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Dia a dia

Após ameaças de traficante, igrejas católicas fecham as portas no RJ

Polícia Civil investiga se as informações das redes sociais sobre as igrejas são verdadeiras e se ordem partiu do tráfico

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Igreja foi proibida de fazer missas por conta do tráfico. Foto: Reprodução

Igreja foi proibida de fazer missas por conta da ameaça de traficante. Foto: Reprodução

A Polícia Militar do Rio de Janeiro conduziu uma operação na última segunda-feira (8) após rumores de que o tráfico do Complexo de Israel, na Zona Norte, estava impedindo igrejas católicas de celebrarem missas e realizarem festas na região.

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A ação não resultou em prisões ou apreensões de drogas, mas barricadas foram removidas do complexo, formado por Parada de Lucas, Vigário Geral, Cidade Alta, Pica-Pau e Cinco Bocas

A Polícia Civil está investigando a veracidade das informações que circularam nas redes sociais sobre o fechamento das igrejas. Supostamente, a ordem partiu de Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, chefe do tráfico no Complexo de Israel e membro da facção Terceiro Comando Puro (TCP).

Com seis mandados de prisão em aberto, Peixão se apresenta como evangélico, mas impõe restrições nas favelas. Ele proíbe cultos de religiões de matriz africana e o uso de roupas brancas, promovendo a destruição de terreiros.

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Apesar da Arquidiocese do Rio de Janeiro negar qualquer ameaça do tráfico, os moradores vivem com medo. Na Igreja de Santa Edwiges, em Brás de Pina, por exemplo, há uma pichação com a sigla do TCP em um dos muros laterais. A igreja está localizada próxima a um acesso à Favela Cinco Bocas, evidenciando a tensão na região.

RUMORES NAS IGREJAS

Os rumores começaram no sábado (6), quando a Paróquia Nossa Senhora da Conceição e São Justino, em Parada de Lucas, publicou uma mensagem em sua rede social. O aviso informava que as missas e reuniões estavam suspensas “até segunda ordem”. A postagem, que foi apagada posteriormente, não explicava os motivos da mudança na rotina da igreja. Entre os moradores, porém, a informação era de que a ordem veio de Peixão.

Além da mensagem, houve relatos de motociclistas armados com fuzis impondo a mesma ordem aos funcionários da Igreja de Santa Cecília, em Cordovil. A orientação era para suspender a celebração de casamentos e batizados.

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Peixão, chefe do tráfico no Complexo de Israel, foi batizado por um pastor de uma igreja evangélica no início dos anos 2000, junto com toda a cúpula do TCP, em Parada de Lucas. Na época, ele ainda era do segundo escalão da quadrilha. Em 2016, ele se tornou chefe e, quatro anos depois, renomeou o território sob seu controle como Complexo de Israel. A região exibe bandeiras de Israel e uma grande Estrela de Davi iluminada no alto de uma caixa-d’água. Até o nome da comunidade Vila Santa Edwiges foi mudado para Cinco Bocas.

*Com informações de O Globo.


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