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Dia a dia

Assassinato de médico no ES alerta sobre uso de app de relacionamento

Danos à integridade física, assédio, pedofilia e estelionato são alguns dos perigos em aplicativos de relacionamento

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O Brasil é o segundo país que mais utiliza aplicativo de namoro no mundo. Foto: cottonbro studio/Pexels

O Brasil é o segundo país que mais utiliza aplicativo de namoro no mundo. Foto: cottonbro studio/Pexels

Neste sábado (26), o médico Aloísio Vieira Silva, de 29 anos, foi esganado e esfaqueado dentro do próprio apartamento no Norte do Espírito Santo, após um encontro marcado pela internet com o confesso autor do crime, Carlos Magno Santos Santana. À Polícia Civil, o assassino disse ter conhecido o médico pelo Tinder, rede social de relacionamento. Segundo ele, este foi o primeiro e único encontro entre os dois. As afirmações, no entanto, ainda serão apuradas pela polícia.

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Casos como esse não são isolados. Diversos criminosos se aproveitam dos aplicativos de relacionamento para praticarem crimes. Danos à integridade física, assédio, pedofilia e estelionato são alguns dos perigos. É importante sempre estar atento e tomar cuidados em dobro.

> “O Golpista do Tinder”: como evitar ser vítima de estelionato amoroso

 

Acontecem, no mundo todo, assassinatos utilizando as redes sociais. Por exemplo, na cidade colombiana de Medellín, seis pessoas LGBTQIA+ foram mortas em 2022, por meio do aplicativo de encontros Grindr – voltado para o público gay, bissexual e transexual.

No Brasil, em 2021, nas regiões de Paraná e Santa Catarina, um homem foi preso acusado de matar, em sequência, três homens homossexuais, nos dois estados. Ele ainda tentou assassinar uma quarta vítima, que conseguiu escapar do ataque, mas teve alguns bens roubados. O homem marcava encontros por meio de aplicativos e, ao chegar nos locais, roubava os pertences e cometia os assassinatos.

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256 mortes de pessoas LGBTQIA+ em 2022 no Brasil

Segundo uma pesquisa do Grupo Gay da Bahia (GGB), o Brasil registrou 256 mortes de pessoas LGBTQIA+. Nesse número, 242 correspondem a homicídios e 14 a suicídios. O país segue sendo o líder onde mais homossexuais são assassinados no mundo: uma morte a cada 34 horas.

O Nordeste é a região mais insegura para LGBT+, com 43,3% das mortes (111). O Sudeste ocupa o segundo lugar, com 63 mortes (24,6%). O Norte vem em terceiro lugar, com 14% (36 mortes), o Centro Oeste com 31 ocorrências (12,1%). O Sul é a região menos perigosa, com 15 casos (5,8%).

Como se proteger em aplicativos de relacionamentos

O culpa nunca é da vítima. Mas, há como adotar algumas estratégias de segurança nos aplicativos para evitar ser uma. É importante lembrar: aquela pessoa é ainda um desconhecido, independente de quanto tempo você está conversando com ela. Para ajudar, o Portal ES360 relacionou algumas dicas. Confira:

1. Marque encontros em locais públicos

Nunca marque encontros em lugares isolados ou em sua residência. Shoppings, praças, bares e restaurantes são destinos ideais para encontrar uma pessoa. Esses locais possibilitam um pedido de ajuda mais fácil caso haja algum problema. É importante sempre colocar a segurança pessoal em primeiro lugar.

2. Sem pressa para um encontro

O virtual é um espaço de muito conforto, porém você nunca conhece quem está do outro lado da tela. Portanto, é importante utilizar as ferramentas como: seção de mensagens, videochamadas e chat de áudio. Assim, é possível conferir se a pessoa é a mesma das fotos, conhecer melhor os gostos, saber como é o modo de falar e se portar e, obviamente, ver se rola uma química.

É sempre bom se resguardar de desconhecidos e só levar as coisas para o real quando estiver seguro.

3. Desconfie ao máximo

Muitos brasileiros acreditam que uma semana é o suficiente para compartilhar informações pessoais. Mas esse excesso de confiança pode acarretar diversas consequências. Se não compartilhamos o endereço e outros dados com um estranho, por que fazer isso em um aplicativo? O cuidado presente no mundo real deve ser transferido para o digital.

4. Não dê informações completas sobre seu meio de transporte e vestimentas

Excesso de detalhes cedidos podem aumentar o risco. Como você ainda não conhece aquela pessoa, é importante não dar posse de muitas informações. Saber a placa de seu carro ou do táxi/transporte por aplicativo, da sua vestimenta totalmente detalhada e sua exata localização durante o deslocamento até o ponto de encontro, pode estar em vantagem para o criminoso por ter muitas informações. Compartilhe esses dados com familiares e/ou amigos de confiança, dessa forma você consegue se resguardar de alguma perigo.

5. Não envie fotos de documentos

Sabe a brincadeira “só acredito vendo o RG”? Pois deixe ser somente uma brincadeira, pois em hipótese alguma envie foto de seus documentos, cartões de crédito e comprovante de residência para desconhecidos. Essa pode ser uma boa oportunidade para aplicar um golpe e fazer compras com seus dados.


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