Dia a dia
Camisa da Seleção Brasileira será vermelha? Entenda a polêmica
Divulgada por um site especializado em uniformes, a informação já causa discussão nas redes sociais e até na Câmara de Deputados

Segunda camisa da Seleção Brasileira pode ser vermelha. Foto: Reprodução/Footy Headlines
A Seleção Brasileira deve fazer uma mudança histórica no segundo uniforme para a Copa do Mundo de 2026. Desta vez, a camisa número dois será vermelha, substituindo a clássica azul. A informação é do site inglês Footy Headlines, especializado em camisas de futebol.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
O uniforme será assinado pela marca Jordan, ligada à Nike, atual patrocinadora da seleção. A Nike detém os direitos sobre a Jordan Brand, criada em parceria com o ex-jogador de basquete Michael Jordan. Além disso, Michael Jordan fez história no Chicago Bulls, clube cuja identidade visual é predominantemente vermelha.
Ainda sem design divulgado e nenhuma confirmação da CBF, a camisa terá um tom vermelho moderno e vibrante. Para os que questionam o uso do vermelho, alguns internautas do X, antigo Twitter, destacaram uma explicação simbólica: a árvore que deu o nome ao Brasil, pau brasilia echinata, depois chamada de pau-brasil é vermelha por dentro.
Essa não seria a primeira vez que o Brasil utilizaria camisa vermelha. Em 1917, a seleção enfrentou Chile e Uruguai com uniforme vermelho, após sorteio por coincidência de cores. Já em 1936, em outra edição do Campeonato Sul-Americano, o Brasil jogou contra o Peru usando o uniforme do Independiente da Argentina, também vermelho.
Estatuto da CBF
O Artigo 13 do capítulo 3 do estatuto da CBF define que os uniformes oficiais devem seguir as cores da bandeira: verde, amarelo, azul e branco. A atual camisa amarela e a reserva azul seguem essa regra.
Contudo, o mesmo artigo permite exceções. O texto abre espaço para a criação de modelos comemorativos, mesmo em cores diferentes. Para isso, é necessário aval da Diretoria da entidade.
“Os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF […] podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria, não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”, diz o documento.
Reação política
A novidade causou reação no meio político. O deputado federal Zé Trovão (PL/SC) apresentou um projeto de lei exigindo o uso exclusivo das cores oficiais da bandeira em representações do país.
Segundo o texto, a regra vale para uniformes, identidades visuais e materiais institucionais de delegações esportivas, diplomáticas, culturais ou científicas. A proposta prevê punições como advertência, suspensão de repasses públicos e até proibição de representar o Brasil por dois anos.
O Poder Executivo terá 90 dias, a partir da aprovação da lei, para regulamentar os critérios mínimos e definir padrões para o uso das cores.
