Dia a dia
Dentista e veterinário são acusados pela execução de morador de rua
A dentista foi presa na quinta-feira enquanto trabalhava na clínica na Enseada do Suá
A dentista Gabriella Anacleto Kiefer, de 34 anos, foi presa pela morte de um homem em situação de rua juntamente com o médico veterinário Thiago Oliveira do Nascimento. O crime aconteceu após a vítima ser flagrada dentro da clínica de propriedade da acusada, em Itapuã, Vila Velha, tentando furtar objetos do local.
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A mulher foi presa na quinta-feira na clínica onde trabalhava. De acordo com o delegado adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, Cleudes Junior, o crime aconteceu em agosto de 2021. O corpo da vítima foi encontrado amordaçado e com marcas de tiros na rodovia Leste-Oeste, em Vila Velha.
A elucidação do crime aconteceu após a prisão do veterinário em uma operação da Polícia Federal em janeiro deste ano. Na ocasião, ele foi preso com um arsenal em sua residência, no bairro Itapuã, e na suíte do hotel da Praia do Canto onde ele foi localizado e preso durante a Operação Criptovet, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
A partir daí, a polícia recebeu uma ligação anônima denunciando o casal pelo crime contra o homem em situação de rua, que ainda não foi identificado. O teste de balística realizado no corpo comprovou que a arma utilizada no homicídio tinha indícios da que foi encontrada pela Polícia Federal na operação.
Segundo o delegado, a dentista possui um sistema de câmera de videomonitoramento no seu celular que dá acesso à clínica onde foi presa.
Ao perceber que o estabelecimento tinha sido invadido, ela acionou Thiago que foi até o local. Testemunhas contaram que o veterinário rendeu a vítima, amordaçou e arrastou para a caminhonete usada no crime até o local da execução. “Em todo o momento a Gabriela estava com ele”, reforçou o delegado.
Todas as testemunhas ouvidas relataram a mesma dinâmica do crime, com a exceção de afirmar que foi Thiago quem atirou no homem. “Ele é uma pessoa perigosa, audaciosa e ameaçava as pessoas”.
O veículo usado no crime estava no nome da dentista e, três dias após o crime, ela vendeu o carro. A polícia procurou o novo proprietário e após uma perícia encontrou vestígio de sangue no automóvel. O material, no entanto, ainda não foi conclusivo ao afirmar que possui DNA da vítima.
Arsenal com investigado
Em janeiro deste ano um impressionante arsenal foi encontrado em poder de Thiago Oliveira do Nascimento. Ele é veterinário, empresário e também é membro do Partido Liberal (PL). As armas estavam na residência dele, no bairro Itapuã, e na suíte do hotel da Praia do Canto onde ele foi localizado e preso durante a Operação Criptovet, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
No momento da prisão, a Polícia encontrou e apreendeu quatro armas de fogo e uma quantidade surpreendente de munições, além de carregadores, silenciadores, lunetas, bipé, mira a laser, dois coletes à prova de bala, dois simulacros de granada e dois distintivos de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) do Exército.
Pré-candidato do PL em Vila Velha é preso em operação do MPES
Em poder de Thiago, também foi apreendido um dispositivo eletrônico ilegal chamado Flipper Zero, comumente utilizado por hackers. Proibido pela Anatel, o aparelho, por meio de clonagem, pode ser usado para acessar áreas restritas, fazer pagamentos indevidos ou roubar informações pessoais. Foram apreendidos, ainda, câmeras portáteis, um dispositivo eletrônico de detecção de câmeras escondidas, uma carteira eletrônica (hardware wallet) denominada Trezor, usada para a realização de transações com criptomoedas, um cofre e sua chave, vários cartões de crédito, quatro relógios de marca e R$ 14.234,00 em espécie (no bolso da jaqueta e na carteira).
Entre os integrantes da operação, chamou a atenção o fato de que, no momento da prisão (por volta das 16h do dia 23), Nascimento foi encontrado dormindo na cama do quarto do hotel, com uma pistola Taurus calibre .38 carregada e pronta para disparo, mantida ao seu alcance, sobre a mesinha de cabeceira da cama. A arma foi imediatamente tirada do alcance do investigado, que não resistiu à prisão.
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