo então presidente Mauricio Macri, em 2018, que impedia a prática do nepotismo.
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Logo a seguir, Milei indicou a irmã, Karina, como primeira-dama e secretária-geral do governo. Diferentemente de outros países, na Argentina a primeira-dama não necessariamente é esposa do presidente.
Karina teve grande importância na campanha eleitoral de Milei. Ela ficará responsável por auxiliar o presidente em políticas públicas, preparação de comunicados, participação em tarefas cerimoniais e até em intermediações diplomáticas.
Redução de ministérios
Os outros decretos estão ligados a reorganização dos ministérios. Como já era prometido por Milei, ele reduziu pela metade, de 18 para 9, o número de pastas no governo.
Ainda no domingo, o presidente deu posse aos ministros da Casa Civil, do Interior, das Relações Exteriores, da Defesa, da Economia, da Segurança, da Saúde, da Justiça, Infraestrutura e Capital Humano.
De acordo com o jornal “La Nación”, o antigo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação passará para o chefe da Casa Civil, assim como a Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Já o Ministério do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e Esporte será agora integrado no Ministério do Interior.
Quanto aos ministérios de Transportes, Obras Públicas e Habitat e Desenvolvimento Territorial serão secretarias do Ministério da Infraestrutura.
O ministério de Capital Humano será responsável pelas pastas de Seguridade Social, Educação, Cultura, Trabalho e o Ministério da Mulher, Gênero e Diversidade.
Veto à imprensa
Durante a cerimônia de posse dos ministros, Milei proibiu a participação da imprensa. A última vez que isso ocorreu foi há quatro décadas.
A assessoria do governo explicou que a falta de transmissão foi porque a situação no país é crítica e não há o que comemorar. A explicação não convenceu a imprensa.
O veto gerou frustração entre jornalistas argentinos. O redator Alejandro Alfie, do jornal “Clarín”, disse que o presidente está querendo privatizar a comunicação pública.
Associação dos Repórteres Gráficos da República Argentina também protestou contra o veto, questionando a impossibilidade de cumprir o trabalho de jornalistas.
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